Capítulo 17

6 2 2
                                    

Observo Henry carregar a pesada caixa de ferramentas.

— Como você conseguiu levantar a Lane? — perguntei após o rapaz colocar o objeto na grama.

— Quem é Lane? — questionou confuso.

— A caixa de ferramentas — respondo. — Uma vez Nolan esqueceu ela no meio da sala, então eu e Jes apelidamos a querida de Lane.

Miller sorri, negando com a cabeça.

— Nome criativo — opinou.

— Sei disso — retruquei de forma convencida. — Lane estava prestes a virar membro da família, mas então o seu irmão a tirou da sala e nunca mais a vimos.

— Ela está bem aqui! — afirmou, apontando para a caixa.

— Sei que está.

Me levanto da poltrona, deixando a Amora dormindo sobre ela.

— Estava com saudade, Lane! — ironizo de forma engraçada, abraçando o objeto.

— Acredito que Lane esteja feliz em te ver — disse. — Mas precisamos trabalhar, né Lane?

Revirei os olhos, vendo ele levar minha amiga embora.

— Não conseguirei ficar longe de Lane! — exclamei.

Ele parou na beira do cercado da casa, pousando a caixa de ferramentas no chão.

— Ela está bem aqui! — decretou o moreno.

— Está distante!

— Lane é uma caixa de ferramentas, Jessie!

— Jes ficaria chateada se ouvisse você falando isso! — rebati. — Não fique triste, Lane! Esse bobo não sabe o que fala!

Ouço-o rir.

— Está bem... Lane é sua querida amiga. — Dou pulinhos de alegria após ouvir aquela frase.

Meu telefone toca, revelando seu som juvenil.

— Ainda não trocou o toque do seu celular? — indagou, colocando suas mãos na cintura.

— Não comentaremos sobre isso!

Caminho em direção a varanda, apanhando o aparelho.

— Kat? — chamo seu nome.

— Jessie! — Posso imaginar seu sorriso se alargando. — Fará algo hoje a noite?

— Levar meu peixe para tomar banho, domar um unicórnio, derrotar um dinossauro... — cito exemplos. — Acha que consigo realizar tudo isso hoje?

Ela gargalha.

— Fale sério! Estará ocupada?

Afasto o telefone da minha face, gritando para Henry.

— Iremos fazer algo hoje a noite? — brado.

— Acho que não — respondeu. — A menos que queira! Tem algum plano?

Volto para a ligação.

— Não. Por quê?

— O tio de Lucy abriu um restaurante... Quer ir com a gente?

Pensei por um tempo, pedindo em seguida a opinião de Miller.

— Podemos ir se você quiser — balbuciou o homem.

— Está bem! — concordo.

— Ótimo! Hoje, às oito e meia da noite, ok? — interpelou após passar a informação.

Os Irmãos Dos NoivosOnde histórias criam vida. Descubra agora