Quando em cheguei em casa tinha mais um carro na frente, deve ser da pessoa. Coloquei na garagem e entrei em casa. Assim que coloquei os pés na sala vi aquele homem na minha frente, meu tio por parte de pai... Nicolo.
- Tio? O que faz aqui? Achei que tinha cortado laços com você é sua família. - como tem coragem?
- Oi Milena... como vai? - perguntou.
- Mal, pensei que fosse algo mais importante. - Revirei os olhos.
- Vadia!
- Me xingar não vai resolver... Querido tio, por que não senta, assim podemos conversar melhor, não acha? - ele parece tenso. - O que quer conversar? Se veio até mim e porque tem algo pra falar... - quero enfiar uma balana cabeça desse arrombado.
- Quero saber onde está Sienna! - seu tom saiu alterado. - A alguns meses atrás ela me disse que iria falar com você, precisava de dinheiro. - Ele é a cópia do meu pai.
- Sienna? Sim, ela veio falar comigo, queria "negociar" - fiz os gestos com os dedos. - Mas por que não me avisaram que seus negócios eram falsos?
- Falsos?
- SIM! FALSOS! ERAM ISSO QUE VOCÊS QUERIAM?! - me exaltei. - ME CHANTAGEAR? SEQUESTRAR UMA PESSOA IMPORTANTE PRA MIM?! - ficar com raiva é fácil, mas essa é uma das poucos vezes que eu grito em uma conversa. - ACHA QUE EU NAO SEI O NÍVEL QUE VOCÊS SAO? - suspiro. - Ah... Eu quero saber uma coisa. - me sentei na poltrona e ele no sofá.
- ... que coisa? - me servi um chão já que tinha um mesinha do meu lado com chá, tomei um gole.
- Quer? - ele negou. - Certo, eu queria saber quem eram os homens que ajudaram Sienna. - o homem a minha frente parece ter visto um fantasma. - Haha... o quê? Você pensou que eu acreditava que Sienna fez tudo isso sozinha? - Nicolo nunca foi bom em mentir.
- Não! Sienna fez tudo por conta própria eu fiz nada! Ela queria dinheiro e contatou pessoas pra conseguir. - tentou mentir.
- Meu caro tio, que fique claro que eu não nasci ontem. - coloquei a xícara na mesinha. - Foi tudo bem feito, uma pessoa só não conseguiria fazer isso sozinha... bom, dependendo da pessoa talvez, mas se tratando de Sienna não. - ele congelou. - Quem são as pessoas?
- Por que isso te interessa? - se levantou bruscamente da cadeira. - Nunca quis saber de nada, sempre foi arrogante e só se importava consigo mesma... desde que seu pai morreu você nem se quer lembrou de mim ou de Sienna! - apontou pra mim.
- Não me importei porque tinha mais o que fazer. - calmamente respondi. - Você está muito enganado, desde de muito nova eu tentei ser próxima de vocês... o que recebi em troca? Nada além desprezo, ódio e... humilhação... - me levantei também.
- O quê? - ficou surpreso.
- Isso mesmo! Vocês nunca ligaram pros meus esforço pra aproximar. - andei até ele. - Um bando de arrogantes que só se importam com dinheiro... Tá achando ruim agora? Percebeu o quão arrogante você é? - parei bem na frente dele.
- Você acha que pode ser inocentada com isso? Se tivesse me falado eu teria tentado mudar! - tentou rebater.
Suspirei fundo.
- Responde a merda da pergunta! - olhei pra ele com ódio.
- Eu não sei! - gritou.
- Não mente pra mim! Eu sei que você tem contatos por aí falou pra Sienna e ela fez, NÉ? - ele se afastou.
- Ah... Tá bom, tá bom, eu fiz o trabalho de achar Issac, só dei as coordenadas. - Meus olhos se arregalaram.
- Como sabe o nome dele?! - ele parou. - Faz quanto tempo que planejavam esse ocorrido? QUANTO TEMPO? - coloquei minha na cabeça. - QUE MERDA!
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