Promessa Perigosa

CAPÍTULO 13 - Inferno

Aviso: Hot 🔥

POV OLÍVIA

Acordei assustada, estranhando o lugar em que estava, me sentei e vi o quarto escuro e minha consciência me lembrou onde estava, olhei para o lado e vi Cristian dormindo de bruços, suas costas largas e fortes expostas enquanto ele apoiava sua cabeça em um dos braços. Mesmo com a luz quase escassa, vi algumas de suas tatuagens, despertando a minha curiosidade de saber se cada uma delas tinha algum significado.

As memórias do que aconteceu veio à minha mente como uma onda, meu Deus.

Me levantei e fui ao banheiro precisando usar, depois que terminei, lavei as mãos e me olhei no espelho enorme que tinha em frente a pia. Comecei a me olhar com cuidado, eu estava com marcas no pescoço e ombros, me afastei um pouco da pia e levantei a blusa, e vi marcas no meu quadril do seu aperto também. Engoli em seco pois não senti isso me machucando na hora, foi tão forte assim? Passei a mão pelo meu cabelo e fechei os olhos, podendo ainda sentir cada toque, cada beijo, cada mordida e principalmente, lembrar de cada palavra.

Me olhei mais um pouco, vendo a minha imagem e pensamentos involuntários começaram a surgir... Será que poderíamos nos dar bem depois disso? Será que eu poderia amar ele? Porque depois disso, eu não nego estar apaixonada, é impossível não estar. Mas o que eu faço? Como eu devo agir diante dele? Eu tenho que falar isso? Não... Acho melhor não, vou deixar passar um pouco tudo isso. Eu tentei esconder e engolir esses sentimentos nesse último mês, mas depois disso...

Eu tinha falado para ele que nada iria acontecer entre nós, mas eu queria isso, muito, e eu já não tinha e nem tenho mais nada a perder, já estou casada com ele, eu poderia fazer o que mais? Nada, cedo ou tarde, teria que acontecer. Balaço minha cabeça tentando parar de pensar um pouco, apago a luz do banheiro e volto silenciosamente para o quarto.

Quando estou chegando no quarto, ouço a voz de Cristian, ele acordou? Pela fresta da porta vejo que o quarto permanece escuro, abro a porta devagar e ele ainda está deitado, mas agora de barriga para cima, vou me aproximando ouvindo suas palavras.

- Cillian... - Sua voz saia baixa, e ao me aproximar de vez, vi que estava dormindo. Chamando pelo irmão mais velho.

Eu não sabia se devia chamá-lo ou simplesmente deixar ele assim, vendo se passaria. Eu estava em pé ao lado da cama, olhando para ele. Sua expressão era de angústia, e se eu não estivesse vendo demais, ele parecia estar chorando. Seria um pesadelo com a lembrança do seu irmão? Um sentimento estranho tomou conta de mim, eu não tenho irmãos, mas posso imaginar como é perder alguém tão querido.

Dou a volta na cama e me deito novamente ao seu lado, e hesitante, eu o abraço. Meus olhos se fecham ao sentir sua respiração e o calor da sua pele. Eu não sei se ele vai gostar ou não disso, muito menos por eu ter visto ele assim, mas estou fazendo o que muitas vezes, desejei que alguém fizesse comigo quando perdi meu pai.

- Está tudo bem, eu estou aqui. - Sussurrei algumas vezes, deixando carinhos em sua pele. Depois de algum tempo, ele parou de chamar pelo seu irmão. Alívio me invadiu imediatamente.

Um misto de sentimentos passou em meu peito, eu não gostei de vê-lo assim, é triste, angustiante. Eu queria confortá-lo e dizer tudo o que podia para deixá-lo bem, mas sei que ele não me contará sobre o seu irmão, e é melhor eu não contar que o vi assim. Quando eu estava quase dormindo, senti ele me abraçando de volta, um sorriso se formou em meus lábios. Eu estava me sentindo bem.

Acordei com a claridade do quarto, abri os olhos com dificuldade e vi de longe Cristian fumando na sacada do quarto, as cortinas voavam, seu cabelo também dançava com o vento e o dia estava lindo, ele se apoiava na grade enquanto fumava. Meu Deus. Ele fazendo absolutamente nada era incrivelmente lindo. Tirei o lençol de cima de mim e me sentei na cama me espreguiçando, cocei os olhos ainda sentindo sono e meu corpo estava pesado.