A lack of Color

Capítulo 5 : Pandemônio

"-isto."

“Harry, você tem que subir lá,” Hermione sussurrou com urgência.

“Hum, não, obrigado!” Harry sussurrou de volta.

“Você não pode simplesmente ficar sentado aqui”, ela disse, “ele chamou seu nome!”

“Mas eu não coloquei isso”, argumentou Harry. “Você tem que saber disso.”

Nem Hermione nem Ron responderam.

“Harry Potter!” Dumbledore chamou. “Harry! Aqui em cima, por favor!”

Os sussurros ao redor do Grande Salão aumentaram em volume até que dificilmente poderiam mais ser chamados de sussurros. Todos os olhos estavam em Harry, e cada rosto tinha uma expressão de ceticismo ou espanto. Desprezo era a expressão mais popular na mesa da Lufa-Lufa.

“Você só está piorando as coisas ficando aqui sentada,” Hermione repreendeu. “Vá embora!”

Hermione deu um pequeno empurrão em Harry, o que o fez ficar de pé. Ele tropeçou um pouco, tropeçando em si mesmo, então se recuperou e seguiu pelo mesmo corredor que Cedric havia passado menos de dez minutos antes. A recepção de Harry foi muito diferente da de Cedric. Não houve abraços ou apertos de mão para ele; apenas olhares furiosos e um garoto da Lufa-Lufa de cara amarga que esticou uma perna para fazer Harry tropeçar.

“Ele é um trapaceiro!”, alguém gritou por cima da conversa crescente.

“Ele não tem nem dezessete anos ainda!”, zombou outra pessoa.

Finalmente Harry chegou onde Dumbledore estava. Algo na maneira como o diretor estava olhando para ele fez as entranhas de Harry ferverem de vergonha.

“Bem... pela porta, Harry,” Dumbledore disse simplesmente.

Um pensamento ocorreu de repente a Harry: Cedric estava do outro lado daquela porta. O que ele diria? Ele ficaria bravo com Harry quando descobrisse que o garoto mais novo também havia sido selecionado como campeão? O medo prendeu Harry no lugar.

“Harry,” Dumbledore disse novamente. “A porta.”

Harry olhou para o diretor implorando. Ele não entendia o que passar por aquela porta poderia significar? Ele não entendia que tudo o que Harry queria era sentar-se com seus amigos e fingir que nada disso aconteceu? Dumbledore olhou para ele. Por mais que Harry tivesse medo da reação de Cedrico a tudo isso, sem mencionar o resto da escola, ele tinha ainda mais medo de incorrer na raiva do único bruxo que Lord Voldemort temia.

Harry passou pela porta lateral e entrou na outra câmara.

Os campeões tribruxos estavam em pé ao redor da lareira da antecâmara. Cedric estava de frente para o fogo com as mãos atrás das costas. Ele mordeu o lábio e olhou para as chamas, imerso em pensamentos. O coração de Harry deu um pulo.

A primeira a notar a nova presença na câmara foi Fleur Delacour. Ela jogou seus cabelos prateados esvoaçantes e colocou as mãos nos quadris.

“O que é isso?” ela perguntou. “Eles nos querem de volta no Hall?”

Os dois garotos olharam ao redor para descobrir com quem Fleur estava falando. O rosto de Cedric se iluminou quando ele viu Harry e ele sorriu calorosamente. Harry tentou sorrir de volta, mas não conseguiu fazer os músculos do seu rosto funcionarem. Ele tentou contar a eles o que aconteceu no Salão Principal, mas suas cordas vocais estavam travadas. Tudo o que saiu foi um pequeno guincho. O rosto de Cedric se contraiu em confusão.

“Harry, o que houve?” ele perguntou.

Antes que Harry pudesse tentar falar novamente, a porta pela qual ele tinha entrado se abriu e Ludo Bagman entrou. Ele agarrou o braço de Harry e o puxou para mais perto dos outros campeões.