O Chamado do Dever - jjk & pjm

17 - O Eco da Traição

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No dia seguinte, no alojamento dos três destemidos soldados Atlas, ecoavam as queixas das ressacas da noite agitada anterior. Jimin despertou, levantando-se dos lençóis alvos ao som insistente do despertador, marcando impiedosamente às 6:00 da manhã. Ele resmungou ao perceber Suga de pé, perambulando com os cabelos em desalinho, parecendo um zumbi, segurando uma xícara vermelha de café que exalava vapor, preenchendo o ar com seu aroma característico.

— Bom dia... nem notei sua chegada ontem à noite — comentou Jimin, soltando um bocejo e coçando a cabeça, os fios loiros rebeldes emaranhados entre os dedos.

— Nem faço ideia de que horas cheguei, na verdade, nem lembro como cheguei... só recordo de ter ligado para Lisa após aquela noite... animado com a morena do bar — disse Suga, com um sorriso de canto que logo se transformou numa careta devido à dor pulsante em sua cabeça.

Jimin dirigiu o olhar até a cama de Jungkook, que ainda repousava profundamente, entregue ao sono.

— Ele bebeu todas ontem, não é mesmo? — indagou Suga, também fitando Jungkook.

Jimin assentiu, esfregando os olhos sonolentos enquanto deslizava os pés nos chinelos, observando Suga se aproximar de Jungkook.

— O que pretende fazer? — indagou Jimin, curioso.

De repente, Suga desferiu um tapa vigoroso nas costas tatuadas de Jungkook, que acordou sobressaltado, quase caindo da cama em meio aos lençóis.

— Seu desgraçado! Odeio quando faz isso — vociferou Jungkook, com os olhos arregalados.

Jimin sorriu internamente, imaginando que qualquer vestígio de sonolência havia deixado o corpo do colega juntamente com a alma. Ele ergueu-se, seguindo em direção ao banheiro para enfrentar mais um dia de trabalho, sentindo-se observado. Ele sabia por quem, já que suas costas queimavam e ele ouviu Jungkook resmungar, ainda irritado e incomodado pela dor de cabeça persistente ou algo a mais...

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NOVA BAGDÁ, IRAQUE

9 DE NOVEMBRO DE 2059 - 16:30 HRS

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Em pouco tempo, cada um conseguiu deixar a ressaca de lado e retomar suas atividades militares. Enquanto caminhava pelos corredores, Jimin avistou alguns jornalistas perambulando pelos prédios da corporação Atlas. Desde a morte de Hades, a agitação era constante, todos em busca de informações sobre o Sr. Jonathan Chan. Ao reconhecer Jimin como um dos responsáveis pela queda do criminoso, os jornalistas prontamente o cercaram, ávidos por qualquer detalhe que pudessem divulgar em todas as mídias possíveis.

— Desculpem, mas não estou autorizado a conceder entrevistas — declarou Jimin, afastando-se e ignorando as câmeras, microfones e gravadores.

Adentrou uma sala vigiada por seguranças armados, deixando claro que a imprensa não poderia ultrapassar a barreira. Enquanto seguia seu caminho, Jungkook saiu de uma sala e avistou Jimin, notando os jornalistas curiosos do outro lado do corredor, tentando espiar através das portas de vidro. Decidiu se aproximar para conversar, ainda que precisasse fingir uma calma que definitivamente não possuía.

— Como é ser o herói mundial? Não deixe que isso suba à sua... beça... — começou a dizer, mas foi interrompido pelo som da chamada de rádio de Lisa para Jimin. Este pediu licença e atendeu a chamada, tocando no pequeno dispositivo em seu peito.