Capítulo 08

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Rei.

Segui ela e os tiros começaram, minha primeira reação foi proteger ela, então joguei meu corpo sobre o dela e caimos no chão, puxei a pistola da cintura e olhei para trás, comecei a atirar nos policiais.

Os menor tudo começou a descer e se colocaram na minha frente, levantei e peguei ela pelo braço, subimos de volta pro morro e entrei com ela no primeiro beco que vi, encostei ela na parede e assustada ela ficou me encarando.

— Não sai daqui, segura essa arma, se alguém por a mão em você atira, não pergunta so atira. — Ele puxou meu rosto. — Entendeu Princesa?

— Não vai. — Ela disse e eu sorri.

— Eu ja venho. — Dei um passo e ela segurou minha mão. — Se eu ficar aqui, não consigo ajudar os outros.

— Cuidado. — Sorri de novo e me afastei dela, corri pra boca e entrei na minha sala, peguei um fuzil e sai descendo o morro e me escondendo atrás de um carro, comecei a atirar.

Ficamos alguns minutos nessa guerra até que os policiais pararam e voltaram um pouco, meu rádio começou a tocar, mantive o fuzil na posição apontando e mirei em hm dos polícias que estava entrando no carro e atirei avertando na perna, dele, o outro puxou ele pro carro e acelerou saindo dali.

Me levantei e comecei a andar pelo morro indo para o beco onde deixei a Clara, virei o beco vendo ela emcostada e quando cheguei perto escutei o disparo, so tive tempo de virar e apontar o fuzil que estava no meu peito, atirei tentando acertar mas a pessoa saiu correndo.

Cai no chão, joguei o fuzil de lado, Clara correi na minha direção e se abaixou do meu lado, meu braço começou a arder, ela puxou a camisa presa na minha bermuda e começou a pressionar na ferida.

— Meu Deus, cade o celular. — Ela começou a passar a mão na minha cintura, puxei o rádio com a outra mão.

— Calma Princesa. — Comecei a rir. — Alguém vem aqui no beco sete.

Ela tomou o rádio da minha mão, enquanto com a outra puxou minha mão e colocou sobre meu próprio braço.

— Eu preciso de soro, faixa, pinça, álcool, agulha e o que vocês conseguirem pra fazer curativo. — Os caras riram do outro lado. — Eu não to rindo porra, vai logo.

— Tu é atrevida até com meu menor. — Falei e ela resmungou, não demorou muito apareceram e eu já estava sentado.

PG e Neto me ajudaram, meu corpo estava fraco, e minha perna não estava se mexendo direito e foi ai que a Clara viu que não foi um tiro so no braço, me levaram pra casa e ela veio junto.

Me deitei na cama e ela passou pra eles tudo o que precisava, e enquanto foram buscar ela começou a procurar as coisas pelos armários e banheiro, fiquei olhando, mas sentindo minha mente querer apagar, meus olhos começaram a fechar.

...

Clara.

Procurei em todos os lugares por curativos ou algo pra me ajudar, peguei toalhas no armário e álcool na cozinha, tirei a bermuda dele o deixando so de cueca, fui no banheiro pegar um pouco de água e quando voltei ele ja estava desacordado.

— Bruno acorda. — Balancei ele e nada, fui medir a pressão dele e sentir os batimentos, estava fraco, mas ainda assim normal dentro do possível.

Ouvi passos pelo corredor e os meninos chegando com sacolas, fui olhando nelas e peguei os soros, agulha e arrumei eles, procurei veia na mão dele e coloquei a agulha, arrumei o soro e pedi ao PG para segurar um pouco.

Joguei tudo das sacolas na cama, coloquei as luvas e peguei a pinça e nem questionei onde eles arrumaram isso, apenas joguei álcool limpando a peça e em seguida comecei a pixar o projétil da perna dele, assim que tirei coloquei gases para estancar o sangue e apertei com uma faixa.

Em seguida, fiz o mesmo no braço, depois de tirar os dois peguei agulha e coloquei a linha específica, tirei as gases e comecei a fechar as ferias, uma de cada vez e com cuidado, terminei e limpei tudo, fiz um curativo para não deixar aberto e tirei o soro que ja tinha acabado, peguei a seringa e dei remédio na veia dele.

— A Patricinha sabe das coisas. — Neto falou e eu encarei ele.

— Óbvio que sei, estudo pra isso. — Falei tirando tudo da cama, descartando o que era lixo e deixando em cima da cômoda outras coisas. — Agora ele vai precisar de remédios, vão lá buscar.

Passei os nomes e os dois saíram pra rua, peguei uma toalha e fui no banheiro, deixei ela úmida e voltei passando ela pelo corpo dele o limpando, depois disso apaguei as luzes deixando apenas a do banheiro acesa e me sentei ao lado dele na cama.

— Qual foi Rei, cade o cara machão? — Ouvi uma rosada fraca.

— Ta de cao princesa? — A voz dele saiu um pouco rouca e eu ri. — Vou pedir pra um dos menor te levar pra casa.

— Fica em paz, primeiro preciso saber que você ta bem e que vai tomar os remédios. — Falei e ele me olhou. — Quando eles chegarem eu vou.

— Eu sabia que você uma hora ia desistir de me esculachar. — Ele falou sorrindo e eu dei um tapa no braço dele. — Ai.

— To te tratando como paciência, nada mais que isso. — Me levantei. — Você salvou a minha vida, e eu to retribuindo.

— Te salvei de que? — Ele perguntou.

— De tomar um tiro. — Me aproximei dele e ele me puxou com o braço bom, ficamos nos encarando com os rostos próximos demais. — Quando eu coloco na minha cabeça que você é um perigo pra mim, você me livra de uma.

— Eu sou um perigo pra todo mundo, essa exclusividade você não tem Princesa. — Ele encostou o lábio no meu. — Mas eu to louco pra você ser minha.

— Eu já fui sua ontem. — Suspirei sentindo a respiração dele descontrolada com a minha. — Não me faz errar de novo.

— No fundo você tá gostando disso, eu sei que te enche de tesão essa adrenalina. — Ele passou a língua nos meus lábios e suspirei. — Fala que esse não é o erro mais gostoso que você fez.

Começamos a nos beijar, me sentei em cima dele e senti a mão dele passando pela minha bunda levantando meu vestido, perdemos a noção de tudo que tinha acontecido a horas atrás, e só nos demos conta do que estavamos fazendo quando ouvimos passos, me levantei correndo e me ajeitei tentando recuperar o fôlego.

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