Diama - A ex do meu atual

Capítulo 04 - Estava ficando louca

Meu corpo estava completamente suado, em um ritmo acelerado, eu mal conseguia controlar, fazia tudo no automático. Nossos quadris batiam uns contra os outros em um vai e em frenético. Eu tentava dizer algo, mas nada saía da minha boca além de gemidos e gritos abafados. O nome dela escorria dentre meus lábios da forma mais sensual.

~ Um pouco mais rápido, Fátima - ela murmurou com a voz rouca, estávamos quase chegando ao orgasmo juntas.

Fiz o que ela pediu, um pouco mais de força nos cotovelos para me apoiar melhor enquanto rebolava para ela.

~ Isso, assim! - gemeu segurando forte em minha cintura.

Eu sentia o orgasmo se aproximando e cada vez estava mais difícil de segurar, o gemido estava preso em minha garganta, minha respiração alta, meu peito subia e descia tão rápido que eu parecia estar tendo um ataque cardíaco, mas aquilo era Addison me dando o melhor orgasmo que eu já havia experimentado em toda a minha vida.

~ Puta que pariu, Diana - gritei alto.

~ Fátima - fechei meus olhos tentando aproveitar o máximo daquele momento. - Fátima ? - ouvia meu nome sendo chamado cada vez mais próximo de mim, mas nem por isso, me mexi. - FÁTIMA?

E eu enfim, acordei. Não que eu quisesse acordar naquele momento, mas Robson me chamava insistentemente.

~ Se você não levantar agora, vamos nos atrasar! – avisou.

Me remexi um pouco na cama, meu corpo estava suado e minhas mãos trêmulas. Minha boceta estava completamente encharcada. Eu não fazia ideia do que aquela mulher estava fazendo comigo.

Esse tipo de sonho se tornou frequente desde que Diana e eu nos beijamos. Pra melhorar a situação, não nos víamos desde aquele dia e minha mente tratava de fantasiar com ela a cada vez que eu fechava os olhos. Na minha imaginação, Diana já havia feito absolutamente tudo pra me tornar dela, vice e versa.

Nos veríamos hoje pois era o meu dia de ser de ser aluna dela no torneio . Eu tinha medo da reação dela quando me visse. Por tudo o que foi dito naquela noite; todas as minhas provocações talvez tivesse irritado ela mais do que o previsto.

~ ...E a Diana vai ficar brava com você! – peguei a frase de Robson pela metade quando ouvi o nome dela.

~ Já entendi e já estou indo. - resmunguei me arrastando até a beira da cama.

Me levantei rápido e fui correndo em direção ao banheiro antes que Robson visse meu short completamente molhado. Eu me sentia uma péssima pessoa, eu tinha um namorado mas nada que ele fizesse iria me satisfazer tanto quanto eu queria que Diana me satisfizesse.

Sobrevivendo a primeira aula, fomos a segunda. Uma adolescente de quase dezoito anos que nos primeiros dois minutos de treinamento já havia conseguido me irritar. Sorrindo demais e fazendo perguntas demais para Diana

~ Você não precisa se preocupar, Nanda . - Diana tranquilizou- a. – Vamos cuidar muito bem de você durante o torneio

~ Eu não duvido da sua capacidade, meu amor.

Meu amor? Eu ouvi ela chamando a Diana de "meu amor"? Que porra é essa e quem ela pensa que é? Pra ficar usando apelidinhos carinhosos e o pior, segurando a mão da Diana.

Como se fosse automático, eu fechei minha cara e ela percebeu. Continuei olhando-a do jeito que ela havia pedido, enquanto meu corpo fervilhava de uma sensação estranha, meus dedos batucavam o metal da cerca de proteção e mordia os lábios com força.

Por um milagre a consulta acabou rápido e pudemos sair dali, não sem antes elas trocarem um abraço e dois beijinhos na bochecha.

O restante da manhã se resumiu em: eu de cara emburrada e a Diana me provocando sempre que podia, fosse fazendo uma piadinha de duplo sentido ou qualquer coisa que pudesse me deixar ainda mais irritada.

~ Fiz algo com você? - ela perguntou enquanto eu andava em direção ao banheiro

~ Não. - respondi seca tentando evitar que ela passasse mais tempo que o necessário do meu lado.

- Você parece um pouco brava. - continuou em tom de provocação. - Ou é impressão minha?

~ Deve ser. - dei os ombros passando pela porta do banheiro e sendo acompanhada por ela.

~ Me diz o que houve ou vou começar a achar que ficou com ciúmes da minha nova aluna .

~ Você é muito cheia de si mesmo, né? – revirei os olhos.

Ela abriu um sorriso cínico indo se olhar na frente do espelho e retocar o batom. Cruzei meus braços observando-a. Como eu precisava tocar o corpo dela mais uma vez.

Como eu precisava sentir aqueles lábios nos meus outra vez. Só mais uma vez. Uma única vez.

~ Gosta do que vê, Fátima? – perguntou me olhando pelo reflexo do espelho.

Ela deslizava o batom vermelho sangue pelos lábios, prendendo minha atenção. Eu deveria estar com cara de idiota, salivando por ela.

~ Gosto. - murmurei sem pensar, quando me dei conta do que havia dito, ela me olhava um pouco diferente.

Com os olhos mais escuros e os lábios curvados em um sorriso ousado. Me aproximei dela calmamente, dando tempo o suficiente para meu cérebro tentar me impedir de fazer o que eu queria.

Entrei na frente dela empurrando-a para dentro da primeira cabine que vi aberta. Aquela boca estava tão convidativa que assim que fechei a porta atrás de mim, a ataquei.

Segurei em seus cabelos aprofundando meus movimentos enquanto ela tentava manter o equilíbrio se segurando em mim. Gemi abafado quando senti nossos corpos ainda mais colados um no outro e me senti sendo prensada na parede.

~  Acho que isso não deveria estar acontecendo. Você mesma disse aquele dia, porque está fazendo isso de novo? – ela murmurou afastando nossas bocas apenas o suficiente para conseguir respirar.

Ainda estávamos próximas. Eu ainda sentia as mãos dela passeando meu corpo.

~ Cala a boca e me beija. - ela obedeceu, no segundo seguinte estávamos nos beijando novamente.

De forma desesperada e indecente. Eu devia estar ficando louca. Me atracando no beijo com a professora na cabine do banheiro do torneio. .

Onde qualquer pessoa poderia entrar e nos flagrar. Eu seria demitida, ela seria demitida.

Sem contar que meu namoro iria acabar e com toda certeza a cidade inteira saberia da vagabunda que eu sou.

Eu devia mesmo estar ficando louca. Diana estava me deixando louca, e eu estava adorando tudo aquilo.