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AURORA SCUDERI
— 2039 —

                    A perda é uma parte inevitável da vida

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                    A perda é uma parte inevitável da vida.
                     Seja a perda de entes queridos, oportunidades, saúde ou algo mais, ela pode ser uma das experiências mais difíceis que enfrentamos. No entanto, a perda também nos ensina sobre a fragilidade da vida e a importância de apreciar o presente.
                  Ela nos desafia a crescer, a encontrar força na adversidade e a valorizar o que temos.
                     A maneira como lidamos com a perda pode moldar quem somos, e muitas vezes, encontramos resiliência e compreensão profundas nos momentos mais sombrios. É importante permitir-se sentir, buscar apoio quando necessário e lembrar que a cura leva tempo.
                      A perda é uma experiência profundamente humana e universal. Ela pode se manifestar de várias maneiras, como a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, a saúde debilitada ou até mesmo a perda de um sonho não realizado.
                    Lidar com a perda é um processo contínuo, e as maneiras de enfrentá-la variam de pessoa para pessoa.
                    No entanto, encontrar maneiras saudáveis de lidar com a dor e o luto pode ajudar a transformar a experiência de perda em crescimento e aceitação ao longo do tempo.
                    Existem vários jeitos de sofrer por perder algo que era importante para você.
                    Quando somos pequenos e nosso dente tende a cair apenas para que outro possa nascer no lugar, temos a tendência a ficarmos tristes. Somos novos demais para entendermos que coisas assim são necessárias.
                    O velho tem que ir, para que o novo possa surgir.
                    Esse é o ciclo da vida, mesmo assim não significa que saber disso deixa as coisas mais fáceis. Saber que algo difícil irá acontecer com você um dia apenas faz com que parte de você fique preparado, enquanto a outra estará em choque por não ter sido capaz de impedir isso.
                 Porém não significa que não podemos tentar.
                     A todo momento estamos perdendo coisas e pessoas em nossa vida.
                 Assim que escolhemos fazer algo ao invés de outro, estamos perdendo um momento que não passará por nós novamente. E assim que vivemos a opção que escolhemos, também não conseguiremos viver da mesma forma que antes.
                    Mesmo assim continuamos seguindo em frente, às vezes se dando ao luxo de olhar para trás, mas nunca por muito tempo para não correr o risco de se arrepender.
                     Dizem que quando se perde alguém, uma sensação de vazio se instala em seu corpo.
                 Você ainda está vivo, está fazendo as coisas que sempre faz, mas as emoções estão completamente longe de você.
                 A única coisa que você é capaz de fazer muito bem é pensar, e isso até ajuda em certo ponto.
                    Você pensa com uma clareza que somente pessoas como eu são capazes de fazer.
                    Eu nunca passei por um luto assim tão grande, mas vi minha mãe passar quando minha avó morreu alguns anos atrás. Eu amava minha avó, mas não éramos tão próximas assim e não tínhamos vivido muitas histórias, então eu e Davide sempre lembraremos dela do mesmo jeito.
                    Com mamãe é diferente.
                    Não sei toda a história de vida da minha mãe, mas sei que desde o início ela sempre cuidou de minha avó, colocando ela acima dela própria quando não tinham nada. Sei que minha mãe não sentia falta da companhia em si de minha avó, visto que algo as impedia de serem próximas emocionalmente, mas compreendo a frustração de minha mãe por não tê-la conseguindo.
                    Mamãe, é uma mulher de fé.
                    Ela acredita nas coisas.
                    E eu tenho certeza que ela sempre acreditou que um dia, minha avó e ela, seriam mãe e filhas verdadeiramente. Mas isso nunca aconteceu.
                    Desde então não sofri nenhum tipo de luto ou perdi alguém próximo a mim, mas tudo está mudando. Tão rápido, que mal sou capaz de pensar direito.
                    Faz quatro semanas que meu primo Amo pediu a permissão de tio Remo e tia Serafina para fazer uma festa de casamento para Greta, para os dois finalmente puderem viver suas vidas em Nova York. A notícia não foi muito bem vista pela metade da família, enquanto a outra parte adorou.
                    Mas agora, onde todos nós estamos no salão do hotel em que estamos hospedados em Nova York, está realmente caindo a ficha de que realmente estamos perdendo um membro da família.
                    Não ouviremos as músicas de Tchaikovsky em seu estúdio. Não poderemos mais vê-la ensaiar ballet pelo vidro. Greta não ajudará mais tia Kiara na cozinha, nem será a luz de Nevio, que o puxa de volta.
                    Na viagem para cá, percebi os ânimos de minha mãe e de minhas tias se desanimando, e agora que todos estamos em nossa última noite com Greta, estamos felizes por sua felicidade, mas ainda assim tristes.
                    Os Vitiello chegaram há algum tempo, e está claro que isso azedou os ânimos, principalmente depois que tio Remo se aproximou de tio Luca, provavelmente lhe provocando, dado ao jeito que ele sorria e tia Ária segurava tio Luca.
                    Outros que precisaram ser segurados foram os tio Matteo e tia Gianna, quando Alessio se aproximou sorrateiramente de Isabela, pegando sua mão e beijando a mesma, tendo o olhar de minha prima fixado nos seus enquanto meus tios ameaçavam lhe matar.
                    Massimo pegou seu irmão mais velho, e o trouxe de volta.
                    Todos estavam exaltados, até mesmo eu e Carlotta estávamos agitadas, mas eu estava decidida a lhe manter calma. Depois de todo trabalho que nós duas, tia Gemma e tio saio tivemos para tio Diego deixá-la viajar conosco, não poderíamos estragar tudo.
                    Mas no meio de toda agitação, existia a calmaria.
                    Nevio.
                    Ele era o único que estava totalmente calmo.
                    Enquanto todos queriam se matar ou fugir, ele não emitia som ou ofensa nenhuma. Nem mesmo olhou para os Vitiellos. Ele apenas se sentou em uma das cadeiras do salão, e ficou quieto de braços cruzados, olhando para frente. Para o nada.
                    Nevio é o tipo de pessoa que faz todos acharem que ele é pura emoção. Ele sempre está falando, ameaçando ou quebrando os ossos de alguém. Mas ele não é perigoso nesse estado.
                    Ele é perigoso quando está no absoluto silêncio. É aí que o caos acontece.
                    Meus olhos saem de Nevio e vão para os seus pais, tio Remo parece ter percebido o que percebi também, e quando ele está prestes a andar em direção a seu filho, as portas são abertas e tia Kiara desce as escadas vestindo um vestido vermelho sangue, com batom da mesma cor. O vestido é perfeito e adorna perfeitamente as suas curvas.
                    Quando ela chega no final dos degraus, tio Nino já está lá, beijando sua mão e lhe entregando uma rosa vermelha, que a faz sorrir imediatamente e se agarrar a ele.
                    Mais pessoas descem os degraus.
                    Primeiro Greta.
                    Ela usa um vestido preto com maquiagem leve, seu cabelo está meio ondulado e ela transparece leveza.
                    Depois Amo, com uma garotinha, que presumo ser sua filha adotiva, Allegra.
                    A garotinha está em seu colo, vestindo um vestido feito de tule azul, seus cabelos presos em coque e em seus pés estão sapatilhas de balé azuis, ela automaticamente me faz lembrar da cinderela. Amo está com um terno branco com detalhes em preto, seus cabelos estão para trás com gel, e no momento que ele chega ao fim dos degraus, coloca sua filha em pé no chão, e beija o topo da cabeça de Greta.
                    O último é de tirar o fôlego.
                    Daniel está vestindo um terno azul escuro com detalhes pretos, e em qualquer outra pessoa isso seria ridículo, exceto nele. Isso o faz se destacar. O sorriso em seu lábio não sai em nenhum momento, o cabelo penteado perfeitamente sem nenhum fio fora do lugar.
                    Ele é o príncipe encantado.
