Mafiosos são perigosos, mas nada é mais perigoso que a fúria de alguém retida a anos. Aurora, é tão inocente quanto parece? E eles? Serião capazes de fazer algo contra sua princesinha? Afinal, o amor não é tão justo quanto parece, principalmente se...
Eles mataram o Marcos, isso não vai ficar assim, a única forma de eu sair daqui é fugindo pro inferno ou me matando. Mas então uma ideia me surge, se eu for pra escola vou ter mais tempo em pensar numa fuga, algo assim. Corro pro meu quarto com lágrimas molhando meu lindo vestido de cetim. Tô sem celular, apenas me tranco e fico pensando, eu fui tão burra, eles não vão mudar por mim.
19:30 pm
Decidi que vou pedir pra eles para eu poder ir para a escola. Algum deles bate na porta e no mesmo minuto eu fico alerta, posso fingir que continuo gostando deles, sei que meu coração vai acabar os perdoando, mas porra, Marcos era meu melhor amigo no orfanato, o único que me ajudou, ele não merecia isso. As batidas na porta se intensificam, vou ao encontro de quem seja.
- Princesa, jantar está servido. Pela voz é o Sam, vou até a porta e mesmo receosa eu abro, dou um sorriso e o sigo, calada. Chegamos até a sala de jantar, depois de alguns minutos comendo e conversando, decido falar.
- Papai, meninos, eu quero pedir uma coisa. Digo atraindo toda a atenção a mim.
- Pode pedir, minha princesa. Michel diz.
- Bom... eu quero ir para a escola, estudar como todo mundo, deixem, por favor. Eu digo lacrimejando, vejo o olhar dos meninos ficarem escuros, se fosse antes eu ficaria feliz mas agora eu sinto medo.
- Tudo bem, você pode ir para a escola. Papai diz.
- Sem meninos. Enrico diz
- Tudo bem, obrigada, amo vocês. Digo sorrindo sem parar. Menos tempo com eles, muito melhor. Assim eu não preciso sentir medo toda hora.
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Tem algo muito errado com a Aurora, e eu vou descobrir. Esse papo de escola não caiu bem, talvez ela tenha descoberto quem nós somos, sabe, antes de Aurora eu não me importava com ninguém, ninguém mesmo, é engraçado pensar que ela mal chegou e já causou uma bagunça, eu odiaria ter que tirar meu bebê dos braços de outro, amaria matar ele mas odiaria ter que castigar Aurora. A imagem dela chorando me dói, se não for por minha causa, claro.
Hoje é meu dia de ficar com ela, é difícil olhar nos olhos dela, eu quero fuder ela a todo momento. Mas a hora certa vai chegar, odeio ter que ficar só nos banhos gelados, eu quero mais, eu preciso de mais. Eu quero marcar ela para todos verem, ela é minha. Ela nunca vai fugir, ela nunca vai escapar, ela é minha, apenas minha. Tão minha, o corpo dela dá três do meu, é engraçado pensar que posso a matar se não tomar cuidado, eu nunca a machucaria, não assim. Apenas se for necessário, claro.
Sou tirado dos meus pensamentos com ela me chamando.
- Mi, me dá banho. Ela diz sorrindo inocente, como que nega ela assim? Aiai.
- Claro, princesa, vamos lá. Digo a pegando com facilidade, tiro sua roupa e a levo pro banheiro, pensando em qualquer coisa menos em ela pelada. Eu nunca vou conseguir me segurar 100% com ela assim. Quando a coloquei na banheira ela fala :
- Toma banho comigo, eu vou virar de costas, não vou ver nadinha, mimi. Ela falou sorrindo.
- Não precisa virar, princesa, tudo aqui é seu. Eu digo, ela me olha admirando e então olha no fundo dos meus olhos. Começo a me despir e a puxo para um beijo, de início ela fica sem reação e depois se entrega, me puxando para a banheira, algo me diz que essa noite vai ser longa.