Capítulo 24

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A senhora Philips sorri ao me ver entrar pela porta da clínica.

Caminho em sua direção, cumprimentando-a com um abraço apertado.

— Jessie! — diz, depositando um beijo em minha face. — Como está?

Faço uma feição alegre.

— Bem, graças a Deus — comunico, enquanto sinto sua mão pousar sobre minhas costas, acariciando a mesma.

— Isso é muito bom! — afirma. — Tem planos para hoje?

Penso por alguns segundos.

— Preencher uma papelada enquanto como comida chinesa — revelei. — Quer participar?

A mulher faz uma careta.

— Só de imaginar, me dá dor de cabeça!

Solto uma risadinha.

— Está bem… Se decidir mudar de ideia, estarei esperando!

A senhora faz uma afirmação com a cabeça, demonstrando entendimento.

— Mais um dia de trabalho… Como está se sentindo senhora Philips? — questiono, caminhando em sua direção.

— Cansada — comenta, apanhando sua bolsa. — Jessie… Acho que precisamos conversar.

— Está bem. — Ajudo-a a terminar de trancar o estabelecimento. — O que quer conversar? — Paro em sua frente, olhando-a nos olhos enquanto sorrio.

Vejo-a fazer uma careta confusa.

— Precisamos conversar isso em um lugar quieto, parado — murmurou calmamente.

— Podemos conversar no meu carro — opinei.

— Está bem.

Saímos para fora, trancando a porta de entrada do local. Guio a senhora até o meu automóvel.

— Quando quiser — digo, ligando o carro.

— Podemos conversar quando você parar o carro? Estou com medo de ficar nervosa e acabar nos matando.

Gargalho.

— Tudo bem; mas não me deixe curiosa! — exclamei. — Pode me dar um spoilerzinho? — Faço uma voz manhosa, cutucando seu rosto.

— Nem pense!

— Por favorzinho! — Faço um biquinho com a boca.

— De jeito algum! Não quero acabar morta agora!

Finjo estar chateada.

— Não confia em mim? — Solto um muxoxo.

— Dirigindo? Não — respondeu.

Paro em frente de sua casa, após passar alguns minutos dirigindo até aqui.

— Pode me dizer agora — pronunciei ansiosa.

A mulher respira fundo, me olhando de forma calma.

— Tive uma conversa com Henry, da penúltima vez que vieram aqui. — Começou.

Assenti.

— Você o ama, Jessie?

Engulo em seco.

— Não é querendo te forçar a falar algo do tipo… O assunto da nossa conversa não foi esse, mas fiquei na dúvida… Vocês parecem se gostar — esclareceu.

— Não acho que Henry possa sentir algo profundo por mim — enunciei. — Acha que ele possa sentir algo profundo por mim? — indaguei, sentindo meu coração disparar.

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