Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
—Porque você tá em cima de mimmmmmm? — Empurrei as duas toneladas que estavam me deixando dormente pro outro lado do colchão.
—Hum. — Duas toneladas reclamou, passando o braço pela minha cintura — Cala a boca e dorme mais um pouquinho.
—Você não tem um treino, terapeueuta, uma academia pra ir não? — Tentei me livrar de seu toque.
—Não. Tudo à tarde — Me apertou mais — Fica quieta.
—Pelo amor de Deus. Você dormiu a noite inteira em cima de mim, cara. Achei que ser travesseiro fosse seu papel, não meu — Passei uma das minhas pernas por cima das suas enquanto o descarado escondia o rosto... NO MEIO DOS MEUS PEITOS.
—Com uns air-bags desses... — Esfregou a barba pela região e levou um tapa no braço — Ai! Mão pesada da porra.
—Tarado! Para de fazer issoooo — Puxei o pouco cabelo que consegui alcançar.
—Mais um pouquinho na cama, vai? Só mais uns minutinhos. Ou a gente pode levar um tempo e fazer um amor gostosinho antes de levantar — Falou agarrando minha mão antes que eu consiga acertá-lo com mais um tapa.
—Tá no cio? Porra, só pode tá viçando — Levei na brincadeira, melhor do que ter que cometer um assassinato antes do café da manhã.
Ele largou da minha cintura, virou para o outro lado e enfiou a cabeça debaixo do travesseiro.
—Garota chata mano — A voz abafada dele me alcança enquanto coloco a primeira blusa que encontro no quarto — Não pode fazer um agrado pro marido dela.
Isso me preocupa um pouco. A forma que tudo vai se encaminhando pra esse “casasamento” não seja só uma farsa, mas decido que isso é um problema pra Bárbara do futuro, a Bárbara do presente precisa lidar com a avó e tudo que rolou ontem a noite. Por isso abro a porta do quarto e caminho pelo imenso corredor até chegar ao quarto que Fábio acomodou a vovó.
