Larissa
Eu comecei a andar mais rápido para poder fugir desta pessoa sem ela perceber que eu a vi, então ela começou a chegar mais perto. Então assim que ela acelerou, eu saí em disparada tentando tirar ela do meu caminho. Quando virei uma esquina, vi um ônibus largado no meio da rua, sem pensar entrei nele. Andando pelo ônibus, algo segura minha mão e me puxa para baixo, fazendo eu bater meus joelhos no chão.
- ai, doeu
Resmungo a pessoa que me puxou enquanto toco em meus joelhos, que agora está vermelho.
- Shhhh! Ele pode nos ouvir
- Quem pode nos ouvir?
Perguntei assustada e confusa, tinha acabado de acordar em um mundo com algo me perseguindo, mas pelo visto eu não estou sozinha, tem mais gente nesse mundo, isso faz eu ficar mais aliviada.
- Uma entidade, para não dizer monstro, ele é alto corcundo...
- E escuro, muito escuro e usa uma máscara de esqueleto
O cara vira e pela primeira vez vejo seu rosto, ele é musculoso e parece alto. Ele arqueia a sobrancelha um pouco surpreso por eu conhecer aquela coisa.
- Sim, você viu ele?
Afirmo com a cabeça.
Estou incrédula, ele persegue mais pessoas, pelo menos eu acho que ele persegue.
- oque... oque ele faz?
Eu mal conseguia formar palavras, muitas coisas estavam acontecendo estava tentando processar tudo. O cara suspirou como se isso fosse muito importante.
- Aparentemente você não tinha visto pessoas antes de mim certo.
Eu concordei com a cabeça
- ele persegue todos os sobreviventes, as pessoas acordaram aqui, aparentemente este ainda é o planeta terra, mas só sabemos isso.
- Há muitas pessoas, quero dizer, sobreviventes aqui?
- Agora não, só tem eu e você, mas, se andar um pouco para o litoral você acha algumas pessoas.
Eu achei engraçado seu comentário, por mais que fosse um momento crítico.
- isso deve ser um sonho, só tenho que acordar...
- Eu também queira que fosse, mas não é, então temos que ficar em silêncio
Percebo que sua expressão é de nervosismo.
- eu ainda não sei seu nome
- Henry
Henry, nome bonito, gostei, mas eu não posso ficar pensando nisso agora.
- e você é?...
- Prazer Henry, eu sou a Larissa.
- Ok Larissa, temos que ficar quietos, eu estou ouvindo passos neste momento.
O monstro estava se aproximando, enquanto eu conversava com o sujeito chamado Henry, essa coisa conseguiu achar a gente. ele entrou no ônibus e estava olhando cadeira por cadeira, em busca de novas vítimas. por sorte o ônibus era grande e nós estavam na última fileira. Silenciosamente, conseguimos abrir a porta dos fundos, o Henry passou em um completo silêncio, parece um ninja desse jeito, porém na minha vez, como uma boa desastrada, esbarrei na porta e fez um barulho muito alto, no exato momento começamos a correr desesperadamente.
- Larissa ali tem um carro eu vou entrar e você dirige certo, certo?
- Certo.
Nesse momento pouco me importava quem iria dirigir o carro, eu só preciso fugir daqui o mais rápido possível. quando entramos, eu ligo o carro e começo a dirigir desesperadamente. Henry coloca a mão em meu ombro, acho que ele está tentando mostrar que está me apoiando, acho que ele está certo, a vida dele depende se eu sei dirigir um carro. até que o homem ficou na frente do carro.
Eu paro, preciso tentar achar um jeito de passar por ali, minha vida depende disso. Os segundos começam a passar como se fossem horas. Começo a suar, meu corpo está muito quente, minha vida não costuma depender de quem eu passo por cima.
- Larissa você vai ter que atropelar ele, acaba de uma vez com isso
Henry toca em meu queixo, fazendo eu ter que olhar nos olhos dele, por sinal, que olhos lindos. Mas eu não posso pensar nisso agora.
- Eu vou tentar, não sei se consigo.
Piso no acelerador e passo o mais rápido possível pela entidade, passo gritando, fiquei assustada, acabei de matar alguém, mas eu me lembro que era ele ou eu. A adrenalina do momento passa e faz eu ficar cansada.então começando a dirigir pelas estravas vazias.
- agora eu dirijo
Ele toma o volante, fazendo eu ter que parar no meio da estrada.
- Eu não vou falar nada, você já pegou o volante, mas então deixa eu ir no seu lugar.
- Como quiser baixinha
- Não me chama assim
- Então vou te chamar de assassina
Reviro os olhos
- que seja, me chama do que quiser.
Ele abre um sorriso de canto de boca.
- então vamos trocar de lugar logo baixinha.
Trocamos de lugar e seguimos viagem.
- por sinal, estamos indo para a onde?
- Para o lugar dos sobreviventes.
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Refúgio dos sobreviventes
Teen FictionEm "refúgio dos sobreviventes ", Larissa, uma jovem em um mundo pós-apocalíptico dominado por monstros e assassinos, encontra Henry, um belo desconhecido, enquanto tenta sobreviver. Juntos, eles se unem a um grupo de sobreviventes, enfrentando horro...