O sorriso de Adeline se alargou enquanto ela aceitava o anel, e, por um momento, tudo ao redor desapareceu. A vista deslumbrante da montanha, a luz suave da lua, e até mesmo os sons da natureza tornaram-se um pano de fundo para a conexão que crescia entre eles. Raphael deslizou o anel no dedo dela, e a sensação de metal frio tocando sua pele despertou um misto de emoções.
"Agora estamos oficialmente ligados," ele disse, o tom de sua voz carregado de significado.
"Oficialmente ligados, mas não totalmente comprometidos," Adeline respondeu, provocando-o de volta. "Lembre-se, Raphael, estamos jogando um jogo. Não vou me deixar levar facilmente."
Ele se inclinou mais perto, seu olhar penetrante fazendo seu coração disparar. "Eu não esperaria menos de você. Esse jogo só se torna mais interessante quando os jogadores não revelam todas as suas cartas."
Adeline não conseguiu evitar um sorriso. A tensão entre eles era eletrizante, e cada palavra parecia alimentá-la. "Então, o que você tem em mente para a próxima rodada?"
Raphael passou a mão pelo cabelo, como se estivesse ponderando. "Que tal um desafio? Uma série de perguntas que devemos responder um ao outro. Se você não responder, tem que cumprir uma pequena pena."
A ideia a intrigou. "E se eu decidir não responder nenhuma das suas perguntas?"
"Ah, isso só tornaria tudo mais divertido, não é? Vamos ver quem é mais persuasivo." Ele piscou, como se estivesse antecipando o jogo que se seguiria.
Adeline assentiu, sua mente já trabalhando nas perguntas que faria. "Ok, vamos lá. Você começa."
Raphael fez uma pausa, olhando profundamente em seus olhos. "Qual é o seu maior medo?"
Ela hesitou por um momento, mas logo decidiu que era hora de jogar limpo. "O medo de perder o controle sobre minha própria vida. E você?"
"A solidão," ele respondeu, o olhar ainda fixo nela. "Acho que isso é o que me levou a me tornar quem sou."
Havia uma sinceridade em sua resposta que fez Adeline pensar. O jogo estava se tornando mais profundo do que esperava. "Agora é a minha vez. Se você pudesse mudar uma coisa no seu passado, o que seria?"
Raphael sorriu, mas havia um brilho de melancolia em seus olhos. "Nada. Cada erro me trouxe até você."
A declaração a pegou desprevenida, e a tensão aumentou novamente. "Você realmente acha que isso é um jogo romântico? Você tem certeza de que não está apenas me manipulando?"
Ele se aproximou ainda mais, a distância entre eles quase inexistente. "Talvez eu esteja, mas você também está me manipulando. Estamos jogando um jogo onde ambos estamos um pouco perdidos."
A adrenalina corria nas veias de Adeline. Ela estava envolvida em algo mais complexo do que imaginara. "E se eu quisesse acabar com esse jogo? O que você faria?"
Raphael a encarou, um sorriso travesso em seu rosto. "Tentaria convencê-la a ficar, claro. Mas tudo depende de você."
O desafio em seus olhos era inegável. Adeline sabia que havia mais em jogo do que apenas manipulação e controle. Era uma dança intricada de emoções, riscos e revelações.
"Está vendo?" ela disse, levantando a taça de champanhe. "Este é o perigo que eu gosto."
Eles brindaram mais uma vez, e o clima entre eles estava carregado de expectativa. O mundo ao redor desaparecia lentamente, e eles estavam em uma bolha, imunes a qualquer coisa que não fosse aquele momento.
"Você se lembra de quando disse que o jogo estava apenas começando?" Adeline perguntou, a voz suave e provocativa. "Parece que a diversão está apenas começando."

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𝐒𝐈𝐂𝐊 𝐒𝐓𝐀𝐋𝐊𝐄𝐑 - The Beginning
Genel KurguO TEMPO Eu sou aquele que tudo vê, tudo sabe, tudo sente. Carrego em mim o peso das eras, conhecendo e desconhecendo minha própria origem. Curo suas feridas mais profundas e, ao mesmo tempo, guardo suas memórias - as boas e as mais cruéis. O passado...