— Alice, o que foi? — Miguel pergunta, preocupado, seus olhos cheios de preocupação enquanto me vê chegar ao balcão, o semblante fechado e a raiva ainda evidente nos meus olhos.
— Briguei com Cinthia. — respondo, a voz ainda carregada de irritação.
— Você está bem? Ela te machucou? — ele se aproxima, seus braços me envolvendo em um abraço reconfortante.
— Estou bem. — digo, a tensão em meu corpo diminuindo com o seu toque.
— A Alice está ótima! — Amanda exclama, rindo alto, sua voz carregada de sarcasmo. — Quem não deve estar é Cinthia com as porradas que levou.
Emily e ela caem na gargalhada, e Miguel me encara, surpreso com a revelação.
— Acho que vou para casa. — digo, a vontade de ir embora e me isolar cada vez maior.
— Eu vou com você. — ele fala, sua voz firme e carinhosa. — Você tem certeza que está bem?
— Amiga, não deixa aquela mal amada destruir nossa noite, por favor, fica aqui! — Emily implora, seus olhos cheios de preocupação.
— Vamos beber e se distrair, você merece aproveitar essa noite. — Amanda insiste, seu tom divertido tentando me animar.
— Eu tenho que concordar com as meninas. — ele me encara, um sorriso gentil se formando em seus lábios.
Minha vontade é ir embora e chorar até dormir, mas tantas coisas estão martelando na minha cabeça, e acho que eles têm razão. Eu mereço aproveitar.
— Tudo bem, então vamos beber. — digo, pegando o copo de Miguel de sua mão e o esvaziando em um único gole, a bebida gelada queimando minha garganta.
— Essa é minha garota! — Amanda grita, animada, seus olhos brilhando de alegria.
Compramos mais uma rodada de cachaça e nos juntamos a algumas pessoas, a música alta e a energia contagiante da festa nos envolvendo.
Em poucos minutos, já estou dançando com as meninas, a raiva dando lugar à alegria e à vontade de aproveitar a noite.
A raiva que sinto por Cinthia me consome como um fogo infernal. É como se um vulcão estivesse em erupção dentro de mim, e a lava incandescente da fúria me queimasse por dentro. Para tentar aplacar essa dor lancinante, me atiro na bebida, afogando meus pensamentos em goles de uísque, sem me importar com o que acontecerá depois.
Entre um gole e outro, me jogo. Não me importo com olhares, julgamentos ou qualquer outra coisa. A música pulsa forte, um ritmo frenético que me invade e me impulsiona para frente.
— Por que está me olhando? — questiono Miguel, com um sorriso malicioso, meus olhos brilhando com uma fúria contida. Ele está encostado no balcão, me observando com atenção, hipnotizado pelos meus movimentos.
Minha cabeça gira, a visão embaçada, mas a música e a adrenalina me mantêm em movimento.
— Não consigo parar de te observar dançando. — ele responde, um sorriso tímido se formando em seus lábios.
— Então pare de olhar e se junte a mim. — digo, puxando-o para perto, meu corpo colado ao seu.
— Acho melhor não. — ele hesita, a timidez evidente em seu olhar. — Vou ficar aqui.
— Para de ser bobo, Miguel. Eu te chamei para você se divertir comigo, por favor. — insisto, fazendo um bico, meus olhos suplicantes. — Beba. — entrego a ele meu copo cheio, ele o aceita e o esvazia em um único gole. — Agora vem, vamos aproveitar.
Ele, finalmente, se solta, seus movimentos hesitantes no início, mas logo se tornando mais firmes e seguros. Começamos a dançar juntos, eu o guiando pela pista, como se fôssemos um casal perdido em um mar de luzes e música.
A cada gole de bebida, a inibição de Miguel se esvai, dando lugar à alegria e à descontração. Minha cabeça gira, o álcool me domina, mas ainda consigo enxergar o mundo ao meu redor. Amanda e Larissa, em um beijo apaixonado, Emily dançando ao meu lado, tudo é um turbilhão de cores e sensações.
Sei que deveria parar de beber, mas a cada gole, a vontade de continuar aumenta, como se a bebida fosse a única capaz de aplacar a dor que me consome.
— Vou pegar mais bebida para nós. — Miguel sussurra em meu ouvido, sua voz rouca e quente.
Viro para ele e confirmo com a cabeça, meus olhos fixos nos seus. Ele se afasta, mas meu olhar o segue, hipnotizado pela sua presença.
— Aqui está. — ele volta, um sorriso travesso em seus lábios. Seus olhos encontram os meus, e me perco naquela imensidão azul, me sentindo completamente vulnerável.
Pego o copo de sua mão e dou um gole, o sabor da bebida se misturando ao cheiro de seu perfume. Ele puxa meu rosto para perto, e nossos lábios se encontram em um beijo quente e intenso, no meio daquela multidão frenética.
Sem revisão.
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A Força Do Amor
RomanceDe um lado, uma garota que não acredita no amor e nem confia em ninguém, e do outro, um garoto que não irá desistir dela. ❤️ • ᴇᴍ ᴘʀᴏᴄᴇꜱꜱᴏ ᴅᴇ ʀᴇᴠɪꜱᴀ̃ᴏ • ᴘʟᴀ́ɢɪᴏ ᴇ́ ᴄʀɪᴍᴇ! © 15 de agosto - presente Primeira versão...