capítulo 7

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Jimin 

 


Meus pulsos bateram contra o chão. 

Olhei para Jungkook , um nó na garganta. Como diabos ele me encontrou?  Cobri meus rastros de todas as maneiras que pude pensar. De alguma forma, eu não tinha sido cuidadoso o suficiente porque Jungkook  estava olhando para mim como se não tivesse certeza se queria me foder ou me comer. 

— Saia. — Rosnei. 

A mão de Jungkook  envolveu minha garganta enquanto ele mantinha meus pulsos no chão. Tentei me sentar, mas ele facilmente se deitou em cima de mim, prendendo-me sob seu corpo. Jungkook  sempre foi maior do que eu. Eu costumava sonhar em envelhecer e superá-lo, mas a verdade era que eu era pequeno e sempre seria. A mãe dele costumava me cutucar nas costelas e dizer que elas precisavam engordar, mas nunca fui muito maior do que quando era adolescente. 

— Jungkook . — Gemi quando levantei meu joelho e o coloquei em seu lado. — Me solta!  

— Você tem muita coragem de ser tão desleixado como é — disse ele, olhando para mim como se eu fosse um inseto. Ele apertou seu aperto em volta da minha garganta. — Seu querido velho pai não te ensinou nada?  

Olhei para ele. Por que ele teve que citar aquele homem? Eu não queria pensar nele ou nas “lições” que ele gostava de me ensinar. Tudo o que fazíamos estava ligado à matança. Como caçar, esfolar, descartar corpos, limpar evidências, evitar detecção e etc. Tudo era sobre morte, sangue e sobrevivência. Por que eu iria querer me lembrar disso? O homem tinha me transformado em uma maldita aberração. 

— Foda-se. — Ofeguei. 

O aperto de Jungkook  interrompeu o último pedaço de oxigênio que eu estava lutando para sugar. No começo, fiquei lá determinado a não mostrar a ele uma única gota de medo. Até que minha cabeça começou a latejar, meu pulso acelerou e o pânico se instalou. 

Contorci-me embaixo dele. Quando ele ignorou, resisti e me contorci tentando me libertar. 

— O quê? Afinal, não quer morrer? — Jungkook  perguntou. Ele se inclinou para mais perto de mim antes de sua boca roçar a minha. — Seus lábios estão ficando azuis — ele brincou. — Você está ficando tonto? Há manchas em seus olhos? Diga-me como se sente, Jimin. 

Pisquei para ele lentamente, manchas começando a aparecer. Por mais que eu quisesse retirar a mentira e expor quem era Jungkook  por baixo, por algum motivo eu ainda estava nervoso. Ele olhou para mim com fogo queimando em seus olhos. Eu mal o registrei se movendo. Ele revirou os quadris. Foi quando senti a dura ereção pressionando contra o meu corpo. 

Meu meio-irmão estava querendo me matar. 

As luzes diminuíram enquanto minha energia se esvaía. Eu não podia mais lutar. Foda-se, quem se importa. Eu não tenho ninguém neste mundo. Eu também posso ir. Jungkook  era a única coisa que me restava. Sim, a raiva me alimentou, mas não foi o suficiente para me manter em movimento. Se eu não tivesse mais isso ou conseguisse matá-lo, eu estaria realmente sozinho. 

Era melhor morrer agora. 

Respirei fundo e me engasguei. Meus pulmões passaram de famintos a bombardeados com oxigênio. Jungkook  tinha me soltado. Dobrei-me, curvandome enquanto tentava inspirar mais ar. As manchas lentamente desapareceram da minha visão, mas minha cabeça ainda girava. Um latejar constante estava em minha têmpora. Pressionei meus dedos contra ela e gemi. 

— Você tentou me matar — resmunguei. Balancei minha cabeça. — Deveria ter terminado o trabalho.  

— Você acha que vou deixá-lo sair tão facilmente? — A risada de Jungkook  enviou um arrepio na minha espinha. — Não, você veio aqui para estragar minha vida. Merece muito mais do que isso. — Ele me virou e colocou o pé no meu estômago. — Então, vou avisá-lo apenas uma vez. Saia, Jimin. Sua vida pode não ter sido do jeito que você queria, mas e daí? Ninguém tem esse privilégio. Quando eu me for, quero que desapareça e não volte. Você entende?  

Bem Mine Bloody |• Vs Jikook DRMOnde histórias criam vida. Descubra agora