Capítulo 18

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 🤪

Eu fiquei ali no banheiro por um bom tempo, encostado na porta, esperando minha vergonha passar. Sério, Park Jimin? Logo na frente da filha dele? Eu não conseguia decidir se ria da situação ou se simplesmente desaparecia da face da Terra.

Foi quando escutei batidas leves na porta.

— Jimin... — a voz de Jeon soou, mas havia um tom risonho. — Já pode sair, meu pai e minha mãe levaram Minji. Está tudo bem.

Está tudo bem? Ele tinha certeza disso? Ainda em pânico por dentro, abri a porta devagar. Meu rosto devia estar vermelho como um tomate. Saí com um passo hesitante, ainda de toalha, mas agora com os cabelos parcialmente secos, caindo sobre a testa. Jeon estava ali, parado, me observando.

Por um segundo, ele apenas me olhou. Depois, um sorriso de canto de boca surgiu no seu rosto.

— A regra de ficar de toalha só se aplicava a mim? — ele perguntou, com a voz baixa e provocante, seus olhos analisando cada detalhe do meu corpo.

Eu tentei responder, gaguejando:

— E-eu só estava... bem, achei que...

Antes que eu pudesse terminar qualquer desculpa ridícula, Jeon deu um passo à frente, me pressionando contra a porta. Ele não olhou diretamente para o meu rosto, não. Seus olhos estavam presos em outra parte do meu corpo, o que me fez arrepiar instantaneamente. Eu não sabia o que fazer, então apenas congelei, sentindo a proximidade dele.

Jeon lambeu os lábios e, com a mesma provocação nos olhos, brincou com o nó da minha toalha, passando os dedos lentamente na minha virilha, de um jeito que fazia meu corpo reagir antes mesmo de eu processar o que estava acontecendo.

— Eu ouvi bem, ou depois de três anos você me chamou de Kookie de novo? — Ele finalmente ergueu a cabeça, seus olhos encontrando os meus. Eu engoli em seco, meu coração disparado.

— J-jeon... — eu tentei, mas minha voz falhou.

— Já é difícil o suficiente ter seu gemido ecoando na minha cabeça... — Ele se aproximou ainda mais, sua respiração quente próxima do meu pescoço. — Agora terei você me chamando assim de novo?

Eu sentia o calor do corpo dele, a forma como suas palavras faziam meu peito apertar e o ar parecer impossível de puxar. Ele estava brincando comigo, provocando, mas havia algo mais naquela intensidade. Era como se ele estivesse se segurando, mas à beira de explodir.

Minhas mãos tremiam levemente, e eu sabia que tinha que dizer algo, qualquer coisa, mas Jeon continuava a passar os dedos pela minha pele, mexendo no nó da toalha como se fosse uma diversão tentadora demais para resistir.

— Jeon... — eu sussurrei de novo, sem saber o que esperar, meu coração completamente fora de ritmo.

Ele sorriu, aquele sorriso malicioso que sempre me deixava sem saber o que fazer, e se aproximou ainda mais, deixando nossos corpos praticamente colados.

— Jeon? — ele repetiu, provocativo, sua voz baixa. — Desde quando voltamos para "Jeon", hu?

Jungkook moveu os dedos de leve, em círculos, brincando com os pelos ralos da minha virilha, como se estivesse considerando o próximo passo, seus olhos nunca saindo dos meus. Eu mordi o lábio, tentando ignorar o nervosismo, o calor que percorria meu corpo em resposta a cada movimento que ele fazia.

— Você me chamando de Kookie... mexe com a minha cabeça. — ele murmurou, ainda com aquele sorriso meio sacana.

E eu? O que eu faço? Olho direto pra boca dele, claro. Porque, né, autocontrole é o meu sobrenome.

Amor não correspondido JJK+PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora