Bebo um gole do meu café enquanto avalio todos os exames da semana.
Uma notificação pinga em meu telefone, fazendo com que eu desvie minha atenção. A mensagem de Jessica estampada em minha tela já me faz ter noção do que ela falará.
— Jessie? — Ouço sua voz me chamar pelo outro lado da linha.
— Oi — respondo.
— Ainda bem que está viva! Pensei que estava falecida no meio da rua — revelou com um tom engraçado. — Por que não me mandou mensagem ontem? — Sinto seu tom ficar mais sério.
— Me perdoe, eu esqueci — menti.
Um silêncio se estabelece.
Será que Henry lhe disse o que ocorreu ontem?
— Tudo bem. — Quebrou o silêncio. — Por que não vem aqui em casa hoje? Podemos fazer alguma coisa... Uma lasanha talvez?
Me doi ver que Jessica se esforça para mim ver bem.
— Ok — aceito o convite.
— As sete então.
— Estarei lá!
A chamada se encerra, e então coloco meu celular sobre a mesa novamente.
De repente a porta da minha sala se abre.
— Diga ao seu namorado para ele sair do meu caminho! — Cris entra agressivo, apontando o dedo em minha direção.
Eu arqueio as sobrancelhas, confusa com o que estava acontecendo.
— Mil desculpas, Jessie! — A senhora Philips aparece logo atrás. — Eu tentei impedi-lo de entrar, mas ele não me ouviu!
Me levanto da cadeira.
— Já disse que não quero mais te ver, Cris… Eu te perdoo, mas peço, por favor, respeite isso. — Levo minha mão a testa, frustrada com a situação.
— Primeiro diga ao seu namoradinho que não é para ele se meter em meu caminho! — diz em um tom irritado.
Respiro fundo.
— Não nos incomode mais e não teremos mais problemas, simples!
O homem bufa, se retirando da sala.
— Me perdoe, Jessie! — pede a recepcionista, decepcionada consigo mesma.
— Está tudo bem, senhora Philips — consolo-a. — Esse tipo de coisa acontece.
Vejo-a se retirar logo em seguida. Está notório sua melancolia.
Me sento novamente, voltando a analisar toda a papelada.
•
D
irijo até a casa da minha irmã, estacionando na frente da mesma.
Percorro pelo seu jardim, abrindo a porta e passando pelo hall chique de sua casa.
— Jes? — chamo-a assim que chego na sala de estar.
Não obtenho resposta, então vou perambulando pela casa, atrás da mulher.
— Jessica — clamo por seu nome novamente.
Subo as escadas, procurando-a em cada cômodo.
— Se for uma brincadeira, saiba que estou cansada o suficiente para isso — revelo, caminhando pela moradia, a qual conheço cada canto.
Não a acho em lugar algum, nem mesmo em seu quarto.
Desço as escadas, indo para o quintal.
— Jessica! — brado mais uma vez.
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Os Irmãos Dos Noivos
RomansaJessie é uma solteirona de vinte e oito anos, quando sua irmã gêmea aceita o tão esperado pedido de casamento. Com a melancolia de quem vai perder mais uma soldada do seu rebanho, Jessie decide tentar seguir sua vida solitária. Mas como um clichê...