24 - Silêncio Antes da Tempestade

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BASE SENTINELA

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Jimin permaneceu em silêncio, com os braços cruzados, observando a grande tela na sala de reunião. Seus olhos estavam fixos no ponto distante, mas sua mente estava em outro lugar, distante do que a tela estava prestes a revelar. Lisa se sentou ao lado dele, mas fez questão de se afastar de Jungkook, como se a simples proximidade dele fosse algo a evitar. "Não me sujo com lixo", ela havia dito, com um sorriso sarcástico. O Sargento Namjoon, sério como sempre, estava na cabeceira da mesa, sua postura firme e os olhos fixos no que estava por vir.

Quando todos tomaram seus lugares e o ambiente se acalmou, Tae apertou o botão de "PLAY". A tela acendeu e lá estava Jonathan Chan, seu semblante calmo e a voz suave, mas carregada de uma força ameaçadora. Ele olhou diretamente para a câmera, como se estivesse olhando para cada um deles, e começou a falar com uma frieza desconcertante.

"O mundo está fazendo uma pergunta. Por que eu ataquei os Estados Unidos? Os Estados Unidos têm mantido o mundo em um estado constante de guerra por mais de cem anos. Repetidamente, vemos os resultados catastróficos dessa política beligerante e militarista. Essas guerras não levaram à resolução ou à paz. Essas guerras só levaram a mais guerras. Os Estados Unidos definiram a agenda porque empunharam o maior porrete. Bem, não mais. Este não é o começo de uma guerra, este é o fim de todas as guerras."

A tela escureceu abruptamente e um silêncio pesado caiu sobre a sala. Jimin sentiu a pressão no peito, mas seu rosto estava impassível, como se estivesse tentando processar as palavras sem se deixar afetar. O ambiente estava denso, a tensão quase podia ser cortada com uma faca.

Jungkook foi o primeiro a quebrar o silêncio, sua voz carregada de incredulidade.

— Isso é sério? Tipo... ele quer resolver uma guerra com uma guerra mundial? — Ele apontou para a tela apagada, como se o gesto pudesse mudar o que acabara de ouvir. — Ele está falando de um fim para todas as guerras? Como isso faz sentido?

Namjoon, sempre calculista, respirou fundo, sua mão agora entrelaçada com os dedos, o cotovelo apoiado na mesa enquanto ele refletia. Ele estava mais tenso do que o normal, os olhos fixos no vazio à sua frente.

— Temos que pará-lo.

— Mas como? — Lisa perguntou, seus olhos aflitos. — Ele desapareceu do radar. Não conseguimos encontrar nada sobre onde ele está.

Namjoon olhou para os papéis à sua frente, como se as respostas estivessem ali, esperando para serem descobertas. Mas ele sabia que não era tão simples. A resposta não estava ali.

— Eu... não sei. — Ele parecia desgastado, a frustração evidente, embora tentasse manter o controle. — Deve haver alguma maneira de rastreá-lo...

— Estamos tentando rastrear os sinais dele, as movimentações, mas nada leva onde está exatamente o QG dele — Tae completou, sua voz cheia de preocupação.

O silêncio se abateu mais uma vez sobre a sala, e o peso das palavras de Chan pairava no ar. O plano parecia distante, quase inalcançável.

Jimin, que havia permanecido quieto até então, finalmente se levantou da cadeira, o som do metal raspando no chão ecoando pela sala. Com as mãos enfiadas nos bolsos, ele se afastou lentamente, com o som de seus passos abafados pelo ambiente tenso. Ele não disse uma palavra, mas a sua ausência de reação dizia tudo.

O Chamado do Dever -  jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora