Capítulo 27

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Estou ao lado de Henry. Não trocamos mais nenhuma palavra após o “bom dia”, então chego a conclusão que nunca vi o jardim de Jes tão silencioso assim.

Estamos a um braço de distância. Não sei o que dizer a ele, e aposto que ele não saiba o que dizer a mim.

— Demorei? — Kat aparece, caminhando até nós.

— Espero que Jes não chegue a tempo de te ver pisando na grama verde dela — murmurei.

A moça deu um pulo ao ver o crime que estava cometendo.

— Obrigada por avisar. — Sorriu, posando ao meu lado.

— O que houve com você, em? Uma borboleta gigantesca te carregou? — questionei.

A mulher riu.

— Quase isso — explicou. — Tive que atravessar um riacho e enfrentar correntezas fortes.

— Imagino.

Ela respirou fundo.

— Por que está de mal humor? Ainda são onze da manhã — interpelou.

— Pelo fato de ser onze da manhã! Estou com fome e eles não chegam nunca! — contestei.

Ouço a risada de Henry vir logo atrás de mim.

— Perdão. — Pigarreou. — É engraçado ver a Evans irritada.

Reviro os olhos.

— Se eu fosse você não diria isso — informou Kat.

Ele soltou uma risadinha.

— Está bem! Não digo mais nada!

— Cadê esses dois, em? Minha barriga está roncando! — comentei indignada.

— Pelo meu sensor mental… Eles já estão chegando! — ironizou minha prima.

— Haha! Engraçadinha! — Fiz uma careta para ela.

Logo após completar minha fala, o carro de Nolan para bem ao lado da calçada.

— Jessie! Kat! — Jessica grita, correndo até nós após descer do automóvel. — Senti saudades! — exclamou, nos abraçando fortemente.

— Também sentimos! — respondi.

Ela se afastou dos nossos braços, olhando no fundo dos meus olhos.

— Você está bem? — indagou, franzindo o cenho.

— Estou — afirmei.

— Não parece — rebateu. — Henry. O que aconteceu com Jessie?

O homem voltou-se para ela e, logo após, para mim.

— A senhora Philips morreu — explanei.

— Ai não, Jessie. — A mulher fez uma feição triste. — Eu sinto muito! — disse, me abraçando. — Me perdoe por não estar aqui quando isso aconteceu!

Toquei em suas costas com minhas mãos.

— Está tudo bem — declamei. — Faz uma semana… Já estou melhor.

Ela se afastou.

— Tem certeza? — inquiriu, colocando uma de suas mãos em minha bochecha.

— Sim — aleguei. — Mas tenho mais certeza ainda de que se a gente não almoçar agora eu morrerei!

A individua riu.

— Vamos! — decretou, nos guiando até a porta de sua casa.

Observo Henry e Nolan ficarem para trás, enquanto se abraçam e conversam.

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