𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗧𝗥𝗘𝗭𝗘

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𝗔 𝗦𝗘𝗠𝗔𝗡𝗔 começou tensa e cheia de expectativa, e a atmosfera na sala de recuperação era opressiva

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𝗔 𝗦𝗘𝗠𝗔𝗡𝗔 começou tensa e cheia de expectativa, e a atmosfera na sala de recuperação era opressiva. Minho, sentado à mesa com uma pilha de livros à sua frente, tentava focar nas equações e fórmulas que tinha que revisar, mas sua mente não parava de divagar. Cada vez que ouvia a porta se abrir, seu coração disparava na esperança de que Jisung aparecesse, mas sempre que a realidade se impunha, ele se sentia um pouco mais desolado.

O Han não estava lá. Nas últimas sessões de recuperação, ele tinha se esquivado do Lee como se estivesse fugindo de um exército de monstros. Essa ausência só aumentava a frustração de Minho, que se perguntava se eles realmente haviam se perdido em algum lugar entre suas brigas e mal-entendidos. Havia uma parte dele que queria desesperadamente corrigir as coisas, mas outra parte estava paralisada pelo medo do que a conversa poderia revelar.

Naquele dia, os amigos de Jisung, Hyunjin e Jeongin, estavam presentes, mas mesmo eles pareciam perceber que a atmosfera estava carregada. Os três tentaram puxar conversa, mas cada vez que mencionavam algo relacionado ao Lee, o Han se fechava, como se um escudo invisível o protegesse.

— 'Cê 'tá bem, Jisung? — o Hwang perguntou, observando a expressão distante do amigo. — 'Cê não tem falado muito ultimamente.

— Ah, 'tô tranquilo — respondeu rapidamente, mas o olhar perdido em sua face não refletia suas palavras.

Minho estava atento à conversa, mas a tensão entre ele e Jisung parecia um muro invisível. Ele desejava ser capaz de atravessar esse muro, mas o medo do que encontraria do outro lado o impedia. A recuperação começou e, mesmo com os esforços do Lee para manter a sessão produtiva, a falta de interação entre eles tornou tudo mais difícil.

Depois de algumas tentativas frustradas de explicar um conceito de matemática, Minho decidiu que precisava de uma abordagem diferente. Ele olhou para Jisung, que estava mais quieto do que nunca, e disse: — Então, Jisung, você ainda se lembra daquela vez em que você me ajudou a preparar um trabalho para o professor de artes? Aquilo foi épico.

O menor olhou para Minho, um lampejo de memória iluminando seus olhos. — Sim, e você quase queimou a tela de pintura com a sua obsessão por efeitos especiais! — O Han riu, mas logo a risada se transformou em um sorriso triste. — Acho que aquilo foi uma das melhores tardes que já tivemos.

O Lee sorriu de volta, mesmo que a nostalgia fosse amarga. Ele sabia que algo havia mudado, e o que era uma lembrança divertida agora parecia uma ferida exposta. — Você deveria se lembrar disso mais vezes. É bom ter memórias legais.

Jisung olhou para o chão, parecendo mais introspectivo. — É... eu sinto falta disso. Da gente. — As palavras escaparam de seus lábios sem que ele percebesse. O silêncio que se seguiu fez o coração de Minho disparar.

— Você... o quê? — perguntou, quase sem conseguir acreditar no que acabara de ouvir.

— Desses momentos — se apressou a corrigir, mas a hesitação na voz dele denunciava que havia mais por trás daquela frase. — Sinto falta de estar com você, sabe? Dos nossos planos malucos e das piadas.

O maior ficou em silêncio, processando as palavras que haviam escapado de Jisung. Um misto de surpresa e alívio tomou conta dele. Ele não estava sozinho em seus sentimentos, e aquilo era uma revelação poderosa. Ao mesmo tempo, ele não conseguia ignorar a vulnerabilidade que estava exposta entre eles.

— Eu... também sinto falta — finalmente confessou, sentindo o peso da verdade cair sobre seus ombros. — Acho que tem sido difícil para mim lidar com isso.

O Han olhou para ele, um pouco mais alerta agora. — Por que você não falou nada? Você 'tava tão distante e... frio.

— Eu não sabia como reagir — admitiu. — A situação entre nós ficou tão complicada que eu não sabia se deveria me afastar ou tentar me aproximar.

A tensão entre eles começou a diminuir, mas a insegurança ainda estava presente. Minho queria mais do que um simples reconhecimento do que havia acontecido entre eles. Ele queria saber se havia uma chance de que as coisas pudessem voltar ao que eram antes, ou se a amizade deles estava irremediavelmente mudada.

— Você acha que ainda podemos voltar a ser amigos? — o baixinho perguntou, e seu olhar estava cheio de vulnerabilidade. — Quero dizer, depois de tudo isso?

O Lee hesitou por um momento, ponderando a resposta. Ele queria responder com certeza, mas as palavras pareciam travadas em sua garganta. — Eu realmente espero que sim. Quero que a gente encontre um jeito de... resolver isso. Mas é complicado.

— Eu sei que parece complicado agora, mas talvez possamos começar de novo, um passo de cada vez? — sugeriu, um toque de esperança em sua voz.

Minho sentiu seu coração acelerar com a ideia de uma nova oportunidade. Mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de pânico.

E se não funcionasse?

E se eles não conseguissem voltar atrás?

— Claro, podemos tentar. Só... me dê um tempo. Eu ainda estou processando tudo isso — Minho respondeu, sentindo-se um pouco mais aliviado por ter exposto seus sentimentos, mesmo que a incerteza ainda estivesse lá.

— Então, que tal começarmos essa sessão de recuperação novamente? — perguntou, tentando quebrar o clima tenso. — Só que desta vez, sem pressão.

— Poxa, Han Jisung! — o Lee respondeu com um sorriso brincalhão, mesmo que seu coração ainda estivesse em conflito. — Você está me fazendo sentir como se tivesse apenas 15 anos.

Jisung riu, e essa risada foi como um raio de sol atravessando uma tempestade. — Talvez você só precise se permitir ser um pouco mais leve às vezes, Minho.

Mas mesmo enquanto se divertiam, o peso da conversa anterior pairava sobre eles. O Han estava ciente de que ainda havia muito a explorar em seus sentimentos, e Minho também parecia sentir o mesmo. O que eles tinham, no entanto, era a vontade de tentar — e isso já era um bom começo.

Enquanto a sessão de recuperação continuava, eles se concentraram nas matérias, mas a atmosfera tinha mudado. Agora, havia uma tensão nova, uma expectativa de que as coisas poderiam realmente melhorar. Cada piada que Jisung fazia, cada sorriso que trocavam, era um passo em direção a um novo entendimento.

No final da sessão, quando os dois estavam prestes a se despedir, o Lee se sentiu mais leve. O que antes era um peso esmagador agora parecia um desafio que estavam prontos para enfrentar juntos. E, por um breve momento, a esperança brilhou em meio à incerteza.

Enquanto se afastavam, Minho se virou para olhar o menor uma última vez. — Acho que estamos um passo mais perto — ele disse, um sorriso genuíno no rosto.

— Sim, um passo de cada vez... — respondeu, piscando para Minho.

E, embora a estrada à frente estivesse cheia de dúvidas e inseguranças, ambos sabiam que tinham algo pelo qual lutar: a amizade que, embora abalada, ainda tinha o potencial de se transformar em algo ainda mais forte.

E, embora a estrada à frente estivesse cheia de dúvidas e inseguranças, ambos sabiam que tinham algo pelo qual lutar: a amizade que, embora abalada, ainda tinha o potencial de se transformar em algo ainda mais forte

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Cala a Boca, Sr. Recuperação! | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora