3 - Ecos de Guerra

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A adrenalina pulsava freneticamente enquanto corriam desviando dos destroços, carros em chamas e bombardeios pelas ruas da cidade devastada. O Sargento Namjoon quebrou o silêncio com determinação:

— Precisamos atravessar o hotel — ele apontou para a imponente estrutura de fachada de vidro que resistia, surpreendentemente, às inúmeras explosões que sacudiam o local.

Jimin seguiu-o, adentrando o prédio. O hall de entrada exibia pinturas abstratas pelas paredes, obras de arte que mal pôde apreciar devido à urgência da situação. No centro, um pilar servia de suporte a elegantes poltronas e um grande vaso com uma planta exuberante. Duas largas escadarias se estendiam pelas laterais, e Jimin escolheu uma delas para alcançar o andar superior, virando à direita e deparando-se com uma parede de vidro imponente que se erguia até o teto desafiando as alturas.

— Temos que atravessar — ordenou o Sargento Namjoon com determinação — Preparem os propulsores.

Jimin acionou o pequeno botão em seu peito, ativando os propulsores instantaneamente. Observou o Capitão disparar contra o vidro, que se estilhaçou em uma chuva de cacos, desabando lá embaixo. A tarefa era atravessar o vão de um lado ao outro, de uma parede de vidro à outra, e Jimin sentiu um nó na garganta.

— Só se vive uma vez — comentou Bang Chan com um pequeno sorriso, também ativando seus propulsores que, no caso dele, estavam embutidos no braço, numa pequena tela azul holográfica e logo fez um sinal da cruz em frente ao peito antes do salto.

Logo em seguida, Jackson o seguiu no salto ousado. Jimin encarou o vão escuro à frente, relembrando todas às vezes em que tentou aquele salto durante os treinamentos, sempre acabando estatelado no chão. Naquela ocasião, não existiam redes de segurança; um erro significaria despedaçar-se no abismo.

Respirou fundo e, correndo para ganhar impulso, lançou-se no ar, direcionando habilmente o impulso dos propulsores com os movimentos dos pés, até atingir, finalmente, o outro lado. "Obrigado, Deus", pensou aliviado, enquanto seus olhos varriam a sala em destroços à sua volta, cadeiras viradas e algumas chamas inquietantes dançando ao redor.

— Esta cidade está um caos total — comentou o Sargento Namjoon, avançando por um corredor cuja parede havia sido estraçalhada, revelando a visão de concreto rústico, fiações expostas e detritos espalhados. Com determinação, o Sargento cruzou o vão destruído em direção ao piso inferior do outro lado, e Jimin o seguiu, sentindo-se mais confiante, saltando com agilidade e destreza, pousando firmemente e continuando a correr por entre o espaço totalmente devastado. Fragmentos de drywall caíam do teto despedaçado, fios elétricos expostos crepitavam, e uma parte do local esfacelado revelava a visão de uma nave branca decolando de uma imensa cratera, onde antes era uma rua.

— Lançador Havoc, à frente! — alertou Jackson ao avistar o veículo.

— Esse é nosso alvo. Precisamos localizar nossa equipe Demo Team — afirmou o Sargento Namjoon, com a voz carregada de urgência.

— Eles destruíram a rua inteira — observou Bang Chang, contemplando a devastação da cratera que se estendia para partes profundas sob o solo.

— Os norte-coreanos estão sabotando as principais vias. Teremos que contornar esse buraco para alcançar o distrito comercial — declarou o Sargento Namjoon, analisando a situação com firmeza.

Sem hesitar, eles saltaram no vazio, impulsionados pelos propulsores, aterrissando com cautela lá embaixo.

— Equipe Demo Team One, aqui é o Dagger Zero-One! Vocês estão aí? Repito, vocês estão aí? — a voz do Sargento ecoou através do rádio, e na visão de Jimin, os recursos tecnológicos de suas lentes cobriam seus olhos claros, projetando a imagem da nave anteriormente vista em forma holográfica verde, revelando a localização exata do Havoc Launcher entre as asas da poderosa embarcação.

O Chamado do Dever -  jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora