A tarde estava quente e ensolarada, o tipo de dia perfeito para relaxar com quem você ama. Você estava animada porque Felix finalmente tinha um tempo livre e vocês haviam planejado passar o dia juntos. Porém, desde que ele chegou, algo parecia fora do normal.
Felix, que geralmente era puro sorrisos e abraços apertados, parecia distante. Ele mal olhava para você, e quando falava, eram respostas curtas, quase secas.
— Tá tudo bem? — você perguntou, tentando quebrar o gelo enquanto mexia no suco que tinha acabado de preparar para vocês.
— Tá, por que não estaria? — ele respondeu, sem sequer levantar os olhos do celular.
Sua cabeça começou a fervilhar. Será que você tinha feito algo errado? Falado algo sem perceber? Mas ele não parecia bravo, e sim... distante. E isso machucava mais do que qualquer briga.
— Tem certeza? Você tá estranho hoje... — sua voz saiu quase como um sussurro.
— É impressão sua. — Ele deu de ombros, deixando o celular de lado, mas ainda evitando seu olhar.
Aquilo já era demais. Felix nunca foi assim. Ele sempre foi a pessoa mais carinhosa e aberta que você conhecia. Então, o que estava acontecendo? Você suspirou profundamente, tomando coragem para não deixar isso passar em branco.
— Felix, se tem algo errado, me fala. Não quero que você fique assim comigo.
Ele bufou e finalmente olhou para você. Mas o olhar não era de ternura. Era de... ciúmes?
— Por que você não pergunta pro Minho, já que vocês andam tão próximos? — Ele soltou, cruzando os braços e olhando para o outro lado.
Você piscou, confusa, enquanto a ficha caía. Ciúmes. Ele estava com ciúmes.
— Espera, isso tudo é por causa do Minho? — Um sorriso ameaçou surgir nos seus lábios, mas você logo conteve. Ele estava com ciúmes, e, por mais adorável que fosse, você sabia que não era o momento de provocar.
— Não tô com ciúmes. — Ele rebateu rápido demais, entregando o jogo. — Só... sei lá, vocês dois têm conversado bastante ultimamente.
Você suspirou e se aproximou lentamente. Ele tentou manter a pose séria, mas o leve toque da sua mão nos dedos dele fez seus ombros cederem, relaxando quase que involuntariamente.
— Felix, você sabe que eu te amo, né? — Você disse, olhando diretamente nos olhos dele. — O Minho é um amigo incrível, mas só isso. Meu coração é seu. Sempre foi e sempre será.
Ele abaixou a cabeça, claramente envergonhado. No fundo, ele sabia que não tinha motivos para se preocupar, mas a simples ideia de te perder o deixava inseguro. Ele era tão transparente que, mesmo tentando esconder, suas emoções acabavam entregando tudo.
— Desculpa, eu fui idiota. — Ele murmurou, segurando sua mão de volta. — É só que... eu não quero te perder, S/N.
Você sorriu e puxou ele para um abraço.
— Você nunca vai me perder, bobo. Só não me ignora assim de novo, tá? Eu prefiro mil vezes você me dizendo o que sente.
Ele confirmou com um aceno leve, enterrando o rosto no seu pescoço enquanto te puxava para um abraço apertado.
— Prometo. E... me desculpa por ter estragado o começo do nosso dia. — Ele murmurou, a voz abafada contra a sua pele, cheia de arrependimento.
— Ainda dá tempo de consertar. — Você respondeu, passando a mão pelos cabelos dele. — Que tal começarmos de novo?
Felix se afastou apenas o suficiente para olhar para você, com aquele sorriso que sempre fazia seu coração disparar.
— Gosto da ideia. — Ele respondeu, selando seus lábios com um beijo rápido antes de entrelaçar os dedos nos seus. — Vamos, o dia inteiro é só nosso.
E assim, vocês recomeçaram, com Felix voltando a ser aquele garoto doce e atencioso que fazia seu coração disparar.