                    Ele parece sentir que estou olhando para ele, pois seus olhos pousam diretamente em mim, enquanto ele fica do lado de Amo, e assim que desvio o olhar, sei que o ato fez ele sorrir ainda mais.
— Nós agradecemos que tenham vindo. — Amo começa seu discurso. — Essa noite é muito importante para nós, porque apesar de já sermos uma família no papel, não agimos como uma.
                    Alguns homens bufam, dando ênfase no que ele falou.
— Minha família quer que eu seja feliz, e tenho certeza que vocês querem o mesmo para Greta, por isso temos que dar uma chance para a paz. — ele sorri um pouco forçado.
— Somos mais fortes juntos do que separados. — Greta completa, sorrindo para seu pai que revira os olhos e consente.
— Eu quero lhes apresentar alguém. — Amo diz, segurando a mãozinha de sua filha e andando com ela até onde nós estamos. — Está é Allegra Vitiello, minha filha.
                    A garotinha agarra as pernas de Amo, escondendo seu rosto, e percebo que ela está com medo.
— Wow meu deus, que gracinha. — tia Serafina elogia. — E ela está vestida de bailarina!
— Ballet lhe acalma. — Amo revela, e Greta cora quando ele olha para ela.
— Estou tão feliz de termos mais uma garota na família! — tia Kiara declara, pulando de felicidade e se aproximando devagar da garotinha, mas isso faz ela se encolher mais, a ponto de chegar chorar.
                    Tia Kiara se afasta novamente e isso parece acalmar a criança, mas mesmo assim Amo lhe pega no colo e lhe abraça.
— Desculpe, ela não é muito social ainda. — Amo se desculpa.
— Não se preocupe, Allegra e eu seremos grandes amigas. Eu também não era sociável até entrar para a família Falcone. — tia Kiara sorri, e tenho vontade de lhe abraçar.
— E veja agora, até às plantas são seus amigos. — tio Remo resmunga, fingindo não se divertir. — Qual foi o segredo?
— Confiança e segurança. — ela responde e se vira para amo. — E nós daremos isso a ela.
                    Allegra parece saber que estão falando dela, pois se vira e encara tia Kiara fixamente, e diferente de antes, ela não pareceu se encolher, mesmo assim não se aproxima e tia Kiara aceita isso de bom grado. De certa forma, ela parece entender.
— Por favor, aproveitem! — Amo diz.
                    Luna, Catherina e Giulio são os primeiros a saírem correndo pelo salão até onde está uma mesa repleta de doces e salgados. Uma música suave começa a tocar, tornando o clima mais suave e aos poucos, as duas famílias começam a se misturar.
                    Os homens ainda se mantêm individualistas, cada um em seu lugar, mas eu e as outras mulheres da família nos misturamos. Vou até minha prima Isabela, que está usando um lindo vestido verde, junto com um colar de esmeraldas no pescoço com brincos combinando.
— Isa! Eu não acredito, quanto tempo! — eu digo conforme me aproximo.
— Aurora! — nós duas nos abraçamos e rimos uma da outra. — Você está tão gostosa, que se não fosse hétero, daria em cima de você. — ela diz, e sei que é verdade. — Mas não surgiria efeito, certo?
— Você pode tentar...mas da última vez que vi, ainda só existia somente uma pessoa que me interessa. — eu sorrio.
— Maldito Nevio Falcone! — ela sussurra e nós rimos de novo.
                    Isabella é a típica garota quieta, mas que quando você conhece, vê que ela é tudo, menos isso. O fato dela estar sempre lendo seus livros e escrevendo suas fanfics de romances picantes, a faz parecer que é uma pessoa solitária e tímida, nada disso.
                    Isabella Vitiello é tudo menos tímida.
— Você deve ter tantas novidades, vamos me conte todas! — Isa exige conforme nós duas andamos pelo salão fofocando. — Se passou mais de um ano nessa briga, e aposto que você tem muita coisa para me contar.
— Que tipo de coisa você deseja saber?
— Por favor vadia, você sabe o que estou querendo dizer. — ela lança um olhar para mim. — Vai me dizer que durante todo esse tempo, nada aconteceu entre você e aquele brutamontes?
