you wish i knew

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So many things that you wish I knew

Tantas coisas que você queria que eu soubesse

Em exata uma semana, o último capítulo vai ser postado (não venham chorar, eu sempre disse que era uma fic curta, se for pra culpar alguém culpem a taylor q acabou a música). Vamos lá pra tão esperada continuação da conversa!




Caroline POV

Ela tentava manter um clima agradável enquanto dirigíamos pro seu prédio, ficou falando do carro que ela e Naiane compraram, do local do apartamento, de como ela estava amando morar com sua amiga. Uma hora ou outra o assunto escurecia e o silêncio tomava conta.

"Então, você não quis tentar nenhum trabalho lá em Rio Preto?"

"Sim, eu ajudo meus pais na fazenda." Já estava cansada de responder essa pergunta. "Eu não estava feliz trabalhando no escritório e continuar na assistência social parecia a coisa mais idiota do mundo no momento... queria sumir daqui."

Ela ficou na dela pelo resto do caminho, até aumentou a rádio. Nunca tinha visto Rosa dirigir quando estávamos juntas, eu sempre levava ela pra todos os lugares já que ela não tinha carro, mas ela parecia bem natural. Não era aquele tipo de mulher que coloca o banco lá pra frente e dirige tensa, tinha um braço na janela e outro no volante. Me concentrei em olhar pela janela, não conseguia decifrar muito bem o que eu estava sentindo, era um fato que ter descarregado nela tinha me deixado mais leve. Mas eu não conseguia mais encontrar as milhões de coisas que eu queria gritar na cara dela e que eu passei um ano pensando. Percebi que tinha virado uma pessoa negativa e cheia de mágoa, agora que a Rosa tá do meu lado é como se meus pensamentos negativos sobre elas ficassem turvos. Eu não conseguia sentir ódio por ela, ainda não entendo o porquê ela me machucou daquele jeito mas eu já não sinto as mesmas coisas sobre esse acontecimento, e não sei se sinto as mesmas coisas por ela também.

"Aqui." Falou quando estacionou na sua vaga. "O apartamento não tá super limpo e organizado afinal eu moro com a Naiane, então se você achar bagunçado, é tudo coisa dela." Comentou me fazendo rir, eu sempre apreciei o senso de humor dela porque era tão sútil e orgânico, e eu sempre ouvia as melhores piadas que mais ninguém ouvia.

Me guiou até o elevador e subimos caladas, sua porta era bem de frente ao elevador, tirei meu tênis na porta e me sentei no sofá que ela indicou enquanto ela foi ao banheiro. Olhei em volta e realmente, tudo que estava fora do lugar tinha o nome da Naiane praticamente pintado, as únicas coisas notáveis da Rosa aqui eram as plantas.

Quando ouvi a porta abrindo olhei meu relógio pra começar a contar minhas meia hora, não queria ultrapassar meus limites. Ela sorriu e sentou no sofá do meu lado. Se virou de lado, colocando uma perna dobrada no sofá, eu fiz o mesmo pra ficar de frente pra ela.

"Antes de você me contar qualquer coisa, eu queria te dizer que eu te desculpo e que tem um motivo porque eu aceitei conversar contigo hoje." Ela levantou as sobrancelhas. "Eu vou voltar a morar em São Paulo e se eu não tivesse bem resolvida com você, eu não ia conseguir voltar porque tudo o que tem a ver com você me quebra a confiança e me faz tremer. Eu já entendi que é impossível estar na mesma cidade e não te ver, já que temos amigos em comum, mas eu queria que a gente voltasse a viver num mundo onde a gente não se conhecesse, onde esse namoro não tivesse acabado comigo..."

"Eu sinto muito de verdade, Carol." Eu assenti porque sabia que ela estava sendo sincera. "A verdade é que eu achei que você ia segurar aquelas palavras, porque você era mais forte que eu, mas não devia ter brincado com isso."

"Se tem uma coisa que eu não sou é forte." Ri sem humor e fixei os olhos na almofada do sofá. "Não sei nem quem eu sou, me sinto com dezoito anos de novo." Senti seu toque na minha mão e minha pele formigou.

The Story of UsWhere stories live. Discover now