Sacrilege

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(Aviso: este capítulo possui cenas +18)

Após Gwayne adentrar os portões de King's Landing com seus homens, e Daeron pousar com Tessarion em um estábulo improvisado para seu dragão, eles foram recebidos com um grande banquete organizado pela rainha viúva e seus conselheiros.

- Gwayne, meu coração se regozija ao rever você e meu querido filho Daeron - anunciou Alicent levantando sua taça de vinho ao alto.

- Se não fosse por Aelwyn, eu não estaria aqui - declarou Gwayne.

Então ele contou sobre as batalhas em Riverlands e em Tumbleton para os convidados à mesa, deixando-os atônitos com seu relato sobre quando Aelwyn ressurgiu em Tumbleton com dois dragões.

- É uma história realmente impressionante - disse lorde Corlys Velaryon, que fora restaurado ao posto de almirante e mestre dos navios.

Uma sombra de pesar atravessou os olhos do Serpente Marinha ao ouvir sobre a morte de sor Addam Velaryon que fora causada pelo feroz Vermithor. Mas ele logo tratou de voltar com seu típico ar estoico.

(...)

Depois de mais algumas taças de vinho, todos se recolheram para seus aposentos, exceto por Aelwyn, que deslizou sorrateiramente pelos corredores da Fortaleza Vermelha, até chegar em um quarto específico. Não havia guardas ali, pois a Guarda Real ainda estava desordenada após os eventos caóticos em King's Landing.

Aelwyn entrou pela porta e a fechou com suavidade antes de se dirigir para um cômodo onde ela escutou o som de água fluindo. Em uma sala de banho, Gwayne encontrava-se despido dentro de uma grande banheira, com os ombros relaxados pela água quente em contato com sua pele.

Quando Gwayne a viu, ele se sobressaltou. As bochechas de Aelwyn foram tingidas por um rubor ao ver o cavaleiro deitado com metade de seu tronco robusto à mostra.

- Me desculpe, eu desejava conversar, não queria atrapalhar... - ela disse contemplando os cabelos úmidos de Gwayne e seu rosto delineado pelas luzes dos archotes nas paredes.

Mas o olhar de retidão que havia em Gwayne fora substituído por fascínio.

- Não vá, por favor, fique - ele indicou para que ela se juntasse a ele na banheira que era suficientemente grande para comportar duas pessoas.

Aelwyn estava pronta para dar meia-volta e sair, mas algo em sua pele clamava pela aproximação de seus corpos. A temperatura da sala pareceu se elevar enquanto Aelwyn removia o tecido fino do vestido que cobria seu corpo.

Quando ela deslizou para dentro da água quente, ela nunca se sentiu de forma tão desnuda sob o olhar de alguém antes. Mas ao encarar Gwayne, seus corpos reagiram por conta própria e preencheram o espaço vazio que havia entre os dois.

O beijo despertou uma luxúria e paixão que arrebatou os sentidos de ambos e os levou ao próximo passo da devassidão. Gwayne se levantou e tomou Aelwyn em seu colo, levando-a para a cama no cômodo ao lado.

A luz do luar reluzia nas gotas de água que escorriam por sua pele enquanto Gwayne venerava seu corpo com beijos e deleitava-se em sua intimidade.

Aelwyn suspirava extasiada, murmurando palavras desconexas e agarrando-se ao lençol em frenesi. Mas a princesa logo se sobrepôs a ele e se encaixou vagarosamente em Gwayne movimentando-se com ferocidade.

Seus corpos se conectaram singularmente, como se fossem intrínsecos os meandros que os levaram até aquele apogeu glorioso em suas vidas.

Quando mais tarde eles descansaram um ao lado do outro naquele quarto, com a lua como testemunha do ato que fora consumado, Aelwyn teve um sonho inquietante.

Mas não era um sonho comum, era um sonho de dragão. A primeira imagem que viu fora a de um menino de cabelos alvos trajado em vestes negras e que se sentava em um trono de espadas fundidas. E a outra imagem que vira fora ela própria ao redor de três jovens. Era um garoto de cabelos claros e olhos azuis, e duas garotas de olhos reluzentes como ametistas e com fios de cabelos acobreados. E elas eram filhas do fogo e das cinzas, carregando em seu sangue desígnios proféticos.

Blood And Ash - Gwayne Hightower Onde histórias criam vida. Descubra agora