Capítulo 11 : O começo de algo

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Harry correu o mais rápido que suas pernas permitiram. Ele estava exausto de voar contra o dragão, mas ainda assim ele correu. Ele não se importava com a exaustão, não se importava com as consequências de ser pego fora do seu dormitório depois do horário. O próprio Snape poderia aparecer e ameaçá-lo com detenção pelo resto do ano; Harry teria ignorado o professor malévolo e continuado correndo. Ele tinha chegado tão longe com Cedric, não havia como ele deixar tudo escapar por causa de um relógio idiota.

Relógio idiota, idiota, Harry pensou enquanto pulava escada abaixo. Quando eu voltar para a sala comunal hoje à noite, vou quebrar essa maldita coisa. Em pedacinhos minúsculos e irreconhecíveis.

Antes que percebesse, Harry havia chegado ao térreo. Deve ter sido um recorde, porque ele nunca conseguia se lembrar de ter descido tantos lances de escada tão rápido. O cavernoso hall de entrada estava quase completamente escuro.

E vazio.

Harry se jogou na escada de mármore, ofegante, e pensou no que fazer em seguida. Ele sempre podia gritar e ver se Cedric estava por perto, mas então ele corria o risco de ser ouvido e, como resultado, aterrorizado por Pirraça. Além disso, ele já estava quase vinte minutos atrasado para o, er, encontro deles. As chances de Cedric ainda estar lá eram pequenas. Ele provavelmente estava melhor voltando para sua festa enquanto ainda havia uma festa para voltar.

“Eu vou matar aquele relógio idiota,” Harry murmurou suavemente, ficando de pé. “As coisas não podiam dar certo dessa vez, nãooo, eu tive que me atrasar por causa de um idiota, quebrado, nojento f—”

“Atormentar?”

Harry congelou.

Por uma fração de segundo, ele pensou que era Filch e que, além de tudo, ele também receberia uma detenção. Então ele percebeu que não só a voz não soava nada como Filch, mas nunca em mais de três anos em Hogwarts o zelador o chamou pelo primeiro nome. O coração de Harry derreteu quando ele percebeu a quem pertencia a voz.

“Cedric?”, ele guinchou, apertando os olhos em volta do corredor escuro. O garoto mais velho surgiu da escuridão a quase um pé de distância de Harry. O lado do rosto dele ainda estava coberto pela gosma laranja que ele tinha usado antes. “Você esperou.”

“Eu esperei,” Cedric respondeu, sorrindo inquieto. “Eu estava começando a pensar que você não apareceria.”

“Eu não teria perdido isso,” Harry disse, sorrindo. “Eu nem sabia que estava atrasado, o relógio da nossa sala comunal quebrou, então agora está atrasado em meia hora.”

“É por isso que você está planejando se tornar um assassino de relógios?”, perguntou Cedric.

“Bem, essa maldita coisa merece”, insistiu Harry.

“Obviamente”, disse Cedric.

Os dois campeões se entreolharam nervosamente no salão mal iluminado.

“Então, e agora?” Harry deixou escapar.

“O que você quer dizer?”, perguntou Cedric.

“Bem”, disse Harry, “você passou por todo o trabalho de esperar vinte minutos para eu aparecer—”

"Trinta."

"O que?"

“Eu estava esperando por trinta minutos”, explicou Cedric. Seus olhos estavam fixos no teto. “Eu meio que cheguei aqui cedo.”

“Oh,” Harry disse, corando. “Bem, o que quero dizer é que você esperou todo esse tempo, você deve ter algo em mente. Quero dizer, não vamos ficar no hall de entrada a noite toda, vamos?”

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