Capítulo 13

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Marinette estava na sua rotina diária quando seu telefone tocou, interrompendo seus pensamentos. Ela não reconheceu o número, mas atendeu sem hesitar.

— Alô? — disse ela, esperando que fosse algo simples.

Do outro lado da linha, uma voz que ela não conhecia respondeu:

— É a senhorita Marinette Dupain-Cheng? Aqui é do Hospital Saint Thomas. Temos informações sobre Adrien Agreste, um conhecido seu. Ele sofreu um acidente de carro e foi trazido para cá. Gostaríamos que viesse o quanto antes.

O mundo de Marinette congelou. O telefone quase caiu de suas mãos. Seu coração disparou, e a respiração ficou presa na garganta. Adrien. Acidente. Hospital. As palavras ecoavam em sua mente, e um pavor crescia dentro dela. Sem pensar duas vezes, pegou sua bolsa e saiu correndo, chamando o primeiro táxi que viu na rua.

Durante o trajeto, a mente de Marinette estava em caos. Milhares de perguntas passavam pela sua cabeça. "Como ele está? Foi grave? O que aconteceu?" Ela começou a orar silenciosamente, algo que recentemente se tornara parte de sua vida.

"Deus, por favor... proteja Adrien. Não deixe que nada de ruim aconteça com ele. Eu não sei o que faria se o perdesse."

[...]

Ao chegar ao hospital, Marinette mal conseguia conter o desespero. Correu até a recepção, suas mãos tremendo.

— Adrien Agreste, por favor, ele foi trazido aqui depois de um acidente. Onde ele está? — perguntou ela, com a voz tensa e os olhos suplicantes.

A recepcionista, notando a aflição de Marinette, olhou nos registros.

— Ele está no terceiro andar, quarto 305. Está consciente, senhorita. Acho que não foi nada muito grave.

Essas últimas palavras a acalmaram ligeiramente, mas ela ainda não conseguia respirar aliviada até vê-lo com seus próprios olhos. Marinette correu até o elevador, seu coração batendo acelerado.

Quando finalmente chegou ao quarto de Adrien, ela parou na porta por um segundo, respirando fundo. As mãos suavam, e ela estava com medo de encará-lo e descobrir a gravidade da situação. Mas ela sabia que precisava vê-lo. Com um impulso, entrou no quarto.

Adrien estava deitado na cama, com o braço enfaixado e algumas escoriações no rosto, mas ele sorriu ao vê-la.

— Marinette... — disse ele, sua voz suave, mas claramente cansada. — Eu estou bem.

Ao ver que Adrien estava consciente e não parecia tão machucado quanto ela imaginava, Marinette não conseguiu segurar as lágrimas. Ela correu até a cama, suas pernas tremendo. O alívio misturava-se ao pânico que sentira, e tudo aquilo veio à tona em um choro intenso.

— Eu... eu pensei que... — Marinette tentava falar, mas as palavras falhavam enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. — Eu pensei que tinha perdido você, Adrien!

Adrien, ainda com o braço dolorido, se inclinou o máximo que pôde e estendeu a mão para segurar a de Marinette. Ele acariciou seus dedos suavemente, tentando acalmá-la.

— Ei, está tudo bem. — Ele sorriu, apesar da situação. — Foi só um susto. O carro derrapou na chuva e bateu, mas estou bem. Nada grave. Só alguns arranhões.

Marinette soluçou, abaixando a cabeça, as lágrimas caindo na mão de Adrien.

— Eu... eu não sei o que faria se algo acontecesse com você, Adrien. — Ela finalmente conseguiu dizer, sua voz entrecortada pelo choro.

Adrien apertou suavemente sua mão, seus olhos mostrando a calma que ela precisava naquele momento.

— Eu estou aqui, Marinette. Não precisa mais se preocupar.

Ela finalmente levantou a cabeça e olhou para ele, seus olhos cheios de lágrimas, mas também de uma nova compreensão. A verdade estava ali, clara como o dia: Adrien era mais do que um amigo para ela. Ela não podia mais negar. O medo de perdê-lo havia revelado a profundidade dos seus sentimentos.

Depois de alguns minutos em silêncio, Marinette respirou fundo, enxugando as lágrimas e recuperando um pouco da compostura. Ela se sentou na cadeira ao lado da cama de Adrien, ainda segurando a mão dele.

— Eu acho que só agora percebi o quanto você é importante para mim — disse ela, a voz ainda trêmula. — Não é só amizade, Adrien. Eu tenho fugido disso há tanto tempo, mas... eu percebi hoje que não posso mais fugir. O que sinto por você é muito mais do que isso. Eu... eu te amo.

As palavras saíram de seus lábios com uma honestidade crua, e ela sentiu um peso sair de seus ombros ao finalmente admitir o que estava sentindo. Adrien a olhou com ternura, seu coração batendo mais forte ao ouvir aquelas palavras. Ele havia esperado tanto por esse momento, por essa confissão, e agora que estava acontecendo, era ainda mais especial do que ele imaginava.

— Marinette... — Ele começou, um sorriso suave no rosto. — Você não sabe o quanto essas palavras significam para mim. Eu sempre senti que Deus tinha algo planejado para nós dois, e tenho esperado pacientemente, respeitando o seu tempo e suas dúvidas. Eu também te amo. Muito mais do que imaginei ser possível.

Marinette olhou nos olhos de Adrien, e tudo parecia se encaixar. Ela havia lutado contra esses sentimentos por tanto tempo, mas agora sabia que não tinha mais por que resistir.

Adrien olhou para ela com um cuidado que sempre a comovia e, segurando sua mão mais firmemente, perguntou:

— Posso te beijar?

Marinette sentiu seu coração disparar, mas, ao mesmo tempo, uma sensação de paz a envolveu. Ela sabia que aquele era o momento certo. Ela assentiu levemente, e Adrien, com toda a delicadeza, se inclinou para frente, aproximando-se devagar. Ele queria que aquele momento fosse perfeito, e mais do que isso, respeitoso.

Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como se o mundo ao redor deles desaparecesse. O beijo foi suave, cheio de carinho e respeito. Não havia pressa, apenas a sensação de que eles estavam exatamente onde deveriam estar. Marinette sentiu uma onda de calor no peito, como se aquele beijo fosse uma confirmação de tudo o que ela vinha sentindo e negando por tanto tempo.

Quando se separaram, Adrien a olhou nos olhos, sorrindo.

— Marinette, você não faz ideia do quanto eu sonhei com isso. E eu prometo ser o homem que Deus quer que eu seja para você.

Ela sorriu, sentindo-se mais leve do que nunca. Estar ali com Adrien, compartilhando aquele momento, era tudo o que ela precisava.

Depois de mais alguns minutos de conversa leve e momentos de ternura, os dois deixaram o hospital juntos. Adrien estava bem o suficiente para ir para casa, e Marinette fez questão de acompanhá-lo até lá. Ela queria se certificar de que ele estivesse confortável e descansasse como deveria.

Ao chegarem na casa de Adrien, ele a convidou para entrar. Estavam ambos mais tranquilos agora, e enquanto ele se sentava no sofá, Marinette o observava com um sorriso.

— Eu ainda não acredito que isso tudo aconteceu — ela disse, balançando a cabeça com um sorriso. — O susto, a confissão... parece um sonho.

— Um sonho bom, eu espero. — Adrien brincou, rindo suavemente.

Marinette se sentou ao lado dele e olhou em seus olhos com uma sinceridade renovada.

— Adrien, eu não sei como será o futuro, mas sei que quero estar com você. Eu quero que a nossa história continue, quero fazer parte dos planos de Deus para nós dois. E não quero mais esconder o que sinto. Hoje, percebi que te amo, e quero viver isso plenamente.

Adrien sorriu, sentindo o coração aquecer com as palavras dela. Ele segurou a mão de Marinette novamente, trazendo-a para perto de si.

— Marinette, eu sei que Deus nos trouxe até aqui por um motivo. Eu sempre orei por você, e agora que nossos corações finalmente se encontraram, quero te pedir algo importante. — Ele se aproximou mais um pouco, olhando profundamente nos olhos dela. — Você aceita namorar comigo?

Marinette sorriu amplamente, seu coração batendo acelerado. Ela não hesitou.

— Sim, Adrien, eu aceito.

E assim, com um novo começo à frente, eles se abraçaram, prontos para caminhar juntos no amor e na fé.

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