Bárbara organiza casamentos. Não só esse tipo de celebração, mas todos os tipos de festas que se possa imaginar, mas os casamentos... Ah... Os casamentos mexem com a garota. Não é atoa que ela tem planejado tim tim por tim tim do seu... Mesmo não te...
Falei brincando que precisávamos fingir ser um casal. Minha ideia inicial era deitar e dormir em paz pra esquecer o pesadelo que esse dia foi, mas ela não calava a boca e escutei passos do lado de fora do quarto.
—Ai... Porque se não tirar essa blusa não deita na minha cama — Ela ri e eu preciso forçar meus pés no lugar pra não virar.
Naquela manhã em Vegas ela acordou com uma blusa minha e quando a colocou, ainda na madrugada, não consegui me conter. Pelo jeito nada mudou porque tô me sentindo perto o suficiente do limite, então fico no lugar e pego o celular vibrando da cabeceira da cama.
São mensagens do Fabinho e eu me tenho a primeira, dizendo um “o velho tá aí com o ouvido da porta do quarto”
TÁ DE SACANAGEM!
Minha cabeça automaticamente vira, tentando não dar atenção ao fato de que ela tá usando uma blusa minha, só com uma calcinha por baixo e que tá praticamente mostrando tudo enquanto cata alguma coisa naquela mala medonha. Meu olhar vai direto pra porta, pra sombra se aproximando naquele pequeno vão.
MEU DEUS.
Pau no cu do caralho.
—Sua cama é o caralho, você tá deitado no colchão do meu quarto. Ou esqueceu que a porra da casa é minha também?
—Cala a boca — Murmurei tentando não elevar o tom de voz. Vai que esse velho caquético escuta.
—Não me manda calar a boca, quantas vezes eu vou ter que repetir que não sou nada sua? Na-da. Nadinha — Ele balança os braços no ar e vira e foda-se. Se continuar falando alto desse jeito, Pau no cu vai escutar e tudo que eu menos preciso é de mais um problema adicionado à lista de mil que já tenho. Então escolho dar passos largos até lá e calar eu mesmo sua boca.
