CAPÍTULO 4

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As coisas com Oliver, estavam indo melhor do que eu poderia ter imaginado. Cada encontro, cada gesto dele me fazia sentir especial, como se eu realmente pertencesse a algum lugar.

E então veio aquela noite no Deck the Halls, o local do nosso primeiro encontro, onde tudo começou. Nós dois sentados naquele balcão, com o som suave da música ao fundo. Ele parecia nervoso, mas do que de costume e quando ele segurou minhas mãos, senti meu coração parar por um segundo.

Amber-, ele começou, os olhos presos nos meus -eu tenho pensado muito sobre nós dois e sobre o quanto você significa pra mim. Eu não consigo imaginar a minha vida sem você agora. Então eu queria te perguntar... Ele respirou fundo, seus dedos apertando os meus suavemente.  Quer namorar comigo?

Por um momento fiquei sem palavras. O coração batia forte no peito e meus pensamentos corriam em todas as direções. Mas a resposta veio mais naturalmente do que eu esperava.

Sim, Oliver – sussurrei com um sorriso sincero nos lábios. —Eu quero!

Nos beijamos, e aquele instante eu tive certeza de que estava no lugar certo, fazendo a escolha certa. Oliver era tudo o que qualquer garota poderia querer. Gentil, divertido e fazia eu me sentir segura e amada.

A semana após o pedido de namoro foram como um sonho pra mim, Oliver e eu estávamos mais conectados do que nunca, e eu finalmente sentia que tudo na minha vida estava encaixando. Nos víamos quase todos os dias, saíamos para jantar, passeávamos pela cidade e sempre terminávamos a noite com beijos e risadas. Estava tudo tão perfeito até que Oliver me convidou para conhecer a família dele e disse que precisava conhecer  meus pais.

Amber, já estamos juntos a algum tempo e formalizamos o nosso relacionamento. Acredito que chegou a hora de formalizar também para as nossas famílias.

Família, essa palavra me causava incômodo.

Meu pai já tinha me perguntado quem era o rapaz que me buscava em casa com frequência e eu sempre dava um jeito de desconversar. Não queria que Oliver tivesse contato com ele. Nunca convidei Oliver a entrar na minha casa, o mais perto que ele chegou disso foi quando me buscou para o segundo encontro. Mas apesar de relutante eu imaginava que uma hora isso fosse acontecer.

Esse final de semana farei um jantar na minha casa, convide os seus pais, disse Oliver.

Ele tinha essa mania de tomar as decisões, não pedia minha opinião, simplesmente decidia e me comunicava. Até então isso não havia sido um problema, mas nesse momento me senti desconfortável. Esse é um grande passo e eu gostaria de ter sido consultada, queria ter tempo para pensar no que faria e como faria.

Só de olhar para Oliver dá pra saber que a família dele tem dinheiro, e eu nunca me importei com isso. Mas em pensar em colocar Nilsen e Elisabeth juntos já me causa arrepios, dividindo o mesmo espaço que a família de Oliver é de embrulhar o estômago.

Ok, Oliver – respondi com voz baixa.


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Eu mal conseguia respirar enquanto Oliver e eu subíamos as escadas da entrada da casa dos pais dele.

Naquela noite minha cabeça estava um caos. Como meus pais se comportariam? Eles raramente ficavam no mesmo ambiente sem que uma discussão surgisse.

Meu pai já vinha mostrado sinais de que estava bebendo demais nas ultimas semanas, e minha mãe, sempre tão preocupada com a própria imagem, poderia facilmente destruir qualquer chance de uma boa primeira impressão.

O AMOR NÃO É QUASE NADAOnde histórias criam vida. Descubra agora