                    Eu coro.
— Aconteceu?! — Isa quase grita, e eu lhe dou um tapa por chamar tanta atenção para nós. — Me conte tudo, é o seu dever!
— Não foi nada demais, okay? — eu vou até onde estão a comida, e fico observando o bolo decorado. — Foi só um beijo.
— Um beijo? Nevio não é o tipo de cara que dá somente um beijo. Ele é o tipo que faz tudo, menos isso. — eu coro ainda mais, meu coração batendo mais rápido imaginando o que mais ele faria comigo. — Mas eu faço parte do time Daniel.
— O que? — eu pergunto confusa.
— Todos nós ficamos sabendo de como ele e Nevio quase se mataram por sua causa. — ela sorri, passando o dedo no chantilly do bolo e levando até sua boca. — Aliás, ele está sempre citando você em nossas conversas.
— Quem está citando quem? — uma voz conhecida vem de trás de mim, e eu congelo.
— Por que você se importa? — Isabella pergunta olhando para Daniel com uma expressão divertida.
— Porque eu sinto quanto estão falando de mim, ruivinha. — eu engulo em seco e me viro para ele. — Olá, Penélope Charmosa. Sentiu minha falta?
                    Isa engole uma risada e nos deixa sozinhos, e tenho vontade de jogar o bolo em sua cara.
— Você é muito convencido, não? — eu respondo, jogando o cabelo para trás. — Eu poderia nem lembrar da sua existência.
— Isso seria impossível. — ele diz se aproximando mais de mim. — Eu sou memorável.
— É isso que diz a si mesmo todos os dias quando levanta da cama?
— Não, é isso que você cita para si mesmo quando me imagina na cama de manhã.
                    Eu paro, com a boca aberta. Minha imaginação imediatamente pensando nele acordando, e o conhecendo o pouco que conheço ele é o tipo que dorme semi nu, ou o mais provável; completamente pelado.
— Eu nunca fiz tal coisa! — gaguejo.
— Você acabou de fazer. — ele sussurra em meu ouvido e se afasta, enquanto me deixa com o coração na boca.
— Não sei do que você está falando. — eu me viro, observando o bolo novamente e passando um dedo no chantilly como Isabella fez mas antes que eu possa levar o doce até minha boca, Daniel segura minha mão e leva meu dedo até sua boca, lambendo o chantilly em meu dedo.
                    Caralho.
                    Ele faz o ato sem tirar os olhos de mim, e sinto que estou vermelha igual um pimentão.
— Amo chantilly! — ele diz, largando a minha mão quando eu a puxo.
— Mas especificamente quando está no meu dedo. — eu respondo, me virando e observando todos no salão, alheios a nossa conversa.
— Poderia estar em outros lugares... — ele responde e sorrio, porque tenho certeza que ele está olhando para o meu corpo.
                    Estou prestes a olhar para ele novamente, mas meu coração bate mais rápido e sinto a forte atenção de alguém em mim. Olho para frente, não notando ninguém olhando para nós, nem mesmo meus pais ou tios e começo a achar que é algo da minha cabeça.
                    Mas então sinto um arrepio em meu corpo e olho para onde estão as mesas, sendo pega imediatamente pelo olhar de Nevio em mim.
                    Ao contrário do que normalmente acontece, os olhos de Nevio não estão vazios, eles estão em chamas. Ele está olhando para nós, mais especificamente para mim, com uma expressão de psicopata que realmente me assusta.
                    E não é só isso que me assusta, mas também o fato de estar com medo, me faz ficar excitada. Quando ele se levanta de sua cadeira, da qual está sentado desde o começo, sei que tenho que fugir.
— Eu tenho que ir ao banheiro. — me desculpo com Daniel, que parecia estar falando sozinho.
                    Começo a andar pelo salão, vendo todos interagindo e até chego a ver Massimo próximo a Carlotta. Ela está dizendo alguma coisa, e ele a observa como se ela fosse o cometa mais encantador que ele já vira. Meu coração se aquece vendo isso, pois Lotta parece não perceber seu olhar.
