Convergence

The Fallacy of Time Travel

"Onde você conseguiu isso?" Dumbledore perguntou a Hermione enquanto estudava o vira-tempo que ela havia colocado em suas mãos. Era o mesmo, e ainda assim diferente.

"Você", ela declarou desafiadoramente. "Você pode consertar isso?"

"Talvez. Pode demorar um pouco,"

"Eu tenho que ir embora hoje à noite, mas primeiro você precisa mudar o esconderijo dos Potters. O traidor vai ou já os entregou."

"Quem é?"

"Eu adoraria lhe dar o nome, infelizmente, não cabe a mim dizer. Não posso dizer mesmo se quisesse." Hermione parecia irritada, como se o pensamento de que ela não poderia contornar uma regra de viagem no tempo muito tangível fosse realmente rude.

"Ah, o paradoxo da viagem no tempo."

"Você sabe disso?"

"Teorias, minha querida. Só isso."

"Certo, bem... o que você acha?"

Dumbledore estudou o dispositivo em suas mãos e admirou a habilidade com que ele havia sido manipulado.

"Isso foi adulterado. Seu trabalho?"

"Não, meu noivo."

"Um homem talentoso."

"De fato." Hermione riu. Ela planejava esfregar isso na cara de Dumbledore no momento em que retornasse ao seu próprio tempo. Aquela admiração nua estava estampada em seu rosto enquanto ele continuava a estudar o lançamento de feitiços de Tom Riddle.

Um murmúrio confuso saiu dos lábios de Dumbledore enquanto ele puxava o vira-tempo para mais perto.

"Eu diria que faltam um ou dois grãos. Se funcionou, mas não levou você até o fim, os grãos provavelmente sumiram ao longo do caminho. Deixe isso comigo e eu vou trabalhar nisso."

"Não. Eu não confio em você. Nós trabalhamos juntos quando possível. Enquanto eu tenho você aqui, há outro assunto importante. Os Potters precisam ser movidos para uma casa segura diferente, hoje" ela tentou dizer a ele o porquê, mas um formigamento na garganta a impediu. Ela estava frustrada. Quão mais fáceis as coisas seriam se ela pudesse mudar essa única coisa, exceto que ela sabia que esse era um ponto crucial para a guerra e o desenvolvimento pessoal de Voldemort. Droga e duplamente droga. Dumbledore conjurou um cálice ridiculamente ornamentado e ofereceu a Hermione um copo d'água. Ela acenou, sabendo que para parar a tosse, tudo o que ela tinha que fazer era desistir de tentar contar a ele detalhes do futuro. Ela não teve esses problemas quando estava com Tom. Ela se perguntou por quê. Provavelmente tinha algo a ver com o vínculo que estava lá e ainda não estava.

"Não seria possível movê-los hoje. Certamente, amanhã é mais factível. Nenhuma de nossas casas seguras está pronta."

"Então faça-os pular de uma casa segura para a outra. Faça-os sair a cada vinte minutos. Não, esconda-os em uma tenda em várias florestas."

"Vou falar com eles e perguntar."

"O traidor os conhece e já os entregou!"

"Estou ciente de que há um traidor entre eles."

"Isso não vai me levar a lugar nenhum. Eu mesmo contarei a eles."

"Impossível!"

"Pense em como consertar o vira-tempo. Enquanto isso, tentarei salvar algumas vidas esta noite."

Hermione deixou Dumbledore cuspindo atrás dela e abriu a porta. Ela agarrou Sirius pela jaqueta de couro e o puxou através dos membros da Ordem. Se ele não parecesse tão animado com isso, ela poderia ter se desculpado pelo abuso. Do jeito que estava, ela não ousou olhar para ninguém. E se Moody a reconhecesse? Ele estava na Ordem dessa vez? Ela não conseguia se lembrar. Seria ainda pior ver alguém que ela conhece que tinha morrido. Ela cerrou os dentes e abriu caminho pela multidão.