Capítulo 30 : Para onde vamos a partir daqui + Epílogo

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Pela segunda vez em um período de 24 horas, Harry Potter se viu acordando nos braços de Cedrico Diggory.

A ala hospitalar estava iluminada pelo sol, com seus lençóis e cortinas brancos brilhando imaculadamente. A claridade machucou os olhos de Harry quando ele os abriu pela primeira vez. Ele podia ouvir Madame Pomfrey se movimentando em seu escritório. Em sua própria cama, Moody ainda dormia. Harry se perguntou se eles estavam intencionalmente mantendo-o dormindo por um tempo, considerando tudo o que ele havia passado. Harry olhou para Cedric, que ainda estava dormindo.

Agora que era dia, Harry conseguia ver a cicatriz recém-formada no pescoço de Cedric muito melhor. Ele estava certo; era realmente uma duplicata exata da sua. A única diferença era a localização. Harry sentiu-se compelido a tocá-la, seus dedos atraídos para ela como se estivessem magnetizados. Ele estendeu a mão e roçou-a suavemente com o polegar.

“Cócegas,” Cedric murmurou suavemente, seus olhos ainda fechados.

“Desculpe,” Harry disse. “Não queria te acordar.”

“Já acordei”, Cedric o informou. “Só estou tomando meu tempo.” Suas pálpebras se levantaram, revelando uma lasca de seus olhos. Ele fez uma cara confusa. “Você está na minha cama.”

“Tecnicamente você está na minha cama,” Harry corrigiu. “Eu não acho que você conseguiu voltar para a sua ontem à noite.”

“Como é que a Madame Pomfrey não está a fazer birra?”

“Não sei, ela está no escritório dela,” disse Harry. “E de qualquer forma eu não ia perguntar.”

“Não te culpo por isso,” Cedric disse, esfregando o rosto. Ele olhou para Harry, completamente acordado agora, ou pelo menos quase, e sorriu. “Bom dia.”

“Bom dia,” Harry respondeu. “Como você está se sentindo?”

“Muito bom, na verdade”, respondeu Cedric. Ele se mexeu na cama e imediatamente fez uma careta. “Ooh. Esqueça isso. Acho que morrer, ou quase morrer, ou o que quer que tenha acontecido, não é algo tão fácil de se recuperar, afinal.”

“Posso pensar em uma maneira de fazer você se sentir melhor”, Harry disse a ele maliciosamente.

"Ah, você consegue?", perguntou Cedrico, percebendo o que Harry queria dizer e inclinando o rosto para encontrar o do outro garoto.

Infelizmente, no instante em que seus lábios se pressionaram foi o mesmo que fez Madame Pomfrey finalmente decidir sair de seu escritório.

“Vocês dois!” Madame Pomfrey chamou. “Não vou tolerar nada disso aqui. Este é um lugar de cura, não de fornicação.”

“Nós não estávamos fornicando!” Harry argumentou, corando de vergonha.

“E chega de pular de cama em cama, Sr. Diggory”, ela repreendeu. “A única razão pela qual não o acordei foi que, em vista do que vocês dois passaram ontem à noite, pensei que você deveria permanecer tranquilo. Não pense nem por um momento que farei a mesma concessão novamente.”

“Sim, senhora”, disseram Harry e Cedric em uníssono.

Cedric saiu da cama de Harry e se espreguiçou. Ele arrastou os pés pela curta distância até sua própria cama, onde prontamente se jogou de volta. Sua testa franziu enquanto ele olhava para a mesa de cabeceira.

“Madame Pomfrey, havia um relógio aqui entre minhas coisas,” ele disse. “Alguém – alguém poderia tê-lo levado?”

Madame Pomfrey ficou visivelmente tensa com a pergunta.

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