Capítulo 20

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Sinto o ar fresco da nova manhã abençoada que se inicia purificar o ar do quarto.

Me levanto da cama, caminhando pelos corredores até a escada, e seguindo diretamente para o banheiro, na intenção de trocar o pijama –que admito ter vindo da sessão infantil– por outro dos meus vestidos floridos.

Assim que saio do cômodo, me deparo com Miller, que está na cozinha, preparando o café da manhã.

— Que cheiro bom — comentei, me sentando no assento ao redor da bancada.

O homem sorri, colocando a panqueca em meu prato.

— Sou um mestre cuca! — exclamou de forma brincalhona, colocando um prato em minha frente.

Rio, revirando os olhos.

— Vamos ver agora... — Levo um pedaço da comida na minha boca, mastigando-a em seguida.

Fico maravilhada com o que acabei de experimentar. É tão saboroso e...

— Bom? — questionou, com seus braços cruzados enquanto me encarava.

— Você leu a minha mente? — inquiro de forma engraçada.

Ele solta uma pequena gargalhada.

— Então quer dizer que você gostou?

Sorrio.

— Talvez.

Continuo comendo, enquanto ele se serve, sentando-se em minha frente.

— O que devo falar para a senhora Philips? — perguntou de um jeito nervoso.

Arqueio as sobrancelhas.

— Não sei... Diga sobre chás, cafés, tardes chuvosas, gatos gordos e sobre sua profissão — balbuciei.

Ele assente.

— Gatos gordos? — diz com um sorrisinho estampado em sua face.

Reafirmo com a cabeça.

— A senhora Philips adora gatos gordos! — explano. — E ela vai ficar maravilhada ao saber que você é um doutor.

O mesmo se negou com a cabeça.

— Então não devo me preocupar, certo?

— Sim! A senhora Philips é uma pessoa super meiga e fácil de lidar... Você vai gostar dela e ela de você!

Seu sorriso se alarga.

— Assim espero!

— Posso te dar minha palavra!

— E se ela não gostar?

— Vou fazer seu jantar até o dia em que for embora!

— Sua comida é boa pelo menos?

— Talvez…

— Então se ela gostar, eu te levo para um jantar!

Meus olhos se arregalaram e um sorriso fica à mostra.

— Está dizendo que acha minha comida ruim? — interpelo ironicamente.

— Acordo fechado? — indaga, estendendo sua mão em minha direção.

Semicerro os olhos.

— Acordo fechado! — concordo.

Bato na porta da casa da mulher que estava a nosso aguardo.

— Que bom que chegaram! — exclamou após abrir a porta.

Os Irmãos Dos NoivosOnde histórias criam vida. Descubra agora