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Eu só me dei conta que a semana passou quando finalmente terminei de esvaziar a última caixa depois da mudança. Já dá para dizer que a nossa casa está completa e arrumada. Infelizmente, eu vou precisar comprar uma coluna nova na Amazon, porque a minha já era.
Depois de um mundo de caixas, um descanso ia bem. Ainda tinha uma semana até o início das aulas, então pedi a minha mãe que me deixasse convidar a Dana e a Alice para uma festa do pijama. Ainda não tinha visto as duas pessoalmente desde que cheguei. Mas eu sabia que estavam planejando alguma coisa.
Ah, o Ryan ligou esses dias, para perguntar de nós e da mudança. Quando ele liga para o telefone fixo de casa, é porque quer falar com nossos pais. Por isso, não briguei na fila de espera para falar com ele. A Ramona me trucidaria se eu pegasse o telefone antes dela...
Mas tudo bem. Afinal, quando o Ryan quer falar comigo, ele me manda um e-mail, ou liga no meu celular. E comigo, ele conversa de verdade. Fala da vida na faculdade, das provas, e sobre não ser nada parecido com um American Pie da vida. E ele também sabe quando tem alguma coisa errada comigo.
Eu não cheguei a contar sobre o jantar na casa dos Heffleys. Ele iria me infernizar para o resto da vida. Fora Dana e Alice, eu só contei para o Ryan sobre meu crush no Rodrick, quando éramos crianças. Quando ele soube o que aconteceu no aniversário da Dana, após muito me pressionar por me pegar chorando no quarto, por pouco ele não foi pessoalmente quebrar a cara do Rodrick.
Eu o impedi, obviamente. Na época, Ryan era um calouro do ensino médio. Não iria sobrar nem o pó da rabiola do Rodrick para contar história.
E eu também não contei porque... não quero que o incidente com o André se repita.
Eu devo ser um ser humano horrível, já devo estar na metade do caderno e não mencionei o André até agora. Pois bem, Boston não passou em branco na minha vida. É óbvio que eu fiz amigos por lá.
Nos quase cinco anos que passei morando em Boston, André Thomas se tornou meu melhor amigo. Fazíamos praticamente tudo juntos, desde a escola, até os clubes extracurriculares. E ele é talentosíssimo para a música. Ele sabe tocar qualquer instrumento, sem nem ter praticado muito. E é um excelente cantor.
Por isso, foi extremamente fácil para mim confundir as coisas. Ele é tão incrível que, por um tempo, eu achei que estava apaixonada por ele. Nunca contei para ninguém, nem para ele. Guardei tudo para mim mesma e esperei passar. Afinal, ele nunca demonstrou esse tipo de interesse por mim, de qualquer jeito. Depois, percebi que era tudo admiração, o que eu sentia não tinha nada a ver com romance.
Porém, né... todo mundo sabe como funciona quando se tem um melhor amigo do sexo oposto. É o tempo todo, aquelas piadinhas sem graça do tipo "são namoradinhos". E sim, por mais que eu tenha gostado dele por um tempo, nunca alimentei essas brincadeiras. Mesmo assim, o Ryan passou meses jurando que eu e André estávamos namorando escondidos.
Eu nunca nem beijei na boca, pelo amor de Deus.
As piadinhas pararam por dois motivos. Quando todo mundo finalmente entendeu que éramos só amigos, e quando o André começou a namorar outra garota. Isso tem uns seis meses. É um assunto que me deixa um pouco triste, porque essa garota não aceitou muito bem o fato de eu ser a melhor amiga dele. E, querendo evitar de chateá-la, André foi se afastando cada vez mais de mim.
Nem nos despedimos direito quando fui embora de Boston.
Não sei o que pensar sobre isso. Como amiga dele, é claro que é uma situação horrorosa ser alvo de ciúmes por parte da namorada dele. Mas se eu fosse a namorada... é compreensível ficar insegura... para mim, os dois lados estão certos sobre alguns pontos.
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𝐓𝐇𝐄 𝐎𝐍𝐄 | rodrick heffley
Fanfictionˏˋ°•*⁀➷ Isto não é um diário. É apenas um lugar onde eu posso expressar meus sentimentos sem ser julgada por ninguém. - 𝒌𝒆𝒍𝒍𝒚 Rodrick Heffley é o sinonimo de "descolado", algo que todo mundo sabe. Um adolescente que não segue as regras, e ainda...