Capítulo 11

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Bebo um gole do meu café enquanto avalio todos os exames da semana.

Uma notificação pinga em meu telefone, fazendo com que eu desvie minha atenção. A mensagem de Jessica estampada em minha tela já me faz ter noção do que ela falará.

— Jessie? — Ouço sua voz me chamar pelo outro lado da linha.

— Oi — respondo.

— Ainda bem que está viva! Pensei que estava falecida no meio da rua — revelou com um tom engraçado. — Por que não me mandou mensagem ontem? — Sinto seu tom ficar mais sério.

— Me perdoe, eu esqueci — menti.

Um silêncio se estabelece.

Será que Henry lhe disse o que ocorreu ontem?

— Tudo bem. — Quebrou o silêncio. — Por que não vem aqui em casa hoje? Podemos fazer alguma coisa... Uma lasanha talvez?

Me doi ver que Jessica se esforça para mim ver bem.

— Ok — aceito o convite.

— As sete então.

— Estarei lá!

A chamada se encerra, e então coloco meu celular sobre a mesa novamente.

De repente a porta da minha sala se abre.

— Diga ao seu namorado para ele sair do meu caminho! — Cris entra agressivo, apontando o dedo em minha direção.

Eu arqueio as sobrancelhas, confusa com o que estava acontecendo.

— Mil desculpas, Jessie! — A senhora Philips aparece logo atrás. — Eu tentei impedi-lo de entrar, mas ele não me ouviu!

Me levanto da cadeira.

— Já disse que não quero mais te ver, Cris… Eu te perdoo, mas peço, por favor, respeite isso. — Levo minha mão a testa, frustrada com a situação.

— Primeiro diga ao seu namoradinho que não é para ele se meter em meu caminho! — diz em um tom irritado.

Respiro fundo.

— Não nos incomode mais e não teremos mais problemas, simples!

O homem bufa, se retirando da sala.

— Me perdoe, Jessie! — pede a recepcionista, decepcionada consigo mesma.

— Está tudo bem, senhora Philips — consolo-a. — Esse tipo de coisa acontece.

Vejo-a se retirar logo em seguida. Está notório sua melancolia.

Me sento novamente, voltando a analisar toda a papelada.

D

irijo até a casa da minha irmã, estacionando na frente da mesma.

Percorro pelo seu jardim, abrindo a porta e passando pelo hall chique de sua casa.

— Jes? — chamo-a assim que chego na sala de estar.

Não obtenho resposta, então vou perambulando pela casa, atrás da mulher.

— Jessica — clamo por seu nome novamente.

Subo as escadas, procurando-a em cada cômodo.

— Se for uma brincadeira, saiba que estou cansada o suficiente para isso — revelo, caminhando pela moradia, a qual conheço cada canto.

Não a acho em lugar algum, nem mesmo em seu quarto.

Desço as escadas, indo para o quintal.

— Jessica! — brado mais uma vez.

Os Irmãos Dos NoivosOnde histórias criam vida. Descubra agora