                    Digo aos meus pais que pretendo ir me deitar mais cedo, e meu pai fica desconfiado mas minha mãe e eu lhe demos segurança. Percebo que Nevio não está mais no salão, e isso me faz tremer.
                    Meu coração está acelerado quando começo a andar pelo corredor, esperando chegar ao elevador o mais rápido possível. Quando estou quase chegando ao meu destino, uma mão agarra o meu braço me puxa para dentro de uma sala, tento gritar mas então outra mão vai em direção a minha boca, me calando.
— Shiii... — ouço sua voz e meu coração bate mais rápido. — Odiaria ter que matar alguém por nos interromper.
                    Eu tento me acalmar, tentando estabilizar as batidas de meu coração, mas é impossível. Contudo fico quieta. O cômodo onde estamos está completamente escuro, e não consigo vê-lo, mas mesmo assim tenho certeza de quem é.
— Nevio... — eu sussurro seu nome quando ele retira a mão de minha boca. — O que voc...
— Não vamos entrar nesse jogo, você sabe o que eu estou fazendo aqui. — sua voz é sombria e sinto que preciso correr dele. — E sabe exatamente o motivo de eu estar aqui.
— Não foi nada do que parece. — eu engulo em seco. — Daniel é um...
— Eu não disse queria explicações, Aurora. — sinto Nevio se aproximar mais. — Muito menos que você falasse.
                    Minhas mãos estão trêmulas, ele coloca algo na frente de meus olhos e amarra atrás da minha cabeça, me fazendo achar que é uma gravata ou algum tecido, e quando acho que ele me beijará ou fará alguma coisa, o peso de seu corpo some, assim como seus toques. Passo a mão na parece em busca de algum interruptor, mas não acho nenhum.
— Nevio? — eu o chamo, minhas pernas tremendo conforme eu dou passos no cômodo, com as mãos abertas, tentando tocar em alguma coisa. — Nevio, você está aí?
                    O cômodo continua em absoluto silêncio, e isso me deixa ainda mais nervosa. Nesse exato momento me sinto como se fosse um animal sendo caçado por um lobo muito bem escondido. Ele me vê, mas mal posso vê-lo.
                    Só sei que em breve serei devorada.
                    Mãos me tocam, e sinto algum metal frio contra meu corpo enquanto escuto barulho de roupas sendo rasgadas.
                    As minhas roupas.
                    Sinto tecido caindo aos meus pés, e o ar frio do lugar tocar minha pele, fazendo os meus mamilos enrijecerem.
— Nevio, isso não tem graça!
                    Uma risada ressoa e sinto vontade de correr, então é o que faço.
                    Começo a correr, mas estar de saltos não ajuda, e quando tropeço prestes a cair, alguém me segura, me dando a chance de me ajoelhar. Quando acho que seu toque sumirá novamente, sinto seu toque em meu rosto, descendo pelos meus lábios, pescoço, até chegar em meu peito.
                    Sinto uma espécie de empurrão leve, então entendo que ele quer que eu deite, e assim eu faço. O chão gelado me faz soltar um gemido, mas caramba eu estou tão molhada nesse momento ao mesmo tempo que estou morrendo de medo.
                    Nevio abre as minhas pernas, se colocando entre e fico nervosa quando ouço o som de seu cinto sendo aberto. Não sei o que está acontecendo, não posso ver e esse fato apenas deixa tudo mais excitante, principalmente quando nevio se estica em cima de mim e posso sentir seu pau contra minha boceta.
                    Ele segura e amarra provavelmente com o cinto minhas mãos acima da minha cabeça.
— Uma vez você me disse que sua fantasia era ser amarrada... — ouço sua voz e meu corpo treme de antecipação quando sua mão desliza de meu pescoço até minha barriga. — Que gostaria de ser fodida tão forte, que não conseguiria sentar no dia seguinte... Você ainda quer isso?
— Sim... — eu respondo quando sinto suas mãos em minha calcinha, antes de ouvir o mesmo rasgando a mesma. — Eu quero.
