*Milena Castelli* 《12:00 da noite》
Ao chegar em casa me deparo com minha cuidadora, Pietra Martini, a única mulher além de mim nessa casa ela é como se fosse minha mãe, sempre está comigo, me apoia, me ajuda e cuida de mim. A minha mãe de sangue morreu quando eu era pequena, não tenho muitas lembranças dela mas uma das quais me lembro, era que ela se portava como uma mulher fria e não ligava pra mim.
- Dov'era?- perguntou ela.
-estava dando uma volta por aí, algum problema?- dei um sorrisinho vendo sua cara de brava.
- Sabe que não deve andar pelas ruas a noite!- disse ela se levantando do sofá. - Se acontecesse algo?- falou com uma voz preocupada.
- Calmati, fiore mio- disse indo a cozinha.
- Milena Castelli! Não seja imprudente! Sabe que não sair a noite, se a alguém da máfia rival te visse, oque iria fazer?- falou indo atrás de mim.
- Pietra, já disse que eu só dei uma volta, sabe muito bem quê não gosto de ficar trancada em casa! Eu também sempre ando armada, sei muito bem me virar, além de quê hoje eu conheci um garoto bem bonito- disse essa última coisa com um sorriso travesso.
- Garoto? Que garoto?- sentou na mesa.
- O nome dele é Issac...ele tava na praça, mas quando estava indo embora um trio de caras tentou abusar dele, daí eu ajudei ele e levei ele pra casa- disse me sentando na mesa com ela.
- Senhor!- suspirei.
- Eu quero ver ele de novo- disse enquanto mordia uma maçã.
- Acho que alguém se apaixonou...- sorriu.
- O quê? Não!- virei meu rosto. - Só talvez...- disse baixo, escutando a risada dela.
*Issac de Santis* 《8:00 da manhã 》
- Bom dia mãe!- disse beijando sua bochecha.
- Bom dia filho!- disse sorrindo. - Como hoje é sábado acho que não abriremos o ateliê hoje...então aproveite a folga- falou colocando meu café.
- Madre...eu acho que aquela moça...me cativou- disse abaixando a cabeça.
- Está apaixonado por uma estranha?- sorriu- que fofo!
- Quê, não! Eu só queria vê-la de novo- disse comendo.
Comemos e conversamos mais, mia madre saiu e eu fiquei em casa. Até por que depois de ontem ela me deixou sem poder sair de casa. Com cinco minutos que minha mãe saiu, escuto alguém bater na porta, vou até lá ver quem é e me deparo com a mesma mulher que me ajudou ontem a noite.
Abro a porta pra ela, calma eu abri? Eu só não entendo o motivo do meu cérebro não me obedecer.
- O-oi, pode entrar...- falo sem olhar pra ela.
- Oi...tudo bem?- disse entrando, assim que entrou eu fechei a porta e ela me entregou uma pequena flor. - pra você, é um pequeno agrado- deu um sorriso.
- Obrigado...pode se sentar, quer algo pra tomar?- pergunto indo para a cozinha.
- Não, estou bem- disse se sentando.
- Posso saber o motivo da visita?- me sentei ao seu lado.
- É que...eu queria te ver de novo, achei você uma gracinha, daí pensei por que não? Por isso estou aqui- disse com um sorriso.
Senti minhas bochechas esquentaram, como ela sabia que eu também queria vê-la? Que irônia do destino não?
- E-eu também queria te ver...- disse baixo.