Me procure nas árvores e nos animais.

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O ambiente ao redor da Casa Grande estava tenso, carregado de uma energia palpável de inquietação. Semideuses, sátiros e criaturas mágicas circulavam em alvoroço, cochichando uns com os outros, todos cientes do motivo por trás daquele tumulto. Dimitri, havia sido descoberto. O medo se espalhava pelas mentes dos campistas, todos temendo que ele buscasse vingança contra os deuses, o que, inevitavelmente, atrairia a irá deles. Dionísio, notoriamente ansioso, andava de um lado para o outro.

— O que vamos fazer com ele, Quíron? — Dionísio perguntou, sua voz entrecortada pela preocupação.

Quíron, com sua postura sempre controlada, respondeu de forma seca, sem deixar transparecer qualquer emoção. — Eu já sabia disso há anos. Sempre soube que ele era filho dela. — O centauro ficou em silêncio por alguns segundos, as palavras pairando no ar antes que ele continuasse. — Ele permanecerá no acampamento... ele não oferece mal algum.

Aquela frase, dita com tanta frieza e indiferença, foi o suficiente para romper algo dentro de Dimitri. Seu corpo, já enfraquecido pela batalha recente e pelas roupas chamuscadas, tremia de uma mistura de choque e raiva. Seus pensamentos, uma confusão de alegria por finalmente descobrir sua origem e tristeza por toda a mentira que viveu, se transformaram rapidamente em revolta. Ele soltou uma risada nervosa, quase histérica, e seu semblante suavemente melancólico deu lugar a uma expressão de pura fúria.

Dimitri pisou com força no chão, o suficiente para rachar o piso de madeira sob seus pés, o som ecoando como um estouro pelo ambiente. Dionísio deu um salto para trás, assustado, e Quíron ficou imediatamente em alerta.

— Você diz isso como se fosse algo NORMAL?! — sua voz tremendo de emoção. — Eu passei ANOS buscando meus pais, tanto os mundanos quanto os divinos! Cosima e Oscar tentaram me ajudar todo esse tempo, e você mentiu! Disse que eu era apenas  um presente para você... e agora...— parou por um instante, a mente se inundando de memórias confusas. — Aquele dia em que matei aquela fúria... — ele murmurou, mais para si do que para os outros. — Eu não lembro como fiz isso. Só lembro de acordar na cama, e meus amigos... eles também não se lembram de nada... ou perá.. eles sabem? — suas mãos começaram a tremer de ansiedade, os olhos se enchendo de lágrimas de frustração, até eles sabiam.

— Calma, meu filho. — Quíron tentou, a voz suave, quase paternal.

— NÃO ME CHAMA DE FILHO! — Dimitri gritou, virando bruscamente para encarar o centauro, os punhos cerrados. Seus cabelos encaracolados se embrenhavam em suas mãos, enquanto ele tentava conter o turbilhão de emoções.

— Não era uma fúria, Dimitri... Era um ciclope. Ele estava trazendo sua irmã... Mas ela não era como você. Não tinha os detalhes sutis que você possui, então eu não permiti que ela ficasse aqui. O ciclope se enfureceu... e você teve que se defender. Foi nesse momento que seus poderes apareceram. Eu soube então, com certeza, quem você era. Você o matou... e a criança fugiu.

𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐀 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀 | PERCY JACKSON.Onde histórias criam vida. Descubra agora