A CIDADE

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Larissa

A cidade era muito antiga, parecia fantasma, mas eu não me importo com a aparência, estou ansiosa para ver mais pessoas que não estivessem me perseguindo ou fazendo eu atropelar pessoas. Então finalmente Henry para o carro e descemos para ele ir falar com algumas pessoas.
Uma mulher alta, com cabelos pretos, um pouco grisalhos pela idade vem falar com a gente.
Com um sorriso sarcástico no rosto, ela se aproxima e faz uma reverência exagerada.
- E ai Laura, como vai a vida se escondendo?
- Oi Henrico, minha vida vai bem.
- Já te falei meu nome não é Henrico.
- Quem liga, é mais legal te chamar assim.
Ela para de olhar para ele e começa a me encarar, julgando eu da cabeça aos pés, então abre um largo sorriso mostrando os dentes.
- Que seja, está é a Larissa, outra sobrevivente
- Oi Larissa! finalmente cheguei a conhecer 35 sobreviventes.
Laura era uma mulher que pareceria ter uns 40 anos, morena dos olhos azuis, mas não um azul claro, um azul quase imperceptível, na minha mente os sobreviventes estavam bem mais... cansados, sujos... enfim com numa aparência de quem acabou de cair de um prédio, mas não, eles estavam muito bem, alguns pareciam melhores que eu, para alguém da minha idade era quase um insulto.
Enquanto absorvo tudo que eu acabo de ver, Henry me puxa pelo braço, fazendo eu sair do meu estado de transe.
- Larissa, Larissa
- Oque?
- Podemos conversar
- Claro, oque foi?
Observo a expressão dele ficar séria, então começo a achar que é algo importante.
- Sozinhos.
Eu não estava entendendo comecei a ficar preocupada, minha mente já estava mentalizando mil teorias, e nenhuma era boa, mas concordei com a cabeça.
Ele me leva para um beco, assim que eu observo o lugar, começo a perceber que é algo bem ruim.
- melhor
- Por que você me chamou aqui Henry? Eu estou preocupada, é algo muito ruim? Estamos em perigo? Alguém desta cidade é suspeito? Teremos que...
- calma! Deixa eu falar.
- Desculpa, minha mente não descansa desde cedo, não consigo relaxar.
- Enfim, eu te trouxe aqui porque confio em você baixinha, mas nem todo mundo confia, então pediram para eu te conhecer melhor e achar informações em você para ter certeza que você é confiável.
Oque? Eu pensava, ele está falando que tem gente que não confia em mim e está pedindo a ele para me investigar e ele me conta isso em um lugar vazio!? eu estava realmente preocupada antes, mas depois fiquei ainda mais porque precisava da aprovação dos outros. Nesse momento, eu comecei a perceber como o Henry era bonito, moreno, alto, ele parecia ser um pouco mais velho que eu, se eu pudesse descrever uma autora que  escreveu ele seria a Lynn Paiter,mas naquele momento precisava focar sobre oque ele estava falando.
- mas relaxa que eu confio em você, então me conte somente oque você acha certo contar, ok baixinha?
Eu ainda precisaria contar a ele sobre minha vida.
- Larissa? Responde.
- Ahm? Ah... claro
- Então?...
- Eu me chamo Larissa lane Andrade, tenho 20 anos, sou loira natural, como você pode ver, só abaixar um pouquinho a cabeça, moro...
Pisco rapidamente para nenhuma lágrima escorrer ao me lembrar de casa.
-  morava no caso, em Curitiba no Brasil, mas estava de viagem em los Angeles, eu sei usar arco e flecha, sou boa em luta, adoro ler, eu realmente tenho o dom de achar a música da taylor Swift certa para cada pessoa, brincadeira, só sou muito fã da taylor.
Penso em oque eu posso falar, Respiro e continuo.
- sinceramente eu não sou boa em me apresentar, mas enfim, eu estou perdida sinto falta de casa, e...
Eu desabo. comecei a lembrar da minha casa, meus pais, minha família, pensar que poderia nunca mais ver eles fez eu começar a lacrimejar meu rosto ficou vermelho. baixa do jeito que eu sou, parecia uma criança chorando porque os pais não deixaram comprar um brinquedo.  Henry, colocou minha franja atrás da orelha e me puxou para um leve abraço, eu queria parar de chorar mas não conseguia, não quero que ele me veja assim, mas ele já viu e não começou a rir nem menos me ignorou, parece que ele se importa. Quando finalmente parei de chorar, me desvencilho do abraço dele e volto a parecer uma pessoa séria .
- Desculpe, eu... eu ainda não me acostumei com as coisas, mas tem alguma informação que você acha que precisa? Não sou boa em dar informações.
- Oque?
Ele me olha como se não tivesse ouvindo, estava pensado em algo, será que era eu mim? Agora não importa, preciso da aprovação dos sobreviventes.
- Das informações porque as pessoas daqui não confiam em mim.
- A claro... as informações... eu acho que... não
- Certo... eu vou voltar para lá a onde estão os outros.
E eu saio daquele local estranho, o clima entre nós estava estranho, eu definitivamente não quero me apaixonar por alguém naquele momento e por sinal eu nem conhecia ele direito, só sei a idade dele, não na verdade eu não sei nada sobre ele só o nome, a idade eu especulei na minha cabeça. Mas mesmo assim, a música que toca na minha cabeça é car's outside.

Oque é ridículo, porque eu não estou em melhor do que nos filmes, não sou a liz para ficar listando partes de música para cada momento.
  Eu perguntei para Laura  a onde poderia dormir, pois sinceramente eu precisava dormir, ela falou que tinha uma casa que ninguém usava, e ela falou que era linda, e sinceramente quando cheguei nela, ela estava totalmente correta, uma casa simples, 2 quartos, 2 banheiros, uma sala de estar com a cozinha integrada e um mini escritório, eu fiquei no quarto mais próximo da porta caso precisasse fugir.
Meu quarto é MUITO lindo, deveria ser de uma adolescente com gostos bem parecidos com o meu, eu me deitei na cama e comecei a pensar como seria bom naquele momento colocar um fone e ouvir minha playlist da taylor Swift.

Mas decidi dormir, por mais que tivesse milhões de perguntas mas era melhor deixar para o dia seguinte. Por sinal, essa cama é muito boa.
Durante uma semana eu mal saio da casa, prefiro ficar nela, o Henry passa nela com um lanche para mim. Eu fico lá, sozinha, processando tudo, mas eu não durmo direito, ainda não superei o fato que minha vida mudou para sempre. Até agora, mas a partir de amanhã, eu vou começar a viver de verdade.

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