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Após o almoço no refeitório, Jimin e Jungkook caminharam lado a lado rumo à sala de reuniões, o silêncio entre eles refletindo a gravidade do que estava por vir. Quando entraram, o General McDonnell já estava sentado à cabeceira da mesa, com as pernas cruzadas, examinando o monitor. As luzes azuladas ressaltavam as rugas profundas em seu rosto marcado pela guerra. Embora o tempo tivesse cobrado seu preço, ele ainda emanava uma presença imponente, de quem carrega o peso de decisões que mudam vidas.
Jimin manteve a postura rígida, mas não pôde evitar o frio que corria por sua espinha. Os últimos dias haviam sido exaustivos, e agora o plano para capturar Hades, o homem responsável por milhares de mortes, estava prestes a ser decidido. Seus olhos vagaram brevemente até Jungkook, que parecia calmo demais, como se estivesse à vontade com a tensão que pairava na sala.
O general quebrou finalmente o silêncio, sua voz grave preenchendo o ambiente.
— Esta é uma fonte única de informações. Verificaram a procedência desses dados?
Antes que pudesse completar, o Sr. Chan respondeu com firmeza, sem hesitação:
— As informações são sólidas. Hades se encontrará com seus financiadores em Santorini dentro de vinte e quatro horas.
Jimin observou a troca entre os dois homens com cuidado. A rigidez no semblante de Sr. Chan contrastava com a impassividade do General. Algo naquele confronto não parecia certo, mas era difícil articular exatamente o que o incomodava. A sala estava carregada de uma tensão invisível que fazia sua respiração ficar superficial.
O General, tirando os óculos, ergueu a voz com uma autoridade que fez Jimin endireitar os ombros.
— Uma operação em território estrangeiro sem a aprovação do Congresso? Isso pode ser considerado um ato de guerra, Sr. Chan.
Dessa vez, Jungkook desviou os olhos do General para o Sr. Chan, que, sem perder o tom firme, inclinou-se sobre a mesa.
— A Atlas é uma empresa privada, com registro internacional. Não precisamos da autorização do Congresso.
Jimin sentiu o impacto dessas palavras. A confiança com que Chan falava soava quase irreal. Seria mesmo possível que a Atlas estivesse acima de governos, acima das leis? Ao seu lado, Jungkook mantinha-se impassível, os olhos escuros e fixos no CEO, como se estivesse buscando respostas para perguntas que ele próprio não queria fazer. Talvez, no fundo, ele também tivesse suas dúvidas, mas nunca as verbalizaria. Não na frente de Jonathan.
Sentindo a pressão crescente, Jimin trocou um olhar rápido com Jungkook, buscando alguma pista de que não era o único a questionar os caminhos que estavam prestes a trilhar. Jungkook, sempre confiante, sempre forte, devolveu o olhar, mas desta vez Jimin percebeu algo sutil. Uma leve hesitação, uma sombra que passava por seus olhos antes que ele voltasse a focar em Chan. Seria medo? Ou simplesmente o peso de saber o que estava em jogo?
O silêncio foi interrompido pelo Sr. Chan, que se endireitou e olhou diretamente para os dois:
— Cavalheiros, estamos prontos?
Jungkook respondeu imediatamente, a voz firme:
— Estamos preparados, senhor. Você é o gatilho para esta operação.
Mesmo com sua confiança habitual, havia algo nas palavras de Jungkook que soava... automático, como se ele estivesse dizendo o que era esperado. Jimin conhecia o suficiente para saber que, por trás daquela fachada inabalável, algo estava se remexendo.
O Sr. Chan, satisfeito, deu a ordem final:
— Quero sua equipe pronta para partir.
Enquanto ele se afastava, Jimin sentiu o peso das palavras afundar sobre ele. Algo nele ainda relutava em aceitar como tudo estava sendo conduzido.
Quando o General explodiu, gritando:
— Com base em que autoridade!?
Jonathan Chan parou por um segundo, depois virou-se e, com uma expressão de pura determinação, respondeu em voz alta:
— COM MINHA AUTORIDADE!
O silêncio voltou, mais pesado do que antes. Jimin viu a expressão do General se contorcer de raiva reprimida, mas nada mais foi dito. Ele estava impotente. Tudo havia sido decidido, sem espaço para debate. E enquanto o Sr. Chan deixava a sala, Jimin sentiu um nó no estômago.
Olhando para Jungkook, que estava ao seu lado, percebeu que eles estavam no mesmo barco. Nenhum dos dois podia voltar atrás agora. O dever, a obediência, o peso da lealdade à Atlas, tudo isso os impelia para frente, mesmo que seus instintos dissessem o contrário.
E enquanto ambos deixavam a sala, se preparando para o que viria. O futuro se desenrolava diante deles como uma estrada nebulosa, cheia de armadilhas invisíveis. E, embora estivessem juntos nisso, cada um lidaria com seus próprios fantasmas em silêncio.
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O Chamado do Dever - jjk & pjm
FanfictionEm meio ao caos da guerra, onde a sobrevivência é uma batalha constante, Park Jimin se alistou nos marines em busca de um propósito, sem saber que sua vida mudaria para sempre. Ao lado de seu melhor amigo, Bang Chang, ele enfrenta o horror da guerra...