Olá, conquistadores! Demorei, mas voltei. Esse capítulo é muito esclarecedor para a evolução e caminhada das personagens a partir dessa parte. Não deixem de comentar muito e curtir pra incentivar essa autora, porque é um desafio trazer essa loucura para vocês!
Aviso a possíveis gatilhos: violência e conteúdo sensível.
E é isso. Boa leitura!
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A escuridão era assustadora na mesma medida que parecia ser uma escapatória, mas não era.
Nada suficientemente escuro para que Dynah Baratheon não fosse a testemunha dos atos mais brutais que viu em toda a sua vida. Os olhos da Lady de Ponta Tempestade visualizavam a tortura que estava acontecendo em sua volta com um semblante impassível. Apenas para esconder o seu apavoro e desespero sufocante.
O que ela não conseguia ver, ela conseguia ouvir. Mas o que viu, seria eternizado em sua memória para toda a vida que certamente não iria durar muito.
Os gritos de dor eram as únicas coisas que escapavam dos homens da Guarda Real que eram torturados pelos homens de Wyl de Wyl. Os cavaleiros da Casa Targaryen eram orgulhosos e tentavam manter honra em suas vidas até o último segundo, mesmo quando perdiam seus membros.
— Milady, não olhe. — A voz ao seu lado disse, sufocada.
Aquele era Nikolae, com o corpo fraco ao seu lado. Seu rosto era quase irreconhecível pela quantidade de sangue que estava a cobrir as feições que eram belas e causava suspiros na princesa Rhaenys Targaryen. Ele havia sido espancado, mas estava resistindo fortemente.
Dynah não conseguiu desviar os olhos, mesmo com seu conselho assertivo. Os homens de Wyl usavam foices para desmembrar os guerreiros e se divertiam com isso. Outros eram simplesmente abusados sexualmente em outro calabouço empoeirado e com pouca iluminação.
Tochas de fogo distantes não davam nitidez a visão de Dynah e ela deveria agradecer por isso, enquanto pensava no quão estrategistas os dorneses estavam sendo. Pensava em sua rainha, acima de tudo, torcendo que ela ainda estivesse viva para matar o homem que adentrou o lugar, com uma postura revigorada e satisfeita no meio de tanto sangue e corpos dilacerados.
Ele olhou para Dynah Baratheon e se aproximou com passos lentos ou só pareciam assim, porque ela ainda estava se recuperando do veneno em suas veias. Mas estava consciente o suficiente para ver o homem se abaixando diante dela, averiguando sua feição com prazer.
— Espero que esteja gostando do espetáculo, Lady Baratheon. — Ele disse, a voz carregada de ironia.
Dynah não respondeu e se manteve com as costas pressionadas na parede fria atrás de si, sentindo seus pulsos machucados pelas correntes que a privaram de agir.
— Eu sei, você está louca para me matar. Isso tem algum tempo, certo? — Ele respirou fundo, fingindo ignorância. — Desde que eu incendeie todas aquelas cidades e pessoas em Mata da Fúria, eu acredito.
Dynah apertou os dentes uns contra os outros com tanta força que achou que iriam quebrar, mas nada disse.
— Certamente deve me odiar ainda mais agora, por se sentir a Mão da Rainha mais tola que já existiu. — Ele deu uma risada curta, a voz era horripilante ao soar com um humor sombrio. — Só tínhamos a intenção de capturar você, a irmã bastarda da rainha e seus cavaleiros, talvez conseguir ouro, uma vantagem sob a Casa Targaryen, mas você simplesmente nos entregou a própria rainha.
Naquele momento, Dynah congelou. Seu coração doeu em seu peito ao imaginar que eles haviam conseguido capturar Camyla.
— Não, ela não está aqui. Mas está morta. — Ele disse e Dynah agonizou ao ouvir as palavras. — Eu vi com meus próprios olhos quando ela foi atingida pela minha própria flecha.
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The Rise of the Dragon
FanfictionAmbientado alguns anos após a Conquista dos Reinos, Camyla Targaryen tem sua mente cheia por tramóias e dilemas políticos que definirão o rumo de seu reinado em Westeros. No meio do caminho, ela se vê envolvida pela beleza incomparável de uma princ...