Hyperosmia

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Hello, conquistadoras! Cheguei com mais um capítulo. Espero que estejam gostando muito. Me deixem saber comentando, ok? 🖤

Boa leitura!

Quando se tratava da realeza, até mesmo em Westeros, os costumes eram únicos e claros.

Uma rainha não precisa se levantar para honrar a presença de alguém, porque consideravam que a sua presença era a mais importante do reino e apenas todos os outros deveriam fazer reverências a ela. Mas naquela noite específica, Camyla Targaryen I considerou pela primeira vez como poderia ser, caso ela voltasse a ser a senhora de uma casa ordinária, ao invés de ser a rainha de Westeros.

Sentiu todos os impulsos serem levados em consideração em seu interior para se erguer, caminhar até o outro lado da mesa, ir até a princesa dornesa chamada Lauren Nymeros Martell, tomar a sua mão e deixar um beijo em sua delicada mão, sendo galanteadora como era, portando-se como uma nobre interessada em cortejá-la.

Claro, seria apenas como uma desculpa para olhá-la mais de perto e perguntar se ela gostaria de conhecer seus aposentos.

Seus olhos verdes conversam consigo. E talvez o que tanto falavam no silêncio da noite sobre como os olhos de Lauren carregavam os oceanos, fosse verdade. Bastava alguém ser singular o suficiente para enxergar. E Camyla Targaryen enxergava tudo.

E enquanto enxergava, Lauren continuou perdida sobre como se sentiu sobre as palavras anteriores de seu pai. Casar com a rainha Targaryen? O homem não havia dito nada para ela previamente, mas pela expressão satisfeita de Maron, ela teve algumas respostas. O irmão Martell conhecia sua irmã suficientemente para saber que ela deveria odiar a ideia de se casar daquela forma.

Lauren reuniu consciência de que era a única que não estava ciente de como a sua liberdade estava sendo usada, porque sua avó também estava impassível e não pareceu questioná-los. Ela estava se sentindo perdida e sem uma reação apropriada.

Simplesmente porque ao olhar para Nymor, ela sentiu as piores emoções que alguém poderia sentir por quem deveria sentir o oposto. A relação com seu pai não era das melhores, o homem tinha ideologias que não condiz em nada com Lauren. Ela estava sendo usada como uma moeda de troca.

Mas ao olhar para a Conquistadora, a sensação era de algo indefinitivamente forte em seu peito que percorreu dali, ao seu corpo inteiro. Forte o suficiente para mantê-la silenciosa e presa naquela dança que Camyla a envolveu com seus olhos. Era uma estranha sensação de pertencimento, como achar um lugar que ela estivesse buscando há muito tempo inconscientemente e nas esferas derretidas de violeta daquela rainha, ela encontrou.

— E então, Vossa Graça? — Nymor reforçou.

Os Martell estavam tomando como positivo o olhar intenso da rainha Camyla em direção a jovem, assim como seu silêncio. Para eles, era um olhar de cobiça e Nymor sentiu verdadeiramente que sua Lauren havia servido algum propósito com a sua grandiosa beleza, finalmente. Ainda que sua obsessão por Lauren fosse óbvia, ele também sabia que mulheres não geraram tantos retornos positivos além de um casamento vantajoso, ele pensava.

Meria Martell não enxergava tanto, mas a falta de fala da rainha disse mais do que ações e ela sorriu sutilmente. Enquanto Maron estava simplesmente indiferente à guerra diplomática desde que colocou seus olhos em Rhaenys mais uma vez. Agora não havia dragões para assustá-lo e deixá-lo tenso o suficiente para não fixar na beleza sobre-humana da irmã da Conquistadora.

— Camyla? — Visenya chamou atenção de sua irmã, que até então, pareceu perdida em uma fascinação conflituosa.

As irmãs de Camyla viram como ela piscou algumas vezes, tirando os olhos da princesa, e só então, voltando a ter percepção sobre a sua própria consciência.

The Rise of the DragonOnde histórias criam vida. Descubra agora