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Carregava os sacos de batata ajudando Oliver a organizar no depósito

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Carregava os sacos de batata ajudando Oliver a organizar no depósito. Daqui uns dias acontecerá a feira cultural de alimentos e iremos arrecadar uma boa renda.

Já se passaram dois meses desde que minha vida ficou quieta. Seguia ela como se nada tivesse acontecido, mas tudo era uma máscara de não deixar transparecer o quanto minha cabeça estava confusa como não ter a presença de Pete nessa casa, ele se tornou uma sombra a cada passo que dava. Às vezes imagino Pete Saengtham andando com seu cabelo ao vento e seu sorriso brilhante, da sua voz ecoando pelos cantos da casa. Não nego que muitas vezes entrei no quarto de hóspede para sentir seu cheiro, até mesmo proibir as empregadas lavarem os lençóis da cama  apenas para sufocar meu pulmão com seu perfume inebriante.

Pensar em Pete todos dias virou uma obsessão. Tento arrancá-lo de mim, mas não consigo, até mesmo quando estou com um copo de whisky Pete está em minhas memórias. Porra. Aqui eu novamente pensando nele.

Uh. Preciso terminar meu trabalho antes do anoitecer.

Fingi outra vez que Pete não estava me assombrando novamente e terminei todo o trabalho. Suado e cansado tomei um banho gelado para a água lavar toda frustração do meu corpo. Fechei os olhos encostando a cabeça no azulejo com a cabeça mais uma vez em Pete. Queria saber se ele estava bem, se voltou para sua antiga vida ou se ele estava feliz sem mim. Que seja! Céus, sou um homem adulto pensando em outro ômega. Agora eu tenho Tawan, iremos nos casar daqui alguns meses e tudo ficará bem. Pete não foi nada além de um momento prazeroso.

Enrolei-me na toalha voltando para o meu quarto, ouvi uma batida de leve na porta.

"Pai, sou eu." Era meu filho, revirei os olhos. Venice estava me dando tanta dor de cabeça que eu estava o mantendo longe da minha ira. Acabei encontrando diversas bebidas em seu quarto, suas notas vermelhas do semestre e até mesmo baseados. Nesse dia Venice apenas deu de ombros e disse: 'Já sou um homem, faço minhas escolhas papai.'

E foi aí que decidi dar uma mãe a Venice, ele precisava disso. Talvez sua rebeldia seria a falta de um ômega para o confortar ou sei lá. Diabos! Eu não sei o que fazer nem com meu próprio filho!

Abri a porta e o vi. Alto com os cabelos bagunçados e vestido com uma roupa emo.

"O que foi dessa vez?"

"Porra pai, precisa ver isso." Venice empurrou seu celular em meu rosto.

O que vi foi a foto de Pete, brilhando e sorrindo em um cenário laranjado.

"O que tem? Já disse que esse assunto está proibido nesta casa." Aumentei meu tom. Venice agarrou minha mão com força e entregou o celular para que segurasse.

"Pai, olhe bem essa foto. E olhe quem a postou." Olhei, e meus olhos se arregalaram ao ver a barriga avantajada de Pete. Porra. Olhei em cima ao ver que a foto postaria seria por... Arm?!

Sr. Indomável Onde histórias criam vida. Descubra agora