Capítulo 17

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KARLA

Faltam duas horas pro casamento e eu ainda não mudei de ideia sobre ter que ser madrinha com o Diego.

- Karla por favor, não tem outro jeito.- Sarah insiste mais.

- Meu Deus, vocês são malucas. Com que cara eu vou olhar pra ele? O que eu vou dizer? Vai ficar um clima super estranho.- Uso isso como desculpa. Mas na verdade eu só não sei se conseguiria olhar na cara dele sabendo que escondo o maior segredo que poderia esconder.

- Você não vai trocar mais que duas palavras com ele.- Karol fala.- Vocês só vão fazer a entrada, tirar algumas fotos e pronto.- Eu olho pras duas enquanto penso no tanto que vou me arrepender disso.

- Tá legal.- Elas sorriem e respiram aliviadas.

Os maquiadores vieram logo em seguida e depois da maquiagem fizeram o meu cabelo. A roupa dos padrinhos e madrinhas ficaram por responsabilidade das noivas, então até a hora de colocar a roupa eu ainda não tinha visto a mesma.

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Sai do quarto segurando a mão da Valentina, que pra variar estava linda de mais.

Sai do quarto segurando a mão da Valentina, que pra variar estava linda de mais

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 Fomos pro salão de festas e lá já tinha bastante gente. Levei a Valentina até o banheiro e depois fomos pro nosso lugar.

- Oi você é uma das madrinhas certo?- Uma moça da organização do casamento me pergunta.

- Hã, sim.

- Ótimo era você que eu estava procurando. Vamos.

- Pra onde?- Ela me lança um sorriso.

- Tirar as fotos do casal de padrinhos.- O meu coração acelera e eu fico ofegante.

Deixei a Valentina com minha tia e segui a mulher. A cada passo que eu dava eu pensava em mil maneiras de sair correndo. Pensei até em fingir um desmaio pra sair daqui de ambulância. Mas antes de achar uma solução, eu já estava cara a cara com o Diego.

- Ok, vamos fazer uns testes na câmera e já voltamos.- O fotografo fala e sai logo depois.

Meus olhos não se desviam por um segundo dos olhos dele, sinto seu novo perfume e percebo que ele está mais forte do que eu me lembrava.

Caramba, ele continua lindo e frio como antes. A minha vontade é de poder tocar nele, sentir o calor da sua pele, ouvir os seus batimentos cardíacos e suprir toda essa falta que sinto dele.

- Filha, a Valentina pode comer doce?- Saio dos meus pensamentos com a voz da minha tia.

- Por favor mamãe.- Eu encaro o Diego que está pálido vendo a Valentina.

- P...pode sim filha, mas não se esqueça da regrinha.- Me abaixo pra ficar na altura dela.

- Nada de se sujar, nada de exagerar. Comer devagar pra dodoi não ficar.- Ela canta a musica que ensinei.

- Isso mesmo.- Digo sorrindo.- Agora vai com a vovó.- A Valentina acostumou a chamar a tia Luiza de avó porque na cabecinha dela, a tia Luiza é a minha mãe. O que não deixa de ser verdade já que eu me aproximei de mais da tia Luiza depois que fui passar um mês com ela a cinco anos atrás.

- Espera, espera.- A voz de Diego troveja atrás de mim e o meu coração falta sair pela boca. Ele se abaixa perto da Valentina e a minha tia me olha assustada.- Oi princesa, como você se chama?

- Valentina Ferri e você?- Diz com sua voz suave.

- O meu nome é Diego.- Ele fala serio mas com uma voz comum.- Valentina, quantos aninhos você tem?- Sinto minha pressão baixar.

- Tenho...quatro e meio.- Solto a respiração que estava prendendo. Diego levanta e me encara.

- Tia leva a Valentina.- Peço.

- Tchau Diego.- Valentina diz sorrindo.

- Até logo princesa.- Ele acena.

- Ok, vamos começar.- O fotografo volta.

Me posiciono o mais longe possível do Diego, tentando ao máximo evitar que ele toque no assunto.

- Vamos lá casal, mais próximos. Poderia passar um caminhão entre vocês.- O homem diz impaciente.

Dou um passo pro lado e o Diego também. Mas parece que pro fotografo isso não é o suficiente.

- Olha, vocês são um casal, estão com medo um do outro porque?- Eu arregalo os olhos.

- Hã, não, a gente não é um casal.- Tento deixar isso claro mas o homem parece não ligar. Ele se vira pra trocar a bateria da câmera, dando a oportunidade perfeita pro Diego me encurralar.

- Ela é linda.- Diego fala sem me olhar.

- Quem?- Me faço de desentendida.

- A Valentina.

- Haha, é verdade. A Valentina é um doce de menina. É bem sorridente também, puxou ao pai.- Sorrio de nervoso. Acho que é evidente o meu nervosismo.

- Mesmo? Porque eu não me lembro de ser tão sorridente assim.- Meu corpo gela.

- Tá maluco, Diego?- Pergunto.

- Vamos de novo.- O bendito fotografo fala. 

Diego puxa minha cintura, cola meu corpo no dele e me olha com o mesmo olhar de cinco anos atrás.

 - PERFEITO.- O fotografo grita.

- A Valentina é a minha filha, né?- Pergunta grosso,

- N...não. Que absurdo é esse?- Tento negar mesmo sabendo que não adianta mais. Diego me aperta contra o seu corpo ainda mais, meu corpo inteiro se arrepia com o toque dele.

- INCRIVEL.- Grita o fotografo.

- Fala a verdade.- Insiste.

- Da licença.- Falo e saio dali o mais rápido possível.

Agora não tenho mais pra onde correr. Ele já sacou tudo, já sabe a verdade. O Diego descobriu que a Valentina é filha dele.

 O Diego descobriu que a Valentina é filha dele

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