Suzyane Narrando
Estava deitada em casa, quando o som do meu telefone tocou então corto o silêncio como um grito desesperado. Ao atender, uma voz gravemente formal me informou que um rapaz havia sido encontrado na praia, e que meu número estava em seu bolso. O chão se desfez sob meus pés; lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto, e um tremor incontrolável tomou conta de mim. Sem pensar, corri em direção ao hospital, cada passo pulsando com a urgência do meu desespero. Ao chegar à recepção, a ansiedade me envolveu como uma névoa densa. A enfermeira, percebendo meu estado, tentou me acalmar, e logo fui guiada até a sala onde Miguel estava. O médico se aproximou, sua expressão grave. Ele me informou que Miguel havia sofrido uma brutalidade, recebendo chutes violentos que o deixaram à base de potentes analgésicos, mergulhado em um sono profundo. Nesse momento, Marcelo e Tiago chegaram, a preocupação estampada em seus rostos.
Marcelo: Suzy, assim que soube da notícia, vim correndo. Como ele está?
Tiago: Oi Suzy. O que aconteceu com o Miguel?
Suzyane: Oi, gente... Ele está dormindo, tão vulnerável, por causa dos medicamentos. Não consigo acreditar no que aconteceu.
Marcelo: A polícia tem alguma pista sobre o ocorrido?
Suzyane: Aparentemente, foi um assalto, e ele tentou reagir.
Tiago: Meu Deus...
Marcelo: Quero que saiba que estou aqui para o que você precisar. Você não está sozinha nesse pesadelo.
Suzyane: Agradeço, de coração. Mas agora, acho que é melhor vocês irem. Preciso voltar para o quarto, e não podem haver mais pessoas aqui.
PodAna
Produção: Ana, tenho novidades sobre aquele garoto que você mencionou.
Ana Correia: O que aconteceu? Ele entrou em contato? Alguma informação?
Produção: Um jornal local informou que ele sofreu uma agressão na praia durante a noite, possivelmente uma tentativa de assalto.
Ana Correia: Como assim? Isso é impossível! Ele estava comigo na mesa e saiu só porque recebeu uma mensagem. Há algo muito errado nisso!
Produção: Não posso afirmar mais nada.
Ana Correia: Tenho certeza de que foi o Vereador Pedro Augusto. Ele tem algo a ver com isso.
Produção: Será?
Ana Correia: Não vou deixar isso assim. Vou mobilizar manifestantes para protestar em frente à câmara. Precisamos derrubar aquele homem!
Gabinete Pedro Augusto
Segurança: Doutor, licença. Está havendo uma manifestação em frente à câmara contra o senhor.
Pedro: O que aconteceu agora? Esses manifestantes não têm mais o que fazer? Onde está a polícia para prender esses vândalos?
Segurança: Eles estão com a jornalista Ana Correia, gritando e chamando o senhor de assaltante e assassino.
Pedro: O que? Vou resolver isso agora mesmo!
Mansão
Lavínia: GENTE...
Lucila: Que grito foi esse?
Emília: O que aconteceu?
Lavínia: Está passando no jornal que estão fazendo uma manifestação em frente à câmara, acusando o Pedro de ser o mandante do possível assassinato do Miguel.
Emília: Como assim? Isso é um absurdo! Alguém precisa fazer algo!
Lucila: Isso é calúnia e difamação. Essa jornalista Ana Correia está perseguindo o Pedro há tempos.
Lavínia: Gente, parem de falar e prestem atenção na notícia! Miguel, Emília, seu namorado, foi agredido e está internado. E seu pai tem chances de ser o mandante!
Lucila: Vocês precisam parar de interpretar assim! É uma acusação infundada contra o Pedro!
Lavínia: Não é possível que vocês não estejam percebendo a gravidade do que está acontecendo, eu vou sair.
Rua
Pedro: O que está acontecendo aqui? Uma manifestação ridícula em frente a um órgão público, sem qualquer fundamento!
Ana Correia: Aqui está, povo, o grande mandante da tentativa de assassinato do jovem Miguel! Ele sabia que Miguel viria ao meu programa para expor sua verdadeira face!
Repórter: Senhor Pedro Augusto, o que o senhor tem a dizer sobre as acusações que lhe foram feitas?
Pedro: Tudo que estão dizendo sobre mim é uma farsa! Irei à justiça, e eles terão que provar! Essa jornalista, essa Ana Correia, é uma desequilibrada sem qualquer fundamento para me acusar. Ela terá que provar suas alegações, assim como todos esses manifestantes que estão aqui fazendo barulho. A polícia está a caminho, e todos vocês pagarão por isso!
Ana Correia: Vereador Pedro Augusto, não tenho medo de você! Irei até o fim por aqueles que buscam justiça, e vou expor sua verdadeira face, mesmo que você tente silenciar todos ao seu redor!
Ana Correia Narrando
A multidão atrás de mim ecoa suas palavras, a tensão no ar se intensifica. As vozes se entrelaçam em um clamor por justiça, enquanto a polícia se aproxima, sirenes ao longe,e com minha força e voz racistas não passaram.
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Sombras do Desejo
Mistério / Suspense"Sombras do Desejo" mergulha no submundo do bairro do Joá, no Rio de Janeiro, onde um inocente é injustamente acusado de um crime brutal. A trama se desenrola ao longo de uma década, revelando como as ambições dos personagens se transformam em uma b...