O sol se pôs, deixando um manto de escuridão cobrir a cidade. Eu me sentia inquieta enquanto me preparava para dormir. O dia tinha sido tão revigorante, mas a sensação de estar sendo observada não me deixava em paz. Cada pequeno ruído em meu apartamento parecia amplificado, como se alguém estivesse esperando o momento certo para entrar.Apenas algumas horas após me deitar, o sono começou a me alcançar quando ouvi um barulho vindo da sala. "Porra, o que foi isso?", pensei, meu coração disparando. Levantei-me devagar, tentando não fazer barulho, e fui até a porta. A luz da rua entrava pela janela, iluminando um pouco o espaço.
Olhei ao redor, mas não havia nada de anormal. "Talvez eu esteja apenas paranoica", pensei, respirando fundo. Voltei para a cama, mas não consegui dormir. A mensagem de Sebastián ainda ecoava em minha mente, e a mistura de expectativa e medo se entrelaçava.
Depois de um tempo, a exaustão finalmente me dominou, e eu adormeci.
No entanto, meus sonhos não foram tranquilos. Sonhei com sombras que dançavam ao meu redor, sussurros ininteligíveis flutuando pelo ar. A sensação de alguém me observando era tão intensa que eu acordei com um grito silencioso, sentindo-me encharcada de suor.
Levantei-me, ainda confusa e assustada. A primeira luz da manhã estava entrando pela janela, e a cidade começava a ganhar vida. "Merda, preciso sair desse lugar", pensei, decidindo que um passeio seria a melhor maneira de acalmar meus nervos.
Saí de casa e fui em direção ao parque. O ar fresco da manhã me trouxe um pouco de alívio. Enquanto caminhava, o que deveria ser um momento de paz se transformou em uma sensação de que algo estava errado. Eu olhava para os lados, tentando descobrir se alguém estava me seguindo. Cada rosto que passava parecia estranho e distante, e meu instinto me dizia que não estava segura.
Sentei-me em um banco e puxei meu celular. Precisava de um toque de normalidade. Envie uma mensagem para Clara.
- Estou no parque. Não sei, mas estou com uma sensação estranha. Sinto que alguém está me observando.
Ela respondeu rapidamente.
- Tô indo aí. Fica calma.
Esperei ansiosamente, tentando ignorar o sentimento de pânico que crescia dentro de mim. Não demorou muito para Clara aparecer, seu sorriso me trazendo um pouco de conforto.
- E aí, você tá bem? - perguntou, sentando-se ao meu lado.
- Não sei. É só uma sensação bizarra, como se estivesse sendo seguida.
Clara franziu a testa.
- Vamos dar uma volta. Às vezes, o movimento ajuda a espantar esse tipo de coisa.
Levantamo-nos e começamos a caminhar. O movimento ajudou, mas a sensação de que algo estava errado nunca me deixou. Assim que estávamos passando por uma área mais arborizada, ouvi um barulho atrás de nós. Um estalo, como se algo tivesse se quebrado.
- O que foi isso? - perguntei, o coração disparando.
- Não sei. Vamos ficar longe da floresta.
Acelerei o passo, e Clara me seguiu, sua expressão preocupada. A sensação de estar sendo observada voltou com força total, e eu não podia mais ignorar. "Que merda está acontecendo?", pensei, angustiada.
De repente, um homem apareceu na nossa frente, os olhos fixos em mim. O coração quase parou.
- Oi, você está bem? - ele perguntou, sua voz calma e suave.
- O que você quer? - retruquei, a voz tremendo.
- Apenas certifiquei-me de que você está segura. É perigoso aqui.
Clara se colocou na minha frente, protetora.
- Quem é você? O que você quer com ela?
- Estou só observando - ele disse, com um sorriso que não chegava aos olhos. A tensão no ar era palpável.
"Porra, isso não é bom", pensei, me preparando para correr. Eu nunca tinha sentido medo assim antes.
- Vamos sair daqui - disse Clara, puxando-me pelo braço.
O homem não se movia, mas seus olhos seguiam cada movimento. Enquanto nos afastávamos, senti o olhar dele em minhas costas, um peso que não conseguia ignorar.
Quando finalmente chegamos a uma área mais movimentada, meu corpo relaxou um pouco. Olhei para Clara, que parecia tão assustada quanto eu.
- O que foi aquilo? - perguntei, tentando manter a voz estável.
- Não sei, mas algo estava errado. Vamos ao meu apartamento. Você precisa de um lugar seguro.
Fui com Clara, meu coração ainda batendo rápido. O medo me acompanhava como uma sombra, e eu sabia que aquela sensação de estar sendo observada não ia embora tão fácil. O que eu não sabia era que a verdadeira ameaça estava mais perto do que imaginava.
E, assim, a tensão crescia dentro de mim, levando a um mistério mais profundo que eu estava prestes a descobrir.
Continua...
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Atração Perigosa
VampirCelina Morrow é uma jovem talentosa que vive sozinha em Nova Iorque, onde trabalha em uma das maiores corporações da cidade, a Valmont Enterprises. A empresa, controlada pelo enigmático Sebastián Valmont, é rodeada de mistérios que despertam a curio...