— Engraçado... — sinto a pontinha de seu nariz em meu pescoço e seus dedos quase tocando minha boceta. Deus, isso é uma tortura.  — Você gosta de dizer que me quer, mas está sempre correndo atrás de outros, não é Rory?
— Eu não estava... — sinto seus dedos pairando sobre minha boceta, e remexo meu quadril. — Não era o que você acha.
— E o que você acha que era? — seus lábios roçam os meus. — Porque para mim parecia que você estava tentada a deixar Daniel lhe foder ao lado do bolo.
                    Eu seguro uma risada, e deus, eu só quero beija-lo.
— E se eu estivesse tentada? — eu o provoco levantando a minha cabeça, meus lábios tocando os seus então aproveito para esticar a língua e passar em cima de seus lábios. — O que você faria?
— Eu o faria desejar a morte. — ele rosna, sua outra mão indo para o meu pescoço. — Ninguém toca no que é meu e sobrevive.
                    Meu monstro...
— Então cale a boca e me faça sua. — eu ordeno, abrindo ainda mais as minhas pernas para ele. — Ou darei a Daniel o que ele tanto quer.
                    Não preciso falar mais nada pois a boca de Nevio está contra a minha, e eu solto um gemido alto quando seus dedos finalmente entram dentro de mim, tenho que segurar no cinto em que minhas mãos estão amarradas para obter controle.
— Não pense que isso é uma recompensa. — ele diz contra minha boca.
                    Os dedos de Nevio saem de dentro de mim, apenas para entrarem novamente, a palma de sua mão roçando o meu clitóris.
— Será uma recompensa quando eu tiver seu pau dentro de mim. — eu mordo o lábios com as estocadas de seus dedos.
— Você mal aprendeu a andar, e já quer correr? — ele pergunta, seus beijos descendo para o meu pescoço. — O que seus pais diriam disso? — sinto seus dentes acariciarem o meu pescoço, e antes que eu possa dizer algo, ele os crava em mim, tão forte e fundo assim como seus dedos que me faz gritar. — O que eles diriam se soubessem que você sonha em cavalgar no meu pau desde os dezesseis anos?
                    Eu respiro fundo, movimentando o meu quadril em direção aos seus dedos, tendo que morder meu lábio com tanta força que sinto o gosto do meu próprio sangue.
— Oh deus! — eu gemo, conforme sinto o mesmo beijar o topo do meu peito e afastar meu sutiã. — Nevio, eu preci...
— Você não goza até que eu mande, está claro? — eu aceno com a cabeça porque não tenho energia para concordar verbalmente. — Boa garota.
                    Enquanto os dedos de uma de suas mãos estão em minha boceta, sua outra mão está em meus seios, apertando e beliscando os mesmos, fazendo com que eu me contorça debaixo dele.
— Eu só vou dizer uma vez. — ele rosna, começando a chupar um de meus seios. — Cada vez que um homem te tocar, é um homem que será morto. — então ao invés de chupar novamente o meu seio, ele morde, quase fazendo gozar. — E eu não ligo se ele for seu melhor amigo, ou de amo. — ele chupa novamente o meu seio e mamilo. — Eu vou desmembrar qualquer um deles.
— E comigo? — eu pergunto, respirando fundo. — O que você fará comigo?
                    Praticamente posso ouvir o sorriso maníaco em sua voz.
— Eu vou te foder, Pecatto. — ele sussurra e minhas pernas tremem novamente. — Todas as vezes.
                    Minhas pernas começam a tremer novamente, e não sei quanto tempo poderei aguentar. Nesse exato momento já estou implorando.
— Nevio...
— Você quer gozar, Pecatto?
                    Eu gemo em afirmação.
— A quem você pertence? — ele pergunta mordiscando o meu mamilo.
— A Nevio Falcone. — eu gemo a resposta.
— Muito bem Rory, não esqueça. — ele morde levemente minha bochecha antes de morder meu lábio inferior. — Goze para mim, minha linda Aurora boreal.
                    Não é preciso mais do que isso, pois em seguida eu já estou gozando em seus dedos e Nevio está sufocando meus gemidos em um beijo. Minhas mãos agarram o cinto em que estão amarradas e meu corpo inteiro treme, Nevio me segura contra ele até que meu corpo pare de tremer.
                    Uma dormência começa a tomar conta de meu corpo, e acho que o Falcone percebe pois ele me desamarra e tira a venda de meus olhos. Nevio me pede um segundo e se levanta, e dois segundos depois a luz se acende.
                    Sinto algo molhado em meu ombro e barriga e quando passo a mão nos locais, vejo sangue.
                    Filho da puta!
                    Ele marcou meu corpo com mordidas!
                    Quando me viro prestes a amaldiçoar até a décima quinta geração, vejo Nevio tirando sua camisa social, ficando somente de calça e os pensamentos de minha cabeça se escapam.
                    Não é como se eu não visse sempre Nevio sem camisa ou com sunga, mas toda vez que eu vejo tenho a mesma reação. O pensamento imediato dele nu somente para mim.
— Se olhar mais, vai acabar babando. — ele diz, e eu vejo a boca, lembrando que ainda estou brava com ele.
— Bastardo, você me marcou com mordidas. — digo quando ele se aproxima e me ajuda a levantar.
— E na próxima vez acrescentarei tapas. — ele coloca sua camisa social em mim, e por precaução, coloca o terno também, ambos ficando um vestido em mim. — Você adorou quando estava acontecendo.
— Nevio, você por acaso é um vampiro? — eu brinco.
                    Pego minhas roupas rasgadas e guardo no bolso do terno, depois pego em sua mão e ambos saímos da sala em que estávamos.
                    Eu ia direto para o elevador, mas Nevio disse que seríamos pegos pela câmera e deveríamos ir de escada, era loucura mas não pude argumentar com eles.
                    Como ainda estava com as pernas bambas, estava andando tremendo e Nevio notando isso, me pegou no colo antes que eu recusasse.
— Nevio, estamos na cobertura. — eu falo. — Me deixe descer, você não vai conseguir me levar.
— Aurora, se você dizer isso de novo eu vou morder o outro lado do seu pescoço, e todos verão. — ele avisou.
                    Eu o chamei de idiota e apoiei minha cabeça em seu peito enquanto ele começava a subir os degraus. Eu iria desmentir se alguém dissesse, mas eu sorri e me aconcheguei mais contra ele, me sentindo completamente confortável em seus braços.
                    Devo ter pegado no sono em algum momento quando ele estava subindo todas aquelas escadas, porque acordei com Carlotta entrando no quarto em que estávamos dividindo. O sentimento de tudo ter sido um sonho começou aparecer, mas quando toquei meu ombro e senti a dor da mordida, eu sabia que tudo havia sido real.
— Você está bem? — Carlotta perguntou se sentando no canto da minha cama. — Por que você...oh meu deus, isso são mordidas?
— São. — eu disse rindo, me sentando na cama e segurando sua mão. — Lotta, você não vai acreditar no que aconteceu.

🫧꒷꒦‧₊˚⋆ Olá gente, tudo bem? Esperamos que você, leitor, tenha gostado e continue comigo nessa viagem para conhecer esses personagens incríveis, e que se apegue a eles tanto quanto eu já estou apegada!‧₊🫧꒷꒦‧₊˚⋆ Vote e comente para que eu saiba a...

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🫧꒷꒦‧₊˚⋆ Olá gente, tudo bem? Esperamos que você, leitor, tenha gostado e continue comigo nessa viagem para conhecer esses personagens incríveis, e que se apegue a eles tanto quanto eu já estou apegada!
‧₊🫧꒷꒦‧₊˚⋆ Vote e comente para que eu saiba as suas opiniões, ou até mesmo ideia e especulações. Isso me ajuda demais!
‧₊🫧꒷꒦‧₊˚⋆ Um 💋 a todos e voltamos com mais um capítulo em breve!

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⏰ Última atualização: Sep 30 ⏰

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