The Story of Us

killing me

Is it killing you like it's killing me?
Está te matando como está me matando?

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Caroline POV

Foi nostálgico, foi gostoso... Mas não foi pra isso que eu vim até aqui e eu ultrapassei o limite que eu não podia ultrapassar, meu próprio limite, isso era o caminho certo pra um desastre. Abaixei minha cabeça e nossas bocas desconectaram. Ela apoiou uma mão atrás de mim e avançou de novo, o beijo ia se intensificar se eu não parasse agora. Mas era tão bom. Não! Tem que parar agora, Carol! Agora!

Desviei minha cabeça e levantei do sofá com tudo, limpando meus lábios. "Eu pensei que-"

"Não, não foi pra isso que eu vim."

"Desculpa, entendi que tínhamos nos resolvido."

"Sim, tá tudo certo entre a gente mas não significa que a gente vai voltar." Ela também se levantou franzindo o cenho.

"Por que não?" Questionou. Eu ri sem humor, o passado não basta como resposta?

"Porque já tentamos e não deu certo! Porque não funcionamos juntas quando a vida não tá legal, eu não quero ter uma insegurança na minha vida de estar uma pessoa que vai pirar quando as coisas ficarem difíceis." Falei com as mãos e ela abaixou o olhar. "Não quis dizer pirar nesse sentido."

"Eu entendi." Assentiu e suspirou. "Mas Carol, eu aprendi com meus erros, do mesmo jeito que eu levei um tempo pra me abrir sobre meus sentimentos com você, eu também levei meu tempo pra aprender que tá tudo bem eu me abrir sobre meus problemas. O que aconteceu antes não vai acontecer de novo."

"Não quero pagar pra ver." Falei sinceramente.

"Me dá um voto de confiança." Ela deu um passo pra frente e eu abaixei o olhar com medo de me perder e beijar de novo. "Ca, olha pra mim, é importante." Ela pediu e eu cedi mas me concentrei pra ficar séria e não passar dos limites de novo. "Eu amo você." Sua mão escorregou na minha e eu fisicamente senti meus músculos derreterem.

Até abri a boca de tão surpresa que fiquei que ela falou isso logo agora que eu estava dando meu máximo pra resistir. Minha carne tremeu e acho que ela sentiu pois apertou minha mão e acariciou com seu polegar. Eu tentei desviar mas diferente das outras vezes, ela manteve seu olhar confiante em mim e eu não consegui não olhar pra ela. Fui atraída a ela como um todo, sua beleza impecável, seu carinho em mim, suas palavras que pareciam ser um divisor de águas pra ela naquele momento. Respirei fundo algumas vezes e ela percebeu que eu fiquei nervosa, se aproximou ainda mais e colocou uma mão no meu peito, pra sentir meu coração batendo.

"Não é assim, Rosa." Eu sussurrei sem forças.

"Mas é de verdade, Carol, se você me der uma chance, eu não vou decepcionar, eu te prometo." Encostou sua testa na minha, sua mão em mim me ajudava a me acalmar.

"Eu não sei confiar..." expressei o que eu sentia. "Eu quero acreditar em você mas tudo em mim me fala pra eu não fazer isso." Ela suspirou frustrada mas não se afastou. E aquilo me ajudou. Eu não estava cedendo mas também estava aproveitando da conexão física que nós tínhamos, sem ter um compromisso prometido. Era disso que eu tinha medo, de me entregar pra ela de novo e não receber amor e respeito o suficiente pra eu me satisfazer na relação. Dei mais do que recebi no passado, e isso faz parte as vezes, mas era minha escolha não viver isso de novo. E eu não sabia dar menos do que muito, e eu não sabia se Rosa iria saber igualar. Era o mínimo que eu queria.

"Me diz o que eu preciso fazer pra reconquistar sua confiança." Eu não respondi pois não sabia o que responder. "Eu não quero te fazer mal, eu tô odiando te ver assim por algo que eu fiz, se eu não sou a pessoa que vai te ajudar a melhorar... me desculpa. Eu quero poder fazer algo."