O AMOR NÃO É QUASE NADA

CAPÍTULO 12

Quando chegamos à cidade de Alisson, o ar parecia diferente, quase como se anunciasse um novo começo. As ruas eram acolhedoras, com prédios de fachadas charmosas e árvores alinhadas que tornavam tudo mais bonito. A casa de Alisson era linda e moderna, um refúgio tranquilo em um bairro sereno. Assim que entramos, percebi como o espaço refletia sua personalidade: tudo era organizado e acolhedor, com toques artísticos em cada canto.

Nos dias seguintes, comecei a conhecer o círculo de amigos de Alisson. Um deles, Marta, era uma fotógrafa de renome que já havia exposto em galerias importantes. Nos encontramos em um pequeno bar onde eles sempre se reuniam. Marta era calorosa e cheia de energia, seu jeito expansivo fazia com que eu me sentisse bem-vinda imediatamente.

— Então, você é a famosa Amber! — disse Marta, sorrindo enquanto me abraçava. — Alisson fala muito de você. Já estava curiosa para te conhecer.

— Famosa? — respondi, rindo. — Espero que só coisas boas!

— Só as melhores — disse Alisson, apertando minha mão de leve. O jeito como ela olhava para mim, cheia de orgulho, fazia meu coração vibrar.

A noite passou rápido entre risos e histórias. A turma de amigos de Alisson era tão diversa quanto criativa. Todos trabalhavam em áreas artísticas — desde fotografia até design e música. Conhecer aquele grupo foi como ser introduzida em uma nova realidade, uma onde eu podia ser eu mesma, sem amarras, livre para viver plenamente.

Uma tarde, alguns dias depois, Alisson e eu estávamos deitadas na sala, em silêncio, apenas aproveitando a companhia uma da outra. O sol invadia suavemente a sala, criando sombras nas paredes. Alisson estava desenhando em seu caderno, concentrada, enquanto eu lia um livro. De repente, ela parou e me olhou, com um sorriso que parecia anunciar uma ideia que estava fervilhando em sua mente.

— Eu estava pensando... — ela começou fechando o caderno. — Já imaginou como seria ser fotografada nua?

A pergunta me pegou de surpresa. Olhei para ela, sem saber ao certo o que responder.

— Fotografada? Nua? — perguntei, rindo um pouco, nervosa.

Alisson se levantou, sentando-se ao meu lado, seus olhos brilhando com entusiasmo.

— Sim. Nada pornográfico, claro — disse ela, com um tom suave. — Algo artístico, delicado. Eu sempre quis capturar a essência das pessoas em suas formas mais naturais, e você... bem, você é linda. Gostaria de capturar isso, a verdadeira você, aquela que só eu conheço, rs

Minha primeira reação foi o nervosismo. A ideia de estar completamente exposta, mesmo sendo para Alisson, era algo que me deixava vulnerável. Mas havia algo na maneira como ela falava, a delicadeza de suas palavras, que me fez considerar a possibilidade.

— Você acha que eu conseguiria? — perguntei, a insegurança clara em minha voz.

Ela sorriu e segurou meu rosto com as duas mãos, seus olhos nos meus, transmitindo confiança e carinho.

— Eu acho que você vai ser incrível. Você nua é uma obra de arte., e eu gostaria de eternizar isso. Mas, claro, só se você se sentir confortável.

Eu sabia que Alisson jamais me forçaria a algo que eu não quisesse. E, mais do que isso, havia algo libertador na ideia de me entregar completamente, não só emocionalmente, mas também fisicamente, para alguém que me via tão profundamente.

— Vou pensar sobre isso — respondi, sorrindo, ainda um pouco nervosa. Mas, no fundo, já sabia que acabaria aceitando.

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