When The Ice Melts - Mirandy

Capítulo 22

Notas

oi pessoas. Eu pretendia postar esse capítulo ontem mas acabei por passar o dia inteiro na faculdade e quando cheguei, já estava quase na hora de agatha all along então acabei deixando pra postar depois. No fim, eu dormi e não postei. Mas aqui está.

Temos apenas mais três capítulos pela frente e logo chegamos ao fim.

Boa leitura.

Durante a primeira semana de Andrea em casa, Miranda voltou ao trabalho, mas não conseguia se concentrar totalmente. A preocupação com a morena ocupava sua mente a todo momento. Ela fazia ligações diárias para Andy, querendo se certificar de que estava bem, e sempre enviava uma mensagem nos horários exatos em que os remédios precisavam ser tomados. Mesmo que houvesse uma pessoa encarregada de cuidar dela, Miranda não se sentia completamente segura. Ainda que Andrea estivesse se recuperando bem, a sensação de que algo poderia dar errado a perseguia.

Na segunda semana, uma ideia começou a rondar a mente de Miranda, algo que a incomodava havia dias: ela queria visitar Nate. Embora tivesse aceitado que Richard cuidasse daquela parte da história, Miranda sentia que sua vingança ainda estava incompleta. Ela queria vê-lo pessoalmente, olhá-lo nos olhos e esfregar em sua cara que, apesar de tudo que ele havia tentado, Andrea ainda estava ao lado dela. O pensamento a consumia cada vez mais, até que finalmente decidiu agir. Pediu para Emily liberar sua agenda na parte da tarde e, sem avisar ninguém, seguiu com Roy até o presídio onde Nate estava encarcerado.

Assim que chegou ao local, Miranda solicitou que Roy a acompanhasse, e, com surpreendente facilidade, conseguiu acesso ao interior do presídio. Ela foi levada até uma sala, onde várias cabines com divisórias de vidro separavam os visitantes dos detentos. Com sua autoridade natural, pediu que a sala fosse esvaziada, e assim foi feito. Sentou-se de maneira impecavelmente elegante, com uma paciência quase cruel, aguardando a chegada de Natanael. Seu sorriso, carregado de triunfo, revelava a satisfação de alguém que sabia que havia vencido. Pouco depois, Nate apareceu, escoltado por dois policiais, vestindo o uniforme laranja do presídio.

– O que você tá fazendo aqui? – rosnou Nate assim que avistou Miranda.

Seu tom estava carregado de ódio, e seus olhos queimavam com uma fúria incontida. O hematoma arroxeado em seu rosto ainda era visível, uma marca do confronto com Richard. A barba por fazer e os cabelos desgrenhados evidenciavam sua decadência, um homem desmoronando por dentro e por fora.

– Ué, vim te ver. – respondeu Miranda, com o mesmo sorriso arrogante que carregava desde o momento em que pisou ali. Ela o encarava com desprezo, o olhar cheio de superioridade. – É um belo uniforme, mas laranja saiu de moda. – Ela apontou para a roupa de Nate, zombando de sua condição miserável.

– Por que você não vai procurar algum imbecil pra demitir ou infernizar? Você é a melhor nisso. – Nate cuspiu as palavras com amargura, sua voz carregada de ressentimento. Ele foi praticamente jogado na cadeira pelos policiais, o olhar afiado de ódio nunca deixando o rosto de Miranda.

– E não é isso que estou fazendo agora? – Miranda provocou, com um sorriso que transbordava malícia. – Infernizando a vida de um imbecil. Meu hobby favorito. – A calma em sua voz contrastava com o caos que ela estava semeando no coração de Nate, e isso só o enfurecia mais.

– Fala logo o que você quer! – Ele gritou, a raiva o consumindo, e ameaçou se levantar. Os policiais rapidamente o contiveram, forçando-o a ficar na cadeira, enquanto ele bufava de frustração.

– Eu precisei ver com meus próprios olhos a sua ruína. – O olhar de Miranda era cortante, seu desdém evidente. – Eu gostaria de ter te avisado para não mexer com o que é meu, mas não tive tempo. Talvez a falta de aviso tenha te colocado aqui. – Cada palavra dela era meticulosamente escolhida para infligir dor, para fazer Nate sentir sua derrota.