Larissa
Eu acordei muito melhor, descansada, mas estava com fome, MUITA fome, eu coloquei a primeira roupa do guarda-roupa do quarto e corri para ver oque tinha de café. Quando finalmente acho o café da manhã. Eu fico uau, somente uau, é deslumbrante e parece delicioso, tem croissants, bolo, pão, queijo, panqueca, frutas, ovo mexido e muitos sucos, eu não conseguiria decidir oque escolher nunca, até que o Henry aparece na minha frente com um prato enorme com quase tudo e com um sorriso no rosto maior ainda.
- bom dia baixinha, este prato tem a maioria das coisas que você está vendo, aproveite a comida daqui é muito boa.
- Baixinha não, você vai continuar com isso?
Claro que eu sabia, mas eu queria saber se estava correta minha teoria.
- Acho que você já sabe né
Ele fecha os olhos e respira fundo para não rir e continua.
- se isso te irritar, nunca vou parar, sua cara fica tão bonitinha quando está irritada baixinha.
Correto, acertei minha teoria, era brincadeira ou um flerte, sinceramente, não ligo, estou com vontade de apreciar a comida no meu prato.
Sento na mesa vazia e Laura senta ao meu lado seguida de henry. Começo a saborear a comida e ela é maravilhosa, sinto como se nunca tivesse comido uma comida tão boa.
- A comida é incrível, quem faz essa maravilha?
Pergunto a Laura.
- Sou eu
Diz uma mulher no fundo da sala, que usa uma roupa colorida com um cabelo castanho escuro preso em um coque simples, tem uma altura normal, branca, parecia uma espiã de tão interessante, aparentava uns 35 anos.
- prazer, Jane.
Diz ela se aproximando com um sorriso amigável.
- Oi... eu sou a...
- Larissa lane
Bem que eu disse que ela parecia uma espiã.
- Como você sabe o meu nome...
- Aqui tem umas 30 pessoas, quando alguém novo chega, às notícias chegam rápido
Diz ela dando de ombros.
- Você está assustando ela Jane.
- Relaxa Henry, ela já aguentou muitas coisas e você diz que eu saber o nome dela a assusta, por favor
Ele a corta com o olhar, mas ela parece não se importar.
- Ela está certa, tá tudo normal, melhor que normal, estou viva e comendo um ótimo café da manhã.
Eu ainda não sei que apelido seria bom para irritar ele, enquanto isso, eu pretendo ir descobrindo sobre ele.
Depois do café da manhã o Henry me chama para conversar.
- Como está indo sua adaptação aqui?
- A...a minha adaptação?
Mal consigo tentar falar a verdade, sobre como as pessoas ficarem me encarando me irrita ou até mesmo como essas pessoas tem uma enorme vontade de me expulsar daqui no primeiro momento.
- Eu tô indo bem, só é meio difícil se acostumar com tanta informação.
- Tem certeza baixinha?
- Claro que tenho queridinho
- Você não é tão boa com apelidos assim.
- Eu ainda não achei um bom apelido para você.
- Eu queria te perguntar uma coisa, é meio estranho, mas...
Somos interrompidos por um barulho agudo e alto que parecia uma sirene. Eu me assusto e acabo esbarrando nele, que acaba segurando meu braço tentando entender oque esta acontecendo, acho preocupante uma sirene tocar do nada.
- oque é isso?
- Um alarme
- Isso eu sei, mas oque ele está nos avisando?
Ele revira os olhos, como se eu estivesse errada.
- Vou falar com a Laura e descubro, já volto
- Eu não vou ficar sozinha aqui!
- Ta bom baixinha
- Você não desisti né?
- Não mesmo.
- Como quiser.
Como alguém tão bonito e que te salva pode te irritar de uma formal tão... tão... tentadora,
Merda, merda, merda, eu estou gostando dele
ele me irrita, mas ele me salvou do perigo, então isso faz automaticamente eu dever um favor a ele mesmo que ele não tenha pedido.
Assim fomos o mais rápido possível ver com a Laura oque era aquela sirene que soava intensamente pela a área.
Chegando lá, Laura estava tensa, parecia que alguém tinha a amedrontado o suficiente para entrar em coma.
- Laura, Laura... LAURA
Parecia que ela não ouvia, oque tinha visto tinha paralisado ela, e Henry não parece achar isso bom.
- Laura é a Larissa e o Henry, oque aconteceu
Ela continua muda.
- Oque é essa sirene Laura?!
- LAURA!!!
Gritou Henry, ele parecia estar ficando meio assustado, porque ele tinha me dito que a Laura não tem medo de nada, pelo menos não tinha.
- a... a Cam....câmera, e...ela mos....mostrou o senhor da morte!
Falou Laura com falta de ar, mal conseguia formar palavras.
- Quem é senhor da morte?
Pergunto, já que ninguém se deu o trabalho de me contar.
- QUEM É O SENHOR DA MORTE HENRY?
- ele é o monstro alto e corcundo.
- Mas... mas nós o matamos certo?
- Eu achava que sim.
- Oque isso quer dizer?
O olhar dele é vazio, ele está com medo, a Laura está com medo, então eu também deveria estar com medo.
- Quer dizer que ele vai voltar a matar toda nós, um por um.
Eu não sei mais oque pensar, eu não matei o senhor da morte? tem mais de um senhor da morte? eu vou ser seu maior alvo por ter tentado matar ele? Eu não sei.
- Oque fazemos Laura?
Pergunto desesperada.
- Certo, nós vamos ao esconderijo.
- A onde é isso?
- É aqui na cidade, Henry leva ela que eu vou atrás, só preciso ajudar o Lucas que está tentando controlar as pessoas.
Então o Henry me leva esconderijo, tivemos que andar um pouco, o esconderijo (que eu apelidei de sala secreta) fica embaixo de uma das casas. Quando chegamos nele, os sobreviventes já estavam escondidos rondando as câmeras. Todos notam minha presença, e para minha infelicidade, ninguém parece gostar que eu esteja ali.
- oque ela está fazendo aqui?
Um homem pergunta em meio a vários cochichos, estavam certos, eu era uma estranha que em uma semana já foi a sala secreta, o local que eles confiam para protege-los.
- ela está aqui porque ,assim como nós, está viva.
Quando o Henry falou isso, vi que seu tom de voz era um pouco mais alto e sério, como um líder, um general, não como um jovem, em seguida ele segura meu braço. percebi que as pessoas começaram a nos encarar e eu não gosto quando as pessoas começam a me julgar mesmo quando eu não fiz nada.
- é o seguinte sobreviventes, todos nós estamos aqui porque estamos vivos e eu não quero machucar ninguém, por uma vez na vida, os seres humanos poderiam se juntar confiar um nos outros para lutar contra a verdadeira ameaça, o senhor da morte.
- Não sabia que crianças sabiam se impor
- Você está falando comigo senhor?
Eu levantei a voz, eu não admito falta de respeito comigo, fui educada o máximo possível, mas que eles fiquem sabendo que não sou o cachorro deles para quererem impor algo a mim. Henry segura mais forte, transmitindo uma mensagem tipo: se segure, mas se precisar eu tô aqui para te defender.
Pelo menos foi isso que eu entendi.
- estou sim, garota.
O homem que fala isso parece estar na crise da meia idade e ele é todos os esteriótipos possíveis da meia idade.
- Eu tenho vinte anos,não me trate como criança! Eu faço mais do que colorir desenhos.
- Você já fez oque? Dirigiu um carrinho de brinquedo.
Ele fala zombando de mim, como se ele não estivesse sobrevivendo como eu.
- Eu atropelei alguém
As pessoas começam a cochichar, provavelmente coisas horríveis, confesso que eu possa ter exagerado um pouco.
- baixinha calma.
Henry fala baixinho, como se ele quisesse que só eu ouvisse.
- Eu não estou calma, eles querem impor algo a mim e isso é ridículo.
Falo no mesmo volume, porém com um tom sério.
- Calma, quando você falou que atropelou alguém poderia ter avisado que era o senhor da morte.
Fala ele me repreendendo, mas dessa vez a voz dele é mais alta, para as pessoas ouvirem.
- Oque isso muda, assustou eles do mesmo jeito
- Mas o objetivo é não assustar Larissa.
Ele toca meu ombro tentando falar alguma coisa, mas eu não quero ouvir oque ele tem a dizer e como eu estou errada, então eu dou de ombros e me afasto.
- a gente não tá aqui para ver dois adolescentes discutindo sobre o nosso futuro, depois vocês discutem.
O mesmo homem irritante e idiota fala, mas dessa vez quem tem que se segurar é o Henry.
- ela sobreviveu que nem todos vocês, então acho melhor vocês a tratarem como ela merece ou eu cuido disso.
Vejo a raiva se segurando para não explodir nos olhos de Henry.
- Ta bom Henry, fala oque quiser da sua namorada.
Dessa vez eu não consigo segurar ele porque até eu estou com raiva. Por mais que eu goste do Henry, nós não temos nada haver, e alguém de fora falar isso a Henry me irrita e muito.
- Ela não é minha namorada
Ele não precisa falar isso alto, seu tom é como uma faca cortando todo o ambiente, todos ficam quietos ao ouvir Henry, mas por mais que ele falou a verdade, dói ouvir isso da boca dele.
Os cochichos voltam, agora eu tenho certeza que são sobre mim e Henry.
Laura chega e conseguimos sair da atenção dos idiotas desse lugar.
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Refúgio dos sobreviventes
Teen FictionEm "refúgio dos sobreviventes ", Larissa, uma jovem em um mundo pós-apocalíptico dominado por monstros e assassinos, encontra Henry, um belo desconhecido, enquanto tenta sobreviver. Juntos, eles se unem a um grupo de sobreviventes, enfrentando horro...