the end

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Obrigada por terem acompanhado nesse tempinho, eu adorei escrever algo diferente do mundo de Casual (falando nela, vem algo aí... n falo mais nada). Espero que gostem do final, eu amei!

...

Caroline POV

Acariciei a mão direita do meu pai enquanto ele me dirigia até a rodoviária de Rio Preto, eu sabia que ele estava lutando contra sua vontade de me pedir pra ficar porque queria que eu fosse feliz. Eu ia sentir muito sua falta, ele é minha rocha, a pessoa que mais me entende no mundo e eu tenho muita gratidão por ele sempre me apoiar, mesmo com minhas decisões loucas.

"Pegou sua escova de dente?" Minha mãe perguntou no banco de trás da caminhonete, eu suspirei.

"Peguei, mãe."

"Ih, tia, a senhora não sabia? A Carol não escova o dente não." A Júlia brincou me provocando, eu fiz careta pra ela e minha mãe riu.

A despedida na rodoviária me trouxe algumas lágrimas, principalmente quando meu pai me abraçou apertado e respirou fundo, eu sabia que ele estava segurando o choro também. Prometi voltar pra visitar com mais frequência que fazia antes, pedi pra Júlia cuidar dos nossos cavalos, pra mãe não mexer no meu quarto e subi de novo nas escadas daquele ônibus que já tinha me levado e trazido tantas vezes. Segurei a mochila no meu colo e acenei pra eles até o ônibus sair. Depois fechei a cortina e suspirei. Essa viagem ia ser longa e ansiosa.

Tirei meu celular do bolso da frente da mochila pra ver as mensagens que eu tinha trocado com a Rosa mais cedo, tínhamos conversado algumas vezes essa semana. Confesso que se ela não puxasse assunto, eu não ia falar nada, voltei pra casa super insegura se tudo o que ela me falou valia a pena acreditar mas com ela mantendo contato, posso dizer que estou abanando o rabinho pra ela. Não é possível que um amor que passou tanto tempo adormecido, volte tão rápido assim! Eu estava derretida como na primeira vez que a conheci, sorri vendo a última mensagem que ela mandou antes de ter que trabalhar.

"É que é complicado se ver como os outros te veem, normalmente a gente não deve se ver com os olhos do outro. Mas nesse caso, pelos meus olhos você é bem mais legal que pelos seus kkkkk. Cê sabe do que eu tô falando, eu também não tinha uma visão muito boa de mim mesma e era você que me ajudava a consertar isso.

A visão que eu tenho de você, Carol, é que você ama todo mundo como cada um gosta de ser amado. Meu maior medo de arranjar namorado era que ninguém ia entender o jeito que eu recebo amor, você entendeu melhor que minha mãe tentou entender a vida toda. Você tem um dom. Dom de amar. Esse é seu dom, e ai de você se falar que isso não talento de verdade, eu daria tudo pra ter o que você tem. Acho que é esse dom que te faz ter uma relação tão única com as pessoas que você conhece, não é que você é extrovertida, é que você vê cada pessoa como elas querem ser vistas e isso faz elas se abrirem pra você. Experiência própria!"

As palavras dela foram tão fortes e profundas que eu ainda não tinha arranjado as palavras certas pra responder e somente visualizei. Rosa nunca, repito, nunca foi tão aberta assim comigo em todo nosso ano de namoro e no fim deu no que deu. Mas eu não tô entendendo como de uma hora pra outra ela conseguiu superar essa ansiedade e tá conversando e falando o que eu sempre quis ouvir.

"Não me acostumo com você falando de amor rsrsrs."

"Nem eu, tô me tremendo todinha." Eu ri com aquela mensagem dela, que boba! Não precisa se forçar a me falar as coisas só porque eu quero ouvir, se bem que eu estou gostando bastante.

"Continua igualzinha, né? Kkkkkk."

"Com alguns updates legais, mas sim, continuo a mesma."

The Story of UsWhere stories live. Discover now