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Um dia radiante nascia sobre as colinas montanhosas de Long Island, iluminando o Acampamento Meio-Sangue com uma explosão de cores primaveris. O céu estava limpo, de um azul profundo, e o sol dourava cada folha e flor ao redor. A primavera abundante trazia consigo o perfume doce das flores recém-abertas, e as árvores carregadas de frutos brilhavam sob a luz suave.
Os pássaros, com a animosidade nas alturas, teciam melodias harmoniosas que preenchiam o ar, enquanto sobrevoavam a grande Árvore-da-Vida, uma majestosa árvore mágica que se erguia imponente no coração do acampamento. Sua seiva brilhava com um verde intenso, expelindo faíscas que flutuavam como vaga-lumes ao vento, criando um espetáculo etéreo. Cada uma dessas faíscas iluminava a sombra da árvore com um tom esverdeado e pulsante, como se ela respirasse junto à natureza ao seu redor. Ao redor de suas raízes, o solo parecia mais fértil, como se a própria terra pulsasse com a energia da vida que emanava daquele ser místico. Flores e arbustos mágicos se espalhavam pelo campo florido.
O chão começou a vibrar suavemente, como se a própria terra despertasse com a aproximação da tropa de centauros. Eles vinham em uma de suas habituais caminhadas matinais, o ritmo pesado de seus cascos ressoando pela planície. À frente, liderando a tropa com sua sabedoria e calma, estava Quíron, treinador do acampamento. Ao seu lado, um dos centauros, mais jovem e alerta, parou de repente. Seus olhos se estreitaram em direção ao horizonte e ele levantou um braço, apontando.
— Olhe, comandante... a figueira. Está diferente hoje, mais... viva. — sua voz carregava um tom de preocupação, enquanto a outra mão erguia-se para sombrear os olhos contra o brilho intenso do sol.
Quíron seguiu seu olhar, seus olhos se fixando na majestosa figueira, uma árvore que nunca deveria exibir qualquer traço de magia. A única árvore conhecida por sua vitalidade mística era o imenso carvalho que sustentava a barreira mágica, a qual protegia o acampamento de olhos mundanos, uma dádiva concedida por Zeus e Hecate. No entanto, hoje, o inesperado vibrava no ar.
— Você está certo. Algo está diferente. Vamos investigar, mas mantenham-se atentos. A barreira nos protege, mas nunca devemos baixar a nossa guarda. — a voz de Quíron soou firme, e com um movimento de sua mão, a tropa começou a avançar, subindo o terreno íngreme.
Mas, à medida que se aproximavam da figueira, algo aconteceu. A vegetação ao redor reagiu com um súbito despertar de vida. Vinhas cobertas de espinhos afiados irromperam do solo, movendo-se com uma velocidade sobrenatural, cercando os centauros em um piscar de olhos. A tropa, apesar de sua força e destreza, foram subjugados antes que qualquer reação pudesse ser tomada. No entanto, ao contrário do que temiam, os espinhos não perfuravam suas peles; eles apenas os mantinham imóveis.
Alguns dos guerreiros tentaram, desesperados, cortar as vinhas com suas lâminas, mas as armas foram rapidamente engolidas pela terra, sem deixar vestígios, como se o solo faminto as tragasse para outro reino.
— Não lutem — a voz serena de Quíron cortou o ar, carregada de compreensão. — Esta figueira não quer nos ferir. Está apenas se defendendo. Acalmem o coração, respirem profundamente, e ela nos verá com bons olhos.
O grupo, relutante, relaxou. As vinhas, lentamente, afrouxaram seu aperto, como se também compreendessem que não havia mais perigo. O ar ao redor deles parecia mais leve, como se a própria natureza tivesse aceitado sua presença.
— O que devemos fazer, comandante, melhor voltarmos...
Um choro suave ecoou pela figueira, um silêncio preocupado caiu sobre a tropa.
— É um bebê.. Quíron
— Talvez seja uma armadilha.
— Essa árvore é inofensiva pra gente, ela só tá protegendo esse bebê..
— Tudo bem, eu vou até lá, vocês ficam aqui, muita gente pode assustar a criança.O hibrido avançou com cautela, seus cascos evitando galhos e raízes que serpenteavam pelo solo, mas sua visão era constantemente interrompida pelos arbustos densos e flores exuberantes que pareciam ter vida própria. Ao chegar mais perto, ele percebeu que o que via era uma criança, frágil e pequena, com feições que sugeriam apenas três anos desde seu nascimento. Suas orelhas pontiagudas e pequenos chifres brotando na testa faziam o centauro acreditar que estava diante de um jovem sátiro, mas as pernas humanas contrariavam essa suposição. Seus cabelos, um turbilhão ruivo, reluziam sob a luz que passava entre as folhas, enquanto seus olhos, de um verde profundo como esmeraldas, os encantava.
O centauro sorriu, talvez encantado pela inocência da figura à sua frente. A criança, curiosa, cambaleou e estendeu sua pequena mão para tocar o centauro, uma onda de energia percorreu o corpo do guerreiro. Em um instante, ele sentiu a escuridão o engolir, enquanto seu corpo caía inerte no solo.
Ele se viu no Tártaro, o abismo mais profundo e sombrio, onde as correntes de caos e destruição rodopiavam como ventos violentos. Diante dele, uma figura imensa e poderosa lutava contra algo ainda mais monstruoso. Era Gaia, seus cabelos longos e feitos de folhas e rochas flutuando ao redor de si. Sua força estava sendo desafiada por Tifão, seu próprio filho.
— Eu destilarei fogo sobre os semideuses, Zeus pagará pelo que fez a nós! — bradou Tifão, sua voz reverberando como trovões no vazio do Tártaro. Ele golpeava Gaia com fúria, seus braços colossais movendo-se como tempestades furiosas.
Gaia resistia enfraquecida por estar fora de seu domínio, mas a batalha era feroz. No entanto, um golpe terrível a atingiu, e ela cambaleou para trás. Um gemido profundo e trágico ecoou pelo Tártaro. De seus olhos, uma única lágrima escorreu, carregando o peso de eras incontáveis de sacrifício e amor. A lágrima caiu no Lago Estige, onde suas águas negras a acolheram, e num feixe de luz a lágrima começou a viajar entre os domínios, o professor a acompanhava em seu trajeto final, uma voz suave ecoava em sua mente ''Dimitri'' pensava consigo mesmo, este é o nome que eu devo dar ao garoto?
Ela percorreu dimensões até cair sobre a Árvore-da-Vida, onde o centauro estivera momentos antes. A gota brilhou intensamente ao tocar a seiva da árvore, imbuindo-a com o poder da própria Gaia. Naquele momento, Quíron percebeu que o garoto era o primeiro primordial filho de um titã nascer, após séculos. Fermentando a mais clara dúvida, o que aconteceu com Gaia.
Quíron ainda atônito pela visão, despertou de repente, já em uma das macas da enfermaria do Hospital. — DIMITRI! — assustando os curandeiros, exclamou.
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𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐀 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐍𝐂̧𝐀 | PERCY JACKSON.
FantasyEm um mundo onde o herói que desafiaria o Olimpo nunca existiu e a guerra dos titãs foi mais brutal do que nas histórias contadas. Gaia, a mãe terra, acabou sangrando sobre o solo de uma árvore sabugueira próxima às montanhas de Long Island, dando à...