Lados Opostos

Capítulo 9

Karla

Acordei cedo na manhã seguinte ,me arrumei e sai de casa logo depois de tomar café da manhã. Diego estava me esperando na esquina como disse que estaria. Sua cara amassada e o mal humor matutino deixam ele ainda mais bonito.

- Bom dia.- Falo sorridente.

- Bom dia.- Fala de cara amarrada.

entro no carro e ele dá partida. Fomos o caminho inteiro em silêncio! Apenas expliquei pra ele onde fica a faculdade.

Chegamos em alguns minutos e o Diego estacionou na porta do prédio.

- Valeu pela carona.- Digo pegando minha bolsa no banco de trás.

- Sai que horas?- Sorrio por dentro mas finjo não ligar pra pergunta dele.

- As quinze.- Falo encarando seu semblante.

- Pode crê.-Fala e me beija rapidamente.

Saio do carro e entro no prédio com um sorriso de orelha a orelha. Assim que entro na sala de aula, Sarah acena pra mim. Sento do lado dela ainda meio voada pela emoção.

- Dormiu com um palhaço? Tá rindo assim porque?- Pergunta estranhando meu comportamento.

- Eu acordei com disposição hoje.- Ela sorri e a aula começa.

O dia passou quase voando e quando me dei conta a aula já tinha acabado. Me despedi da Sarah e sai quase correndo pra não ser pega por ela. Lá fora, dei de cara com o Erick e bem atrás dele o Diego encostado no carro de braços cruzados e cara feia.

- Erick, tá fazendo o que aqui?- Pergunto alternando entre olhar pro Erick e olhar pro Diego.

- Eu vim saber de você! Desde aquela noite não respondeu mais as minhas mensagens e não te vi em nenhuma balada esse fim de semana. Karla tá tudo bem? Você tá me ouvindo?- Ouço o que ele diz mas só presto atenção mesmo é no Diego que até então não me notou. 

Não conheço o Diego muito bem. Mas sei que ele pode ser muito imprevisível quando quer e isso não é bom. Além do mais, o Erick acabou de se formar e adivinhem em que? Hurum, ele é PM.

- Eu tó bem Erick, mas tó com pressa. Eu te ligo quando...

- Karla.- Estremeço ao ouvir a voz grossa soar atrás do Erick. Caramba, fudeu.

- É...Eu já vou, me espera no carro.- Peço encarando o Diego.

- E você quem é?- Erick pergunta.

- Hã, esse é o Diego, um amigo. Diego esse é o Erick, ele é um amigo do meu pai. É ótimo policial militar.- Diego não tira os olhos do Erick, somente quando falo que ele é policial. Diego me olha com uma feição de surpreso e eu tento ao máximo avisar com o olhar que é melhor a gente dá o fora.

- Sou ex namorado da Karla, muito prazer.- Erick fala isso com certeza pra provocar e estende mão pro Diego.

- Bora branquinha, tenho que passar em lugar pra pegar umas parada da festa.- Diz ignorando totalmente o aperto de mão do Erick.

- Tá, vamos. Tchau Erick, a gente se fala.- Falo e sigo o Diego que já está perto do carro.

Entro no carro e o Diego sai cantando pneu. Por longos minutos ele não disse nada, ficou batendo o dedo do meio no volante e respirando fundo. Só depois de um bom tempo ele falou.

- Não quero que tu fale com aquele frango.- Encaro ele que tá focado na direção.

- Diego, eu não tó te entendendo.- Digo confusa.

- Quer que eu desenhe, Karla?- Sua voz troveja me assustando.- Eu não quero que tu fale com aquele frango.

- Mas o que você tem haver com isso? E quem você pensa que é pra me dizer o que fazer?- Diego freia o carro de uma vez e para no meio da avenida.

- Karla não brinca comigo. Eu disse que não quero e tu não tem que questionar nada. Eu no teu lugar não pagaria pra ver quem eu sou.- E com essa ameaça disfarçada de aviso eu cruzo meus braços e fico quieta.

Eu não tó brincando quando digo que esse homem é completamente maluco. O que ele pretende com isso afinal? O Diego é um completo estranho na minha vida e eu não faço ideia do que ele é e o que ele tá fazendo. Mas o mais estranho é que eu me sinto muito bem ao lado dele e gosto desse jeito mandão e arrogante que ele tem.

{...}

Passamos em um supermercado e ele comprou varias caixas de diversas cervejas diferentes e muitas carnes. Aproveitei e peguei umas besteiras pra mim já que minha dieta de quinze dias sem açúcar acabou hoje.

- Tu vai querer beber o que no dia da festa?- Diego pergunta enquanto pega algumas garrafas de uisque.

- Quem disse que eu vou na sua festa?- Ele me olha impaciente e eu sorrio.- Pode ser gim ou vinho.- Falo e ele pega algumas garrafas de cada.

Eu me sinto bem com ele. Sinto que somos íntimos mesmo não sendo.  Ele é fofo mas do jeito dele e acho que não é todo mundo que consegue ver isso.

Ele paga tudo e depois voltamos pro morro. Quando estamos subindo o morro, ele passa direto pela casa da minha tia e vai pra casa dele. Nem me dou o trabalho de retrucar, sei que ele vai dizer " Para de fazer perguntas Karla."

Entro e jogo a minha bolsa no sofá, pego minha sacola de doces e vou pra cozinha. Não demora pro Diego entrar sem camisa me dando a visão perfeita do shape definido. Permaneço quieta comendo, segundos depois sinto suas mão grandes envolvendo minha cintura, ele coloca meu cabelo de lado e cheira meu pescoço. Meu corpo inteiro estremece com o toque dele, a ereção roçando na minha bunda e a barba arranhando meu pescoço. 

- Eu quero muito te foder.- Fala rouco no meu ouvido.

- E o que você tá esperando?- Pergunto maliciosa.

Ele me debruça no balcão, com muita facilidade tira a minha calça jeans e depois a minha blusa. Ele alisa minhas coxas, beija minhas costas e dá leves mordidas me fazendo arrepiar. Logo em seguida, sinto sua boca deslizar pelas minhas costas, descer pela minha bunda e chegar na minha intimidade. Diego abre um pouco as minhas pernas e coloca minha calcinha pro lado. E então sinto as tão sonhadas borboletas no estomago quando a língua dele desliza pra frente e pra trás em um movimento rapido na minha boceta.