O helicóptero pousou em Nova York no início da noite, e em questão de minutos, Andrea já estava sendo levada às pressas para dentro do New York Presbyterian. Miranda, Nigel e Emily seguiram em um carro logo atrás, o silêncio no veículo era pesado, assim como o peso do momento. Todos estavam tensos, as mãos de Miranda apertando o assento de couro até os nós dos dedos ficarem brancos. Assim que entraram, os minutos se arrastaram enquanto eles aguardavam na sala de espera. As paredes brancas e estéreis do hospital, a luz fria, e o som distante de máquinas e passos apenas intensificavam o desconforto e a ansiedade. Miranda mal se mexia; estava sentada, olhando para o nada, perdida em pensamentos. Emily, visivelmente abatida, não conseguia ficar parada e caminhava de um lado para o outro, lançando olhares frequentes para a porta por onde Andrea havia sido levada. Nigel permanecia ao lado de Miranda, o rosto sério, preocupado, mas tentando manter a calma.
Richard, Marie e o pequeno Christopher, que tinham chegado pouco depois deles, também estavam lá, sentados em silêncio. O ambiente era opressivo, carregado pela incerteza que pairava no ar. O relógio na parede parecia se mover devagar demais, e cada segundo aumentava o medo que todos compartilhavam.
Finalmente, após horas que pareceram uma eternidade, a porta se abriu e um médico de meia-idade entrou. Ele estava sério, com uma prancheta em mãos. Todos se levantaram imediatamente, os olhos atentos, corações acelerados.
— Vocês são os familiares de Andrea Sachs? — perguntou o médico, olhando ao redor da sala.
— Sim, somos nós. — Miranda respondeu, sua voz afiada, mas com uma nota de desespero escondida.
O médico respirou fundo antes de falar:
— Andrea está estável no momento, mas o estado dela é delicado. Ela sofreu um traumatismo craniano devido à queda, o que resultou em uma contusão cerebral. Estamos monitorando a pressão intracraniana de perto e ela passará por mais exames. Ainda não acordou, e isso é algo que nos preocupa.
Miranda sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés, mas se manteve firme. Nigel apertou levemente seu ombro, um gesto silencioso de apoio.
— E... as fraturas? — Richard perguntou, tentando manter a compostura.
— Ela teve algumas fraturas nas costelas e no braço, mas esses ferimentos, embora graves, não são tão preocupantes quanto a lesão na cabeça. Estamos focados nisso agora.
— Ela vai se recuperar? — Marie questionou, a voz frágil, as mãos entrelaçadas em um gesto de pura angústia.
O médico hesitou por um segundo, o que foi o suficiente para que todos prendessem a respiração.
— Estamos fazendo tudo o que podemos. Cada caso é único, e ainda é cedo para dar qualquer prognóstico definitivo. O importante agora é que ela está sendo monitorada por uma equipe especializada. Vamos manter vocês informados sobre qualquer mudança. — Ele suspira e estava prestes a se virar mas logo volta a falar. — Mais uma coisa. Ela estava sozinha quando caiu?
— Como assim? — Miranda estreia os olhos.
— As fraturas no braço foram causadas por alguém. São marcas de dedos. — O senhor diz. — Só estou dizendo pois isso pode dizer muito sobre o acidente. Talvez um assalto, eu não sei. Mas acho que ela não caiu.
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When The Ice Melts - Mirandy
FanfictionOito meses se passaram desde que Andy deixou Miranda em Paris, magoada e convencida de que seus sentimentos nunca seriam correspondidos. Ela seguiu em frente com sua vida, tentando esquecer o que nunca poderia ter. Porém, um encontro inesperado